Páginas
▼
sexta-feira, dezembro 28, 2007
Um poema de Ivone Boechat
ORAÇÃO DE ANO NOVO
Senhor,
resplandece o fulgor do
Ano Novo.
Expectativas, mistério, perguntas,
ansiedades,
fazem da festa um mundo
de curiosidades.
Há, por toda parte, calendários,
previsões orçamentárias, planos de vida,
mas só tu sabes, Senhor, o que há de vir.
Neste instante de novidades e de abraços,
nesta hora de promessas e possibilidades,
dá que eu sinta o Teu poder e a Tua paz,
abrindo clarões no escuro da incerteza.
Senhor,
que nem mesmo a iminência da morte,
da despedida,
quando a dúvida rondar minha morada,
possam abalar-me a fé.
Que eu tenha vigor, paciência, perseverança,
pra recriar nas lições do desencontro,
e que eu sinta vontade de seguir em frente,
sempre que as circunstâncias me detiverem.
Senhor,
transporta meu pensamento
para os enlevos da vida,
fazendo-me contemplar
as visões de um novo mundo.
Renova minhas forças,
unge meu caminho,
abençoa o desdobrar
da página de cada dia.
Neste Ano Novo, Senhor,
habilita-me
para ser digna de entender
as missões da Tua obra,
iluminando-me cada passo.
Nas dores, que eu O encontre,
nas orações.
quinta-feira, dezembro 27, 2007
Dois poemas de Vítor Carvalho Ferolla (V. Carlos)
Pequeno intervalo
É esse ar tão puro,
e esse vento úmido.
O sol tão brilhante,
com nuvens distantes.
É esse amor que une,
e essa fé que vence.
O seu rosto aprecio,
com traços macios.
É essa vida linda,
e essa paixão nela.
O viver a graça,
com alegria sincera.
É nisso que eu espero,
nesse prazer tão belo.
Ao infinito caminho,
pois agora sou eterno.
Tudo passa, mas o amor prevalece.
Passa a noite,
Vem o dia e para onde foi
Minha alegria?
Estou cansado disso tudo,
Tudo disso que eu sinto,
Pois pensei que amor existia,
Só havia um abismo
Se um abismo atrai outro,
Cada vez maior o tombo.
Quem poderá me livrar?
De morrer eternamente?
Existia um amor maior.
Será? Não! Ainda existe.
Necessito levantar um clamor
Revolucionar o que eu vivo.
Como conseguir viver,
Se assim não existo?
A vida é simples
Complexo sou eu que insisto.
Por que lutar contra o amor?
Que me mostra o Caminho?
Pareço tolo quando quero provar,
Que amor não existe,
É como negar o que sinto.
www.amandoaoproximo.blogspot.com
sábado, dezembro 22, 2007
Um poema de Mario Barreto França
Mensagem de Esperança
Sob o pálio da abóbada estrelada,
Guardando os seus rebanhos, os pastores
Erguiam para os céus os seus louvores,
Nas asas da alegria alcandorada.
Na vigília da noite, a revoada
De um coro de anjos, em canções e flores,
Transmite aos corações dos pecadores
A mensagem bendita da alvorada.
Glória a Deus nas alturas! Paz no mundo!
Boa vontade aos homens, na aliança
Dos sentimentos, para o bem fecundo!
E os pastores, seguindo a doce luz,
Vão guiando os rebanhos da esperança
Para o aprisco tranqüilo de Jesus.
Para visitar um blog contendo mais poemas de M. B. França, [((cLIqUe AqUi])).
Sob o pálio da abóbada estrelada,
Guardando os seus rebanhos, os pastores
Erguiam para os céus os seus louvores,
Nas asas da alegria alcandorada.
Na vigília da noite, a revoada
De um coro de anjos, em canções e flores,
Transmite aos corações dos pecadores
A mensagem bendita da alvorada.
Glória a Deus nas alturas! Paz no mundo!
Boa vontade aos homens, na aliança
Dos sentimentos, para o bem fecundo!
E os pastores, seguindo a doce luz,
Vão guiando os rebanhos da esperança
Para o aprisco tranqüilo de Jesus.
Para visitar um blog contendo mais poemas de M. B. França, [((cLIqUe AqUi])).
Um poema de Madame Guyon
Um Pássaro na Gaiola
1. Sou um passarinho, sem campos sem ar
Na minha gaiola sento-me a cantar
Para Quem aqui me aprisionou.
Bem satisfeito prisioneiro sou
E assim, meu Deus, quero te agradar.
2. Aqui, nada tendo para realizar,
Todo o longo dia só posso cantar.
As minhas asas Ele amarrou,
Mas o meu canto muito O agradou,
Inda se curva pra me escutar.
3. Tu tens paciência para me escutar,
E um coração pronto para a mim amar.
Gostas de ouvir meu rude louvor
Pois sabes que o amor, quão doce amor!
Inspira todo esse meu cantar.
4. Preso na gaiola não posso sair,
Mas minha prisão não pode me impedir
A liberdade do coração
Que sempre voa em Tua direção,
Minh´alma livre, a Ti vai se unir.
5. Oh! Que gozo imenso poder me elevar
Para as alturas a Ti contemplar.
Tua vontade e desígnio amar
Minha alegria neles encontrar,
Livre, em teus braços me aconchegar.
Para saber quem foi Madame Guyon, [CLIQUE AQUI]
segunda-feira, dezembro 17, 2007
Um poema de Rosana Steimbach
Stop!
Desligue o som e ouça
Ouça o som da criação
Ouça o ruído da expectativa
Desligue a pregação e ouça...
O clamor da alma sedenta...
O barulho das cidades
A sede da criação
Os ônibus as arvores, cada detalhe...
Com grande expectativa, cada um com seu ruído.
Um sorriso, um pranto,uma conversa, o som do beijo, o vento do abraço.
Não é possível sentir, não é possível ouvir, se não tirarmos o fone de nossos ouvidos.
Como nos ouvirão?
Para sermos ouvidos precisamos primeiro ouvir
o som da necessidade que ecoa em todos os cantos.
Não é possível abraçar os doentes sem antes sair da sua área de conforto.
Para ouvir precisa-se estar em silêncio,
que som você quer ouvir?
Se continuar parado aí certamente ouvirá o som que quer ouvir
e não o som que precisa ouvir.
Qual é o som que Jesus ouvia?
Preferia ele uma tenda em cima do monte ou
um lugar no coração da multidão?
Onde ele estava, onde estava sua atenção?
Na pregação dos templos ou no coração do Pai através dos famintos?
Ouvimos o que queremos, o que queremos determina
onde chegaremos, só chegaremos se quisermos,
só seremos fartos se estivermos sedentos,
só ouviremos se estivermos em um silêncio de despreocupação conosco mesmo.
Visite a página da autora: www.vamosparaoleve.blogspot.com
Dois poemas de Josué Ebenézer
O CHAMADO
A Cleir Gonçalves dos Santos
Uma voz. De onde vem?
O pequeno Samuel não sabe.
É diferente, soa grave, forte.
E o discurso que contém
É conteúdo que não cabe
Num coração em corte.
Sangra. A dor é grande.
A voz que fala conclama
Tímpanos não acostumados...
A emoção no imo expande
E no pequeno ser a chama
Arde. Conceitos abalados.
A voz o chama pelo nome
E ele a sente bem audível
Naquele leito revolvido.
O menino, de Deus tem fome.
Sonha o sonho que é possível
No peito arqueado, comovido.
A voz é repetitiva, faz eco.
Ouve-a chamar de novo
E Samuel pensa que é Eli.
Sente aperto com o repeteco
Mas sabe que para o renovo
Precisa dizer: “Eis-me aqui!”
E o homem de Deus orienta:
“Volta ao silêncio da comunhão
E quando ouvires a voz a falar
Diga: Fala Senhor!” Tenta!
É melhor não andar na contramão
Quando a voz de Deus chamar.
Então, se submete tranqüilo,
Esperando um Deus pessoal
Relacionar-se com a Criação.
Sem entender direito aquilo
Parte em busca de um ideal
Que acalenta em seu coração.
DESEJOS ESPIRITUAIS
- Vai, Alma cansada das lutas do mundo,
em busca de alento, um pouco de paz...
Ao encontro de Deus, seu caminho refaz
buscando na vida um sentido profundo!
Ei-la peregrina e bem próxima a Deus,
da angústia se despindo diante do Amor.
No Sagrado buscando encontrar seu favor
para livre, serena, voar para os céus.
- E assim ao crente a Palavra falando,
em coração que ama o jeito mudando
e por fora presente um largo sorriso.
Essa alma voeja nos céus da comunhão
com um Deus que mora em seu coração
e antecipa na Terra o seu Paraíso!
Visite a página do autor: [CLIQUE AQUI]
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Dois poemas de J. T. Parreira
A Segunda Vinda (II)
À espera do Amado
como uma casa que espera
um ladrão gentil
que saltará
na casa
como um perfume
Ele verá esta
pálida
casa
Ele tomará
este bocado
de nada
Ele moverá meus pensamentos
dobrará as sombras
das coisas ignóbeis.
O HÓSPEDE
Depois da noite se instalar
ao redor do fogo, abrir
sobre a cama um espaço
para o corpo se atirar
e lençóis que ainda trazem
os perfumes da manhã
alguém chega, entrou
pela noite com olhos indecisos
e sonhos de distância
traz sono e estremece
à mais pequena folha
que cai na noite fresca
esse alguém onde o vedes
pode trazer um coração
lavado, uma metáfora
dissonante, molhos
de palavras, e partindo
o pão, abrir os nossos olhos.
15-10-2007
www.papeisnagaveta.blogspot.com
Um poema de William Vicente Borges
CRIANÇA ENGATINHANDO NO TEMPLO
A criança engatinha no templo,
passa por entres os bancos,
passa no meio de nós,
passa entre os anjos.
A criança que engatinha no templo
se sente em casa.
Engatinha e ri para todos,
e os anjos riem pra ela.
Que vontade me deu,
de engatinhar com a criança
que engatinha no templo,
os anjos ririam de mim.
Bendita é a criança que
engatinha no templo.
Eu que estava ali notei,
e os anjos também.
A criança engatinha no templo,
passa por entres os bancos,
passa no meio de nós,
passa entre os anjos.
A criança que engatinha no templo
se sente em casa.
Engatinha e ri para todos,
e os anjos riem pra ela.
Que vontade me deu,
de engatinhar com a criança
que engatinha no templo,
os anjos ririam de mim.
Bendita é a criança que
engatinha no templo.
Eu que estava ali notei,
e os anjos também.
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Dois poemas de Avaniel Marinho
Betesda
Eu procuro uma casa de misericórdia,
Onde existam muitos - como eu - ,
A mercê de complacência!
Betesda talvez exista, na terra.
- Tenho esperanças que sim...
Sei que há tantos ansiosos de uma cura.
Nessa casa
Deve haver um tanque de água miraculosa
(semelhante à água do Jordão).
- Quem sabe darei, ali, sete mergulhos!
Será que haverá misericórdia, entre os homens,
Na casa de misericórdia?
Ou a indiferença humana ainda insistirá em Betesda?
Oxalá que nós – pecadores - sejamos honestos,
A fim de que a graça, de súbito, cubra os fracassos!
Eu procuro uma casa de misericórdia
Que atenda a demanda
Do sofrimento da alma humana...
Onde haja cooperação entre os homens;
Aonde vá, nessa direção,
O milagre do Espírito do Deus Trino.
Um Legado de Fé
Certamente não somos como Daniel.
Perdemos a visão do irrepreensível!
Não temos, a exemplo do Profeta,
janelas abertas na direção de Jerusalém,
de onde poderíamos orar, ao menos ao entardecer!
Quem se dispuser a assumir sua crença,
a despeito das injúrias
- quaisquer que sejam estas -,
conquistará valor e respeito autênticos.
Determinadas vezes o preço é alto
para se firmar um conceito;
um testemunho de coragem!
Qual de nós se mostrará firme
na perspectiva de ser jogado
numa cova de leões famintos?
Daniel deixou um legado de fé.
A lição é valiosa e inequívoca:
devemos adorar a Deus por aquilo que Ele é,
e não Por aquilo que Ele pode nos dar!
Para visitar a página do autor, clique aqui.
quinta-feira, dezembro 06, 2007
Dois poemas de Myrtes Matias
Se todas as gentes se dessem as mãos
Pessoalmente, não posso fazer feliz toda a humanidade;
são bilhões de pessoas, de almas aflitas e apáticas
que em mil línguas e dialetos trazem-me à mente a tragédia da minha limitação.
Habitam o cume dos montes, o fundo do abismo, isoladas ilhas no grande mar da vida,
onde só se chega pela estreita ponte da renúncia,
pelo incômodo barco da tolerância para com as fraquezas do próximo.
Mas, atravessando a ponte, tomando o barco ou usando as cordas da boa vontade,
posso levar felicidade àquele que está perto de mim.
Basta, às vezes, um alegre bom-dia, um sorriso amigo, um elogio sincero,
um "era exatamente isto que eu desejava",
ao receber mais uma peça para meu acervo de lembranças sem utilidade prática, boa para o coração.
Pessoalmente, não posso fazer feliz toda a humanidade,
mas, louvado seja Deus, posso estender a mão ao que está perto de mim
e, passar-lhe um pouco de felicidade que me enche o coração.
Bastará que o gesto seja imitado para que a felicidade passe adiante,
a corrente se estabeleça ao redor da terra,
fazendo o fim das guerras, dos preconceitos de raça, das divisões em castas, línguas e religiões.
Até seria possível quais crianças felizes,
"brincar-se de roda em volta do mundo se todas as gentes se dessem as mãos".
No Silêncio
Ajuda-me, Senhor, a ser silenciosa,
fazer tua obra sem ostentação;
ensina-se a dar com a mão direita,
sem que o saiba minha outra mão.
Sei que falas no fragor da tempestade,
no bramido selvagem do mar,
Mas prefiro ver teus dedos nas estrelas,
numa noite silenciosa e de luar.
Sei que falas no tufão que amedronta,
na montanha que se explode no vulcão,
Mas prefiro ver-te no silêncio da planta,
quando tiras uma flor de um botão.
A carroça vazia é que faz mais barulho
ao rodar sobre as pedras da calçada:
a ser um palácio vazio,
ser choupana pobre, porém habitada.
Do livro Encontro Marcado
sábado, dezembro 01, 2007
Dois poemas do Pr. Caio Fábio
O ACASO É O CASO DE DEUS
As engrenagens do amor de Deus são infinitas.
É um vento, uma brisa,
um passarinho que nos desvie o olhar,
uma parada para dar lugar a alguém que passa,
um minuto perdido, um dia adiantado,
uma semana de atraso,
um desconhecido, um incidente, um acidente,
um tropeção, uma queda, uma topada,
uma gripe, uma farmácia, um enfermeiro,
uma senhora idosa sem ninguém pra carregar as compras,
um jovem sorridente, uma bela menina triste,
uma impressão, um surto, uma viagem,
um mundo que acaba,
uma morte, outra morte, uma estação de mortes,
um amigo, um livro, uma musica,
uma cor, um cheiro, um perfume, uma canção,
um sonho, uma cicatriz, um dia “deja - vu”,
uma visão, um desejo súbito,
uma estranha certeza,
um sentir único, um único sentir,
uma dor, uma, duas, três, muitas perdas,
um nascimento, dois, três, um sonho novo,
um espírito que se ergue,
vozes sem som que ecoam,
vontades sem dono que se levantam,
força surge da morte,
o espírito em nós se arrepia - um anjo nos ministra,
uma luz sem origem,
um sol no ser, uma esperança que vence,
um dia que esquece o mal,
um mal que não sabe quem é mais,
um mais que não é mais e nem menos,
pois, é de tudo isto e muito mais,
que o que soma não acrescenta
e o que se tira não faz falta,
quando a vida é Deus,
e quando tudo nela só nos leva a Ele.
PARA QUEM GOSTA DO QUE É SIMPLES
Não se preocupe com Deus. Ele cuida de Si mesmo.
Ele se defende. Ele é maior de idade.
Não se angustie por Deus. Ele não se transtorna e nem se abala.
Não defenda Deus. Se Ele não defender a Si mesmo, por que haverá você de fazê-lo?
Você tem melhores argumentos?
Não se aflija em fazer Deus compreensível. Isto não é possível.
Ele revela a Si mesmo ou nada é discernido.
Fale de Deus como Ele fala de Si mesmo.
Fale de Jesus como Jesus falou de Si mesmo.
Fale do Evangelho como ele fala em si mesmo.
Nunca discurse Deus.
É obra de artífice de ídolos de linguagem.
Nunca filosofe Deus.
É a louca-loucura dos sábios, que é a maior insensatez para Deus.
Nunca doutrine sobre Deus.
É melhor oferecer bula de remédio a um doente analfabeto.
Confie sempre na verdade. Ela é invencível.
Confie sempre no amor. Ele é de Deus; pois Deus é amor.
Confie sempre que a paz é a melhor arma e a melhor defesa.
Creia simples e tudo será maravilhoso.
Creia complexo e você jamais terá alegria.
Creia, apenas creia, e tudo passará a ser possível.
Mas, sobretudo, seja sincero com Deus e com você mesmo,
pois, sem isso, nada acima é verdade.
www.caiofabio.com
Um poema de Mário Machado
Diamante
Um homem íntegro é como um diamante!
É formado pelo tempo
Sob calor intenso,
Sob pressão constante.
No ostracismo, longe dos holofotes, oculto pela escuridão, pelo silêncio;
Como meu tio Eliseu, meu tio Luizinho, meu amigo senhor Fulgêncio.
Ali ele forma sua resistência,
Seu caráter, seu coração, sua essência.
Amalgamado a rochas profundas, porém, bem mais denso, sólido.
Protegido pela solidão, envolto em lavas, num ambiente tórrido,
Até ser encontrado por mãos dispostas a dar a vida pra vê-lo brilhar.
Trabalhado por artista, ostentado por princesas, está pronto pra deslumbrar.
Agora todos o apreciam, Todos conhecem o seu valor!
Porém, ele ainda é o mesmo; os adornos jamais afetaram seu teor.
Quer na escuridão da terra, ou num endereço famoso duma vitrine imponente,
Nas mãos de um mineiro assustado e ainda quente.
Deus sabe de onde ele veio e por que está lá!
Tudo é parte do seu plano desde o começo.
Um homem íntegro é como um diamante raro!
Sua história, sua formação, são coisas que não têm preço.
Ele é eterno, como eterno é o seu pai.
Sabe de onde veio e pra onde vai.
Seja através da escuridão, quer sob os holofotes em salões cheios de luz,
Um dia será adorno na coroa de Jesus!
www.irmaos.com
Um homem íntegro é como um diamante!
É formado pelo tempo
Sob calor intenso,
Sob pressão constante.
No ostracismo, longe dos holofotes, oculto pela escuridão, pelo silêncio;
Como meu tio Eliseu, meu tio Luizinho, meu amigo senhor Fulgêncio.
Ali ele forma sua resistência,
Seu caráter, seu coração, sua essência.
Amalgamado a rochas profundas, porém, bem mais denso, sólido.
Protegido pela solidão, envolto em lavas, num ambiente tórrido,
Até ser encontrado por mãos dispostas a dar a vida pra vê-lo brilhar.
Trabalhado por artista, ostentado por princesas, está pronto pra deslumbrar.
Agora todos o apreciam, Todos conhecem o seu valor!
Porém, ele ainda é o mesmo; os adornos jamais afetaram seu teor.
Quer na escuridão da terra, ou num endereço famoso duma vitrine imponente,
Nas mãos de um mineiro assustado e ainda quente.
Deus sabe de onde ele veio e por que está lá!
Tudo é parte do seu plano desde o começo.
Um homem íntegro é como um diamante raro!
Sua história, sua formação, são coisas que não têm preço.
Ele é eterno, como eterno é o seu pai.
Sabe de onde veio e pra onde vai.
Seja através da escuridão, quer sob os holofotes em salões cheios de luz,
Um dia será adorno na coroa de Jesus!
www.irmaos.com
terça-feira, novembro 27, 2007
Dois poemas de Raquel Fragoso
Procurei sua mão estendida e vi
seus braços esguios em volta de mim
És Deus e Abrigo
és amparo e amigo
Busquei sua voz ecoando
e ouvi sua Palavra falando de um amor sem fim
Eterno Grande Senhor
Ouviste-me
Pensei em tuas obras e projetos
sonhos e trajetos
para minha vida
e senti sua vara e cajado
estendido direcionando-me!
Fica comigo Senhor!
Vem Senhor
Levanto minha voz a despeito da dor
ergo-me sobre os pés vencendo todo opressor
Clamo ao meu Deus pois Ele do seu templo falou:
- Espera em Mim, pois sou o Teu Salvador!
Sobe em um querubim e vem Senhor!
Baixe os céus e sobre uma nuvem, desce meu Ajudador!
Desce sobre esta igreja, comprada pelo teu amor
Faça-se ouvir tua voz de vitória e os cânticos
dos que pelejam oh Redentor.
Eis que vejo vindo sobre as asas do vento
o Grande EU SOU
Ele tem uma balança em suas mãos
pois é Detentor
de todo Poder e glória
Vem Consolador!
Uma grande Batalha é travada, vejo o esplendor
daquEle que milita minhas causas e é Vencedor
Troveja ! Troveja!
Levanta tua voz!
Troveja! Troveja oh Altissímo
Sobre nós!
Vence os nossos inimigos e põe sobre eles terror
a fim de que saibam que a igreja é tua oh Cristo Senhor!
II Samuel 22:7 Na minha angústia, invoquei o SENHOR, clamei a meu Deus; ele, do seu templo, ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos.
8 Então, a terra se abalou e tremeu, vacilaram também os fundamentos dos céus e se estremeceram, porque ele se indignou.
9 Das suas narinas, subiu fumaça, e, da sua boca, fogo devorador; dele saíram carvões, em chama.
10 Baixou ele os céus, e desceu, e teve sob os pés densa escuridão.
11 Cavalgava um querubim e voou; e foi visto sobre as asas do vento.
12 Por pavilhão pôs, ao redor de si, trevas, ajuntamento de águas, nuvens dos céus.
13 Do resplendor que diante dele havia, brasas de fogo se acenderam.
14 Trovejou o SENHOR desde os céus; o Altíssimo levantou a sua voz.
Uma trova do Pr Jair Gomes de Oliveira
CONHEÇA O VALOR DA IGREJA
A igreja que Jesus fundou é gentílica,
morena, perfeição sem igual, tudo errado evita;
tem carisma, tudo que Jesus lhe deu aplica,
no seu viver transmite paz, nada complica.
A igreja que Jesus fundou é gentílica,
morena, perfeição sem igual, tudo errado evita;
tem carisma, tudo que Jesus lhe deu aplica,
no seu viver transmite paz, nada complica.
quinta-feira, novembro 22, 2007
Dois poemas de Josiléia Ferreira Neves
Canto a Igreja
Há uns que cantam a igreja dos grandes e lindos templos.
Eu canto a igreja de vidas redimidas!
Há quem cante a igreja de rótulos e preferências.
Eu canto a igreja dos irmãos!
Há as que cantam a igreja dos “grandes” e “entendidos”.
Eu canto a igreja dos crentes humildes!
Há os que cantam a igreja da tradição.
Eu canto a igreja da vida!
Há os que cantam a igreja que se projeta.
Eu canto a igreja dos que são servos de Cristo!
Há os que cantam a igreja que cresce na sociedade.
Eu canto a igreja que serve a humanidade!
Há os que cantam as igrejas que idealizam, projetam.
Eu canto a igreja que serve ao próximo!
Há os que cantam a igreja que tem ciência.
Eu canto a igreja que tem amor!
Eu canto a igreja redimida pelo seu sangue, tendo na face o rosto de cada povo e tendo na língua os idiomas das nações.
A igreja que serve;
A igreja que ama;
A igreja que adora;
Eu canto a igreja de Cristo que um dia entoará com ele em glória!
Reflexão sobre o servir
Servir é muita das vezes levar água estando com sede, mas deixar para beber depois;
Servir é muitas vezes deter a própria lágrima enquanto outro chora no teu ombro;
Servir é tantas vezes calar a própria dor para ouvir o lamento de outrem;
Servir é tantas vezes já cansado caminhar mais uma milha;
Servir é ajudar o irmão a levar a cruz, sentido o peso da sua própria cruz;
Servir é estender a mão. É mais que emprestar e doar o coração;
Servir é tirar da alma o melhor que se tem, para ministrar a alguém;
Servir é tantas vezes esquecer a própria ferida que dói e sangra, para aplicar azeite e vinho na ferida aberta do irmão;
Servir é esquecer o cansaço e dar mais um passo;
Servir é dar um sorriso, um abraço em seu ombro, ouvido, mão, presença e coração;
Servir é usar tudo que tem e buscar o que não tem, para de alguma forma abençoar alguém;
Servir é amar com obras e se colocar nas mãos do Senhor,
Para ser útil onde e como Ele quiser;
Servir é ser instrumento para que o amor de Cristo alcance corações;
Servir é deixar que Cristo ame através de nós.
Fonte: www.semipa.org.br
domingo, novembro 18, 2007
Dois poemas do Pr Laerço dos Santos
Lembra-te do Senhor na tua Mocidade
Lembra-te do Senhor na tua mocidade
E não te iludas nunca com a vil vaidade
Procura agradá-lo com seu bom proceder
Para que vindo os anos, recorde-os com prazer
Em toda tua força procura o servir
Agradecendo a Cristo por ter remido a ti.
Sê grato a Ele sempre, cantando em seu louvor,
Lembra-te enquanto és jovem do teu bom criador!
Entrega ao Mestre amado tua vida sem reserva
Pois a mocidade passa como a flor da erva.
Muitos que foram jovens, já não trabalham mais,
Vais substituí-los, pra não ser tarde de mais!
Portanto ó mocidade, procuras com fervor
Levar almas perdidas aos pés do salvador.
É grande o sofrimento delas em escuridão,
Leva a Luz de Cristo, e sua salvação!
A hora é chegada, e de definição!...
Porque exitar tanto?... Prega a salvação!
O Mestre te ordena, e com amor profundo
Portanto, mocidade... falas de Cristo ao mundo!
Assim é o Amor
Assim é o Amor
É puro qual criança, sem maldade,
Justo para com todos e sem distinção.
Ordeiro, nunca usa de desigualdade,
Se alegra com o bem, pratica a união.
Assim é o Amor
Sofre quando a inveja pode até superar
Do homem a boa ação, não usa de fingimento.
O Amor só deseja vida mui salutar
Um brilhante futuro de verdadeiro alento.
Assim é o Amor
Não aceita mentira, não engana a ninguém,
Ao próximo não defrauda usando de injustiça.
É sincero o Amor, nobre, ódio não tem
Benigno, compassivo e a todos conquista.
Assim é o Amor
Tolerante, gracioso, perfeito, transparente,
Humilde, verdadeiro, não se irrita à toa,
Qual Paulo disse ser de coração clemente:
Não paga mal por mal, ao ofensor perdoa.
Assim é o Amor
Sensato, bom, leal, sempre de grande ação
Límpido, pois emana do nosso Pai da Luz
Perfeito, bênçãos traz.
Visite a página do pastor: www.oagape.blogspot.com
sábado, novembro 17, 2007
Um poema de R. E. Neighbour
A Igreja em Laodicéia
Tu dizer: Sou rico e de nada necessito,
Porém nu estás, és pobre e cego realmente;
Compre de Mim ouro, puro e refinado pelo fogo,
Ouro que enriquece, extraído do Céu;
Vestes brancas preparei também para ti,
E colírio para teus olhos, para poderes ver;
No mundo te concentraste, apressa-te a arrepender,
Ainda te amo, Meu Coração está inclinado para ti.
Quanto tempo permanecerei batendo em tua porta?
Por quanto tempo deverei implorar por Minhas misericórdias?
Agora mesmo desejo entrar contigo e cear,
Beber contigo do Meu cálice de amor;
Deixe o mundo, aprenda a vencer,
Então terás no Lar, entrada abundante,
Pois aos “Vencedores” eu concederei que assentem
Comigo no Meu trono, pois são qualificados.
Vem, abre teu ouvido outrora tão fechado,
Então ouviras aquilo que o Espírito diz;
“Lembra-te de como teus pais Me tentaram,
E não puderam entrar, nem puderam ver,
Minha Canaã – todas as glórias do Meu descanso;
Por isso teme, para que de preguiça em teu ninho,
Não venhas também a descrer da Minha promessa,
E fracassar em alcançar o teu reinar Comigo.”
Fonte: www.preciosasemente.com.br
terça-feira, novembro 13, 2007
Dois poemas de Helder Nozima
Não, não olhe para trás
Mesmo que o horizonte seja negro
E que não consigas ver adiante
Ainda assim... não olhe para trás
Bem sei o que me dirás:
Que o presente é filho do passado
Que não podes compreender onde estás
Se não olhar para os passos que deste até aqui
Mas, ouve-me, e atende ao que te direi
Se voltares teus pensamentos para o que já foi
E lá deixar tua mente e coração...perecerás
Não podes ir atrás daquilo que já passou
Se erraste e perdeste muitas bênçãos
E te lembras da calmaria que deixaste
E lamentas a desventura de agora
Ainda assim, olhe adiante
Pois além das nuvens negras ainda brilha o Sol
E, se vives, corrige o que puderes
Se perdeste bênçãos, saiba que elas não são únicas
O Senhor tem outras, logo ali, além das nuvens
Deixe para trás o que para trás ficou
Quer sejam erros ou acertos, tristezas ou alegrias
Olhe para a estrada que o Senhor te colocou
E continue caminhando, sem desanimar
Renovo
Muitas vezes penso em me entregar
Pois meus olhos não vêem esperança
Mas apenas a dor de não ser o que queria
O homem que tanto desejo ser
Penso nas pessoas que me decepcionam
Na frieza e na solidão de cada fim de semana
Nas lutas que se mostram tão grandes
E na ausência de quem me apóie contra o inimigo
E, então, meus olhos se enchem de lágrimas
E choro um choro que ninguém vê nem ouve
Filho da dor e da solidão,
Da fraqueza e da decepção
Mas não me deixas caído
E, embora sejam poucos os que me ouçam
E seja grande a minha rebeldia contra Ti
Ainda assim, me amas e me resgatas
Acaba-se a força e a esperança
Vêm a tristeza e o desespero
Mas Tu sempre me acalmas
E renovas meu ânimo e minha força
Visite a página do autor: www.nozima.blogspot.com
sexta-feira, novembro 09, 2007
Dois poemas de Ariovaldo Ramos
O Pão de Cada Dia
Quero de tudo que o poder traz,
Mas, se cada dia tem o seu mal...
Que venha só minha porção de sal;
Deve ser este o preço da paz.
Eu não sei, de fato, do que preciso:
Eu quero o mundo; quero o fundo;
Só me vejo num devaneio rotundo;
Tento, mas, não consigo ser conciso.
Eu busco alguém que me direcione,
Que me diga o que me impulsione.
Senhor! No meu lugar, o que faria?
Não liga para a minha loucura...
E para me livrar dessa tortura,
Que só seja o pão de cada dia.
Vejam Só!
Pai, nunca teria imaginado:
Queridos filhos seus, antropófagos,
Devorando, quem creria, seus xifópagos!
Numa tal espécie de ensopado.
Não está, também, em nenhum caderno,
Que beatos, por antropofagia
Foram mesmo vítimas; quem diria!
Do que fez o nosso Brasil moderno!
Bem, o que o Senhor ficou pensando?
Ao ver cristão a cristão devorando?
Não sei se tal ato ficou impune...
Mas, como o Senhor é brasileiro,
Estou certo, entende por inteiro:
É só a antrofagia que nos une.
Nota: No sec XVII religiosos foram mortos por índios potiguares. No sec XX um padre pediu a beatificação dos que foram mortos, só possível se a morte tiver sido por motivos religiosos.
O padre alegou que a morte foi por motivos religiosos, porque os potiguares, aliados dos holandeses, eram calvinistas. E, mais: eram canibais - mataram os religiosos e os devoraram no almoço... ou terá sido no jantar?
Fonte: www.ariovaldoramos.com.br
terça-feira, novembro 06, 2007
Um poema de Charles H. Spurgeon
Existe um tempo, não sabemos quando,
Um ponto, não sabemos onde,
Que marca o destino dos homens,
Para glória ou desgraça.
Existe uma linha a nós invisível,
Que cruza cada caminho;
O limite misterioso entre
A paciência e a ira de Deus.
Passar este limite é morrer,
Morrer como se em segredo:
Ele não apagasse o olhar que brilha,
Nem empalidecesse a saúde que incandesce.
A consciência pode estar todavia tranqüila,
O espírito leve e alegre;
Naquele que pensa estar agradando,
E nem cuida ser arremessado para longe.
Mas sobre esta testa, Deus tem colocado
Permanentemente uma marca
Invisível ao homem, porque o homem ainda
É cego e corre na escuridão.
E ainda que o caminho do homem condenado
Como o Éden possa ter florido;
Ele não sabia, nem sabe, nem saberá,
Nem sente que está condenado.
Ele pensa e sente que tudo está bem,
E cada medo é tranqüilizado;
Ele vive, morre, acorda no inferno,
Não somente condenado mas desaprovado.
Ó, onde está Tua misteriosa linha,
A qual nosso caminho cruza,
Além da qual o próprio Deus tem jurado,
Estar perdido quem dela passar?
Até onde podemos viver pecando?
Quanto Deus tolerará?
Quando a esperança termina? E onde começam
Os confins do desespero?
Uma resposta dos céus é enviada:
‘Tu que te desvias de Deus
Enquanto és chamado, hoje, Arrepende-te!
E não endureças o teu coração.’
sexta-feira, novembro 02, 2007
Dois poemas de Heldai Lemos Ferreira
Abre Meus Olhos
Sabe, Senhor...
Às vezes olho para os lados e Vejo pessoas que não ouvem, não vêem
Desde crianças, jovens e velhos isolados.
Que esperança eles têm?
Às vezes observo estas pessoas por um momento
Elas têm sua linguagem, seus amigos, seu jeito de ser
Mas o tempo passa, logo esqueço. Lamento.
E me desculpo dizendo:” O que posso fazer?”
Já pensei até em aprender a me comunicar,
Mas não tenho tempo, moro longe demais.
Então desisto e deixo tudo de lado
Deixo tudo para quem queira mais.
Às vezes oro com convicção da tua onipotência, Senhor.
Pedindo que abra os ouvidos dos surdos, faça-os ouvir.
Mas esqueço de pedir-te para abrir meus olhos
Para que eu veja o que posso fazer e como devo agir.
Será que resolverá, se eu abrir meus braços para abraçar.
E um sorriso, um aperto de mão, um “Deus abençoe”. Será?
E se eu enfrentasse esse receio, esse medo, essa indiferença para me aproximar?
Eu não sei, não tenho certeza, estou de olhos fechados. Mas eu te peço...
...Senhor, abre meus olhos para que eu possa enxergar.
Atos 3:1-10
Um homem, coxo de nascença,
A pedir esmolas à porta do templo.
Uma cena que há muito se repetia
E hoje, de maneira diferente contemplo.
Àquela porta, chamada “formosa”
Um milagre maravilhoso aconteceu.
Foi algo vindo de Cristo, O Salvador
E o fato assim sucedeu :
“- Uma esmola, por favor”
Aquele homem estava pedindo.
Pediu também a Pedro e João
Quando ao templo estavam indo.
E Pedro com toda autoridade
Ao homem dirigiu sua voz
E deu esperança a ele dizendo :
“- Olha para nós”.
O homem para ele olhou
Esperando algum dinheiro receber.
Mas não fazia a mínima idéia.
Do milagre que iria ver.
“- Não tenho prata nem ouro”
“Mas o que tenho te dou”
Disse Pedro àquele homem
Que à porta os abordou.
E com a autoridade dada por Deus
Pedro continua a falar:
“Em nome de Jesus. Anda”
E o homem começou a levantar.
E foi entrando no templo
Cantando e louvando ao Senhor
E todos estavam admirados,
Cheios de assombro e temor.
Pelo milagre concedido
Por nosso Senhor e Salvador.
segunda-feira, outubro 29, 2007
Um poema de José Britto Barros
ELE DEU A SUA VIDA POR NÓS
E nisto conhecemos o amor, que Jesus deu a sua vida por nós.
(I João 3. 16)
Ele deu a sua vida por nós...
E nós, o que damos por Ele?
Paremos a pensar...
Por nós Jesus deu a sua vida ...
Vida completa, inteirinha, total...
Vida sem mácula , perfeita , santa , justa e dadivosa ...
E nós, que vida é que vivemos para Ele ?
Ele deu a sua vida por nós...
O seu grandioso amor sem par,
Amor perdoador, intenso, permanente ,
Amor redentivo, singular , transformador...
E nós, que de amor mostramos a Jesus?
Ele deu a vida por nós...
Sua capacidade intercessora,
Sua misericordiosa graça salvadora,
A perfeita compreensão dos nossos males...
Ele deu a vida por nós...
Suas virtudes positivas, os seus atos de amor,
As suas palavras eternais...
E nós, o que lhe damos?
Ele deu a vida por nós...
Aquelas mãos divinas,
Benfazejas mãos que tocaram leprosos,
Mãos que descerraram o véu de pobres cegos
Fazendo-os mirar as belezas da luz...
Mãos que repousaram sobre os aleijados,
Mãos que serenaram vagas e escarcéus,
Mãos que por amor fizeram cessar prantos,
Mãos que abençoaram crianças descalças,
Meninos sem ninguém e filhos prediletos...
Mãos que multiplicaram os pães e os peixes,
Mãos que tocaram mortos, trazendo-os à vida....
Mãos, aquelas mãos pregadas no Madeiro,
Levantadas assim entre a terra e o céu
Para unirem o pobre pecador
Ao Deus supremo e forte...
Mãos feridas, tocadas por Tomé
Para desfazer a incredulidade.
As mãos da doce paz que podemos fruir...
Ele deu essas mãos tão santas e tão puras
Para lenir nossas dores
E suavizar da vida os nossos dissabores...
E nós... que lhe damos então?
Ele deu a vida por nós...
Os olhos de bondade capazes de mirar
Os campos branqueados para a ceifa...
Olhos de ternura que viram multidões abandonadas,
Ovelhas sem pastor, perdidas, maltratadas...
Olhos que miraram a dor dos infelizes
Oferecendo-lhes a suavidade dos cuidados
E o doce lenitivo do amor...
Olhos que invadiram a alma e penetraram o coração,
Ora compungindo e repreendendo,
Como o fez com Judas,
Ora advertindo e restaurando, como o fez com Pedro...
Ele deu a sua vida...
Um olhar voltado para as nossas dores,
Para tantas mazelas de pobres pecadores...
E nós, que lhe damos enfim?
Ele deu a sua vida...
A voz serena e clara,
Replena de poder e de revelação,
Voz terna, para acalmar aflitos e inquietos,
Voz firme, para convidar os indecisos,
Voz suave, para aliviar os oprimidos,
Voz leal, para atingir os infelizes,
Voz segura, para libertar os cativos,
Voz confiante, para dar garantias da eternidade!
Ele deu a vida por nós...
A voz que tudo disse: as vibrações da esperança,
Os deslumbres de glória, os ensinos de Deus , As venturas do céu , os deleites sem par ,
As alegrias sem fim e os gozos e t e r n a i s! ...
Ele deu a sua vida por nós...
E nós, o que lhe damos, irmãos?
Ele deu a sua vida por nós...
Na humildade da manjedoura,
Na fuga do Egito,
Na singeleza de Nazaré,
Na tentação do deserto,
Nos caminhos da Palestina,
Nas regiões de Tiro e de Sidon,
No Mar da Galiléia,
Nas terras de Gadara,
Nas praias de Genezareth,
No solar de Betânia,
Nas alturas do monte Tabor,
Na tranqüilidade do Horto das Oliveiras...
Ele deu a vida por nós...
Nas canseiras e enfados
De não ter onde reclinar a cabeça,
No suor do Gethsêmani,
Na agonia do Calvário,
No vitupério da Cruz,
Na vergonha do Monte da Caveira.
Ele deu a vida por nós...
Sem restrições e sem adiamentos,
Sem reservas quaisquer,
Para remir e salvar e para dar garantias!
E nós, que lhe damos nestes dias?
O mundo é que recebe as nossas atenções?
O mundo é que recebe todo o nosso amor?
O mundo é que recebe as nossas energias?
Silêncio...
Aí está toda a verdade?
Oh! tragédia cruel!
Oh! ferina ingratidão!
Oh! triste compensar!
Se Ele deu a vida, o tudo, a perfeição,
Se por nós nasceu, viveu, morreu e fez ressurreição,
Que faremos então?
Curvemo-nos em prece humilde, e arrependidos,
Banhados no chorar, sinceros, convertidos,
Prometamos de novo real consagração
A quem nos libertou das garras do pecado,
A quem nos redimiu e fez-nos transformados!
Jesus deu a vida por nós...
Resolvamos então
Viver para o servir, viver para o amar ,
Até que o bom Senhor resolva nos chamar!
Ele deu a vida por nós...
E nós, o que lhe damos?
Submissos, fiéis , humildes , dedicados ,
Deixando para trás o mundo e seu valor
Consagremos a Cristo todo o nosso amor!
Lembrança da Cruzada Algo Maravilhoso
Conferencista Pastor José Britto Barros
(Consagrado ao Ministério em 31-10-1954)
Baixe um pequeno ensaio sobre a vida e a obra do poeta e pastor batista, José Britto Barros, escrito pelo nosso colaborador Filemon F. Martins - Para baixar, [CLIQUE AQUI].
E nisto conhecemos o amor, que Jesus deu a sua vida por nós.
(I João 3. 16)
Ele deu a sua vida por nós...
E nós, o que damos por Ele?
Paremos a pensar...
Por nós Jesus deu a sua vida ...
Vida completa, inteirinha, total...
Vida sem mácula , perfeita , santa , justa e dadivosa ...
E nós, que vida é que vivemos para Ele ?
Ele deu a sua vida por nós...
O seu grandioso amor sem par,
Amor perdoador, intenso, permanente ,
Amor redentivo, singular , transformador...
E nós, que de amor mostramos a Jesus?
Ele deu a vida por nós...
Sua capacidade intercessora,
Sua misericordiosa graça salvadora,
A perfeita compreensão dos nossos males...
Ele deu a vida por nós...
Suas virtudes positivas, os seus atos de amor,
As suas palavras eternais...
E nós, o que lhe damos?
Ele deu a vida por nós...
Aquelas mãos divinas,
Benfazejas mãos que tocaram leprosos,
Mãos que descerraram o véu de pobres cegos
Fazendo-os mirar as belezas da luz...
Mãos que repousaram sobre os aleijados,
Mãos que serenaram vagas e escarcéus,
Mãos que por amor fizeram cessar prantos,
Mãos que abençoaram crianças descalças,
Meninos sem ninguém e filhos prediletos...
Mãos que multiplicaram os pães e os peixes,
Mãos que tocaram mortos, trazendo-os à vida....
Mãos, aquelas mãos pregadas no Madeiro,
Levantadas assim entre a terra e o céu
Para unirem o pobre pecador
Ao Deus supremo e forte...
Mãos feridas, tocadas por Tomé
Para desfazer a incredulidade.
As mãos da doce paz que podemos fruir...
Ele deu essas mãos tão santas e tão puras
Para lenir nossas dores
E suavizar da vida os nossos dissabores...
E nós... que lhe damos então?
Ele deu a vida por nós...
Os olhos de bondade capazes de mirar
Os campos branqueados para a ceifa...
Olhos de ternura que viram multidões abandonadas,
Ovelhas sem pastor, perdidas, maltratadas...
Olhos que miraram a dor dos infelizes
Oferecendo-lhes a suavidade dos cuidados
E o doce lenitivo do amor...
Olhos que invadiram a alma e penetraram o coração,
Ora compungindo e repreendendo,
Como o fez com Judas,
Ora advertindo e restaurando, como o fez com Pedro...
Ele deu a sua vida...
Um olhar voltado para as nossas dores,
Para tantas mazelas de pobres pecadores...
E nós, que lhe damos enfim?
Ele deu a sua vida...
A voz serena e clara,
Replena de poder e de revelação,
Voz terna, para acalmar aflitos e inquietos,
Voz firme, para convidar os indecisos,
Voz suave, para aliviar os oprimidos,
Voz leal, para atingir os infelizes,
Voz segura, para libertar os cativos,
Voz confiante, para dar garantias da eternidade!
Ele deu a vida por nós...
A voz que tudo disse: as vibrações da esperança,
Os deslumbres de glória, os ensinos de Deus , As venturas do céu , os deleites sem par ,
As alegrias sem fim e os gozos e t e r n a i s! ...
Ele deu a sua vida por nós...
E nós, o que lhe damos, irmãos?
Ele deu a sua vida por nós...
Na humildade da manjedoura,
Na fuga do Egito,
Na singeleza de Nazaré,
Na tentação do deserto,
Nos caminhos da Palestina,
Nas regiões de Tiro e de Sidon,
No Mar da Galiléia,
Nas terras de Gadara,
Nas praias de Genezareth,
No solar de Betânia,
Nas alturas do monte Tabor,
Na tranqüilidade do Horto das Oliveiras...
Ele deu a vida por nós...
Nas canseiras e enfados
De não ter onde reclinar a cabeça,
No suor do Gethsêmani,
Na agonia do Calvário,
No vitupério da Cruz,
Na vergonha do Monte da Caveira.
Ele deu a vida por nós...
Sem restrições e sem adiamentos,
Sem reservas quaisquer,
Para remir e salvar e para dar garantias!
E nós, que lhe damos nestes dias?
O mundo é que recebe as nossas atenções?
O mundo é que recebe todo o nosso amor?
O mundo é que recebe as nossas energias?
Silêncio...
Aí está toda a verdade?
Oh! tragédia cruel!
Oh! ferina ingratidão!
Oh! triste compensar!
Se Ele deu a vida, o tudo, a perfeição,
Se por nós nasceu, viveu, morreu e fez ressurreição,
Que faremos então?
Curvemo-nos em prece humilde, e arrependidos,
Banhados no chorar, sinceros, convertidos,
Prometamos de novo real consagração
A quem nos libertou das garras do pecado,
A quem nos redimiu e fez-nos transformados!
Jesus deu a vida por nós...
Resolvamos então
Viver para o servir, viver para o amar ,
Até que o bom Senhor resolva nos chamar!
Ele deu a vida por nós...
E nós, o que lhe damos?
Submissos, fiéis , humildes , dedicados ,
Deixando para trás o mundo e seu valor
Consagremos a Cristo todo o nosso amor!
Lembrança da Cruzada Algo Maravilhoso
Conferencista Pastor José Britto Barros
(Consagrado ao Ministério em 31-10-1954)
Baixe um pequeno ensaio sobre a vida e a obra do poeta e pastor batista, José Britto Barros, escrito pelo nosso colaborador Filemon F. Martins - Para baixar, [CLIQUE AQUI].
quarta-feira, outubro 24, 2007
Um poema de Norma Braga
Veias, ou: poeminha protestante
Trago em minhas veias o legítimo sangue protestante.
Quando era pequena, meus pais me chamavam “a contestadora”.
Não é um título ruim diante de um mundo apodrecido.
A tradição dos tempos não pode definir as coisas.
Só Deus é; só Ele define.
Seus remidos o seguem humildemente
desprezando as ordens em contrário.
Quem dera eu fosse protestante
mais do que a carne o deixa.
Quem dera dizer não
a tudo que ofende a Deus.
Só Jesus pôde, ao mesmo tempo,
amar e protestar perfeitamente.
Fonte: www.normabraga.blogspot.com
Trago em minhas veias o legítimo sangue protestante.
Quando era pequena, meus pais me chamavam “a contestadora”.
Não é um título ruim diante de um mundo apodrecido.
A tradição dos tempos não pode definir as coisas.
Só Deus é; só Ele define.
Seus remidos o seguem humildemente
desprezando as ordens em contrário.
Quem dera eu fosse protestante
mais do que a carne o deixa.
Quem dera dizer não
a tudo que ofende a Deus.
Só Jesus pôde, ao mesmo tempo,
amar e protestar perfeitamente.
Fonte: www.normabraga.blogspot.com
terça-feira, outubro 23, 2007
Dois poemas do pastor Ari Pinheiro
Nunca morrer assim
Nunca morrer assim
De tédio se há tanto remédio
Nunca morrer de tristeza
Se existe tanta beleza
Nunca morrer de trabalhar
Se há tanta hora de folgar
Nunca morrer de amor
Que viver é suplantar a dor
Nunca morrer de chorar
Que a vida está no gargalhar
Enfim, nunca morrer
Que o mistério da vida
Reside em... Viver!!!
Talvez
Talvez você tenha pedido para que Deus lhe desse um avião, mas você recebeu uma bicicleta;
Talvez você tenha pedido para que Deus lhe desse uma mansão nas Bahamas , mas você recebeu uma casinha em Ribeirão do Nunca;
Talvez você tenha pedido para que Deus lhe desse o dom de pastorear, mas você recebeu o dom de cura divina;
Talvez você tenha pedido para que Deus lhe desse uma conta bancária com um saldo de milhões, mas você recebeu a salvação da alma e a vida eterna!!!
Lembre-se, Deus, uma vez que outra pode não dar o que você pede, mas sempre dá o que você precisa!!!
Para ler mais poemas deste autor, [CLIQUE AQUI].
quinta-feira, outubro 18, 2007
Reportagem da Revista Graça destaca blog Poesia Evangélica
A Revista GRAÇA Show da Fé deste mês de outubro (número 99) traz uma reportagem sobre blogs evangélicos. "A fé viaja na rede" é o título da matéria, realizada pelos repórteres Marcelo Santos e Viviane Castanheira. E um dos blogs destacados na reportagem é o nosso querido Poesia Evangélica.
Parabenizamos a revista pela relevante e oportuna matéria, e agradecemos pela divulgação de nosso humilde esforço, que é feito por amor à obra de Deus, o qual tem nos guiado e suprido, direcionando-nos para os trabalhos a serem realizados, quer sejam grandes, quer pequeninos. Afinal, é Ele quem opera tudo em todos. A Ele seja dada toda a glória!
E registro aqui meu agradecimento especial ao repórter Marcelo Santos. Valeu, amado! A literatura evangélica agradece.
A Revista pode ser adquirida em qualquer filial da Igreja Internacional da Graça de Deus, ou através do site: www.ongrace.com
Um poema de W. H. Auden
Lutero
Tradução de José Paulo Paes
Consciência pronta a ouvir o ronco do trovão,
Viu o Diabo no vento, todo atarefado
Entrar em campanários, passar sob o vão
Da porta de freiras e doutos em pecado.
O desastre, de que modo evitá-lo, como
Aparar o espinheiro dos enganos do homem?
Carne, um cão silente a morder o seu dono;
Mundo, um lago mudo que os filhos seus consome.
O estopim do Juízo queimava em sua mente:
“Fumiga esta colméia de abelhas, Senhor:
Tudo – obras, Sociedades, Grandes Homens – mente.
O Justo viverá pela fé...” gritou, temente.
E quem, homem e mulher do mundo, o temor
Ou zelo nunca atormentou, ficou contente.
Nota: Embora o poeta e crítico inglês W. H. Auden não fosse um poeta evangélico, vale a pena publicar este texto excepcional aqui. E lembramos ainda que este mês, no dia 31 de outubro, comemoramos 490 anos da Reforma Protestante, iniciada por Lutero.
Fonte: www.profetaurbano.blogspot.com
Tradução de José Paulo Paes
Consciência pronta a ouvir o ronco do trovão,
Viu o Diabo no vento, todo atarefado
Entrar em campanários, passar sob o vão
Da porta de freiras e doutos em pecado.
O desastre, de que modo evitá-lo, como
Aparar o espinheiro dos enganos do homem?
Carne, um cão silente a morder o seu dono;
Mundo, um lago mudo que os filhos seus consome.
O estopim do Juízo queimava em sua mente:
“Fumiga esta colméia de abelhas, Senhor:
Tudo – obras, Sociedades, Grandes Homens – mente.
O Justo viverá pela fé...” gritou, temente.
E quem, homem e mulher do mundo, o temor
Ou zelo nunca atormentou, ficou contente.
Nota: Embora o poeta e crítico inglês W. H. Auden não fosse um poeta evangélico, vale a pena publicar este texto excepcional aqui. E lembramos ainda que este mês, no dia 31 de outubro, comemoramos 490 anos da Reforma Protestante, iniciada por Lutero.
Fonte: www.profetaurbano.blogspot.com
segunda-feira, outubro 15, 2007
Dois poemas de William Vicente Borges
AMIGOTERAPIA
Em qualquer circunstancia
Comigo andas e me entendes.
Tuas mãos me apóiam quando
meus pés tropeçam e vacilam.
Quero te agradecer amigo
Por gastar tanto tempo comigo.
Por recolher minhas lágrimas
e gentilmente levá-las ao criador.
Nestes meus momentos de dor.
Onde até uma simples oração
Não consegue sair de meus
lábios tão feridos. Oras por mim.
Como é bom ser participante nesta
“amigoterapia” e também dar
o meu ombro como abrigo ao que
precisa tanto de compreensão.
Ter a facilidade de aceitar as
diferenças sem nada cobrar.
Ouvir os segredos mais íntimos
Sem jamais a alguém revelar.
Apenas estar junto.
Apenas ouvir.
Apenas compreender.
Apenas amar.
Jesus um dia disse aos
Discípulos: “Chamo-vos amigos.”
Será que nós entendemos
o que isso significa mesmo?
É uma dádiva esta amigoterapia.
Que muitos a possam praticar.
Para que este mundo seja melhor.
Quem sabe, tudo não pudesse melhorar.
QUERO VÊ-LO MAIS SENHOR
Quero vê-lo mais Senhor.
Vê-lo em cada pássaro que canta.
Vê-lo em cada brisa que refresca minha face.
Vê-lo no sorriso da criança que brinca.
Vê-lo em cada flor que perfuma a vida.
Quero vê-lo mais Senhor.
Vê-lo no nascer do sol que embala o dia.
Vê-lo no prateado da lua que inunda a noite.
Vê-lo no rosto feliz da pessoa amada.
Vê-lo no nascer da criança mais querida.
Quero vê-lo mais Senhor.
Mas principalmente quero vê-lo
mais em mim mesmo.
Quero vê-lo em meu falar.
Quero vê-lo em meu andar.
Quero vê-lo em meu agir.
Para que quando os outros
Olharem para mim
Possam, ao menos, ver
um pouco de ti.
Quero vê-lo mais Senhor.
Para ler mais poemas deste autor, [CLIQUE AQUI].
quarta-feira, outubro 10, 2007
Dois poemas de Glicério Montes
TEU PERDÃO
Nesta vida, o comodismo
representa um grande abismo.
Eu sei disso, meu Senhor.
Mas, contrito, enfim, me humilho.
És meu Pai; eu sou teu filho.
Oh, me livra, por favor!
As marés tempestuosas
nada têm do mar de rosas
que avistei num sonho lindo,
pois aos poucos, aos pedaços,
resumida a mil fracasssos,
minha vida vai ruindo.
Eis o preço, não me iludo,
de não ter levado tudo
ao Senhor em oração.
Hoje vejo tudo claro.
Sim, e além do teu amparo,
também quero o teu perdão.
O MUNDO JAMAIS FOI O MESMO
Em tempos distantes, um jovem
pregava aos judeus
mensagens que ainda comovem
e levam milhões a Deus.
Às praias, aos montes e vales,
muitos iam lhe rogar:
Queremos, Senhor, que nos fales
desse amor sem-par!
E tantos que andavam a esmo,
desde então ele conduz.
O mundo jamais foi o mesmo
depois de Jesus.
Um dia, mandaram prendê-lo
em Jerusalém,
e os guardas foram com zelo
cumprir seu dever, porém,
voltaram sem ele, dizendo:
Nunca alguém falou assim,
de um jeito tão lindo, tremendo
e tão meigo, enfim!
Ninguém tem amor tão profundo
como o desse galileu.
Palavras tão sábias o mundo
jamais conheceu.
Para ler outros poemas deste autor, [CLIQUE AQUI].
sábado, outubro 06, 2007
Dois poemas de João Tomaz Parreira
A SEGUNDA VINDA
Ele levará os nossos medos
como um ladrão a meio da noite
como um rio que leva
nossos reflexos
A escuridão cairá gota
a gota dos nossos olhos
algures na areia do deserto
a forma de um meteoro
apontará para um céu remoto
e as pedras acordarão do sono
no interior das grutas
as coisas caem ao lado, o centro
já não as atrai
Este mundo já não será para nós.
O QUE VIU A MULHER DE LOT
A terra não acolheu
o repouso da mulher de Lot: de pé
ficou de pé a emergir
das ínfimas moléculas de sal
o sonho branco
afundado no silêncio
não houve manhã seguinte, nem
o emergir da alva.
11/8/2007
www.papeisnagaveta.blogspot.com
segunda-feira, outubro 01, 2007
Um poema de Mário Barreto França
VEM CONOSCO!
Amigo, nossa gente
É simples como a choça de Belém;
Mas Jesus, nosso guia, vai na frente;
Vem, vem conosco e te faremos bem!
Se é grande a tua luta;
Se não consegues nada de ninguém,
E a tua própria casa não te escuta;
Vem, vem conosco e te faremos bem!
Se a existência madrasta
Entre angústias e mágoas te mantém,
E tu mesmo descrês de tudo, basta!
Vem, vem conosco e te faremos bem!
O mundo é sempre ingrato;
Por mais que faças, nada lhe convém,
A não ser explorar-te; sê sensato!
Vem, vem conosco e te faremos bem!
Se os homens e as mulheres
Na glória humana te olham com desdém
Ou te perseguem, nunca desesperes!
Vem, vem conosco e te faremos bem!
Se tu sofres ainda
Pela renúncia pérfida de alguém;
Na crença tu verás que a vida é linda!
Vem, vem conosco e te faremos bem!
Então, no mundo vário,
Tudo o que é bom e puro sobrevém
Àquele que se abriga no Calvário;
Vem, vem conosco e te faremos bem!
***
Amigo, nossa vida
Começa no presépio de Belém
Onde Deus-Revelado te convida:
- Vem, vem conosco e te faremos bem!
do livro Primícias da Minha Seara
quarta-feira, setembro 26, 2007
Dica Relevante - Consulte os acervos de mais de 600 sebos on-line!
Como a maioria dos leitores de poesia evangélica deve saber, muitos dos livros de nossos grandes poetas não tem sido reeditados, só podendo ser encontrados em sebos (lojas de livros usados). Pois bem: existe um site que reúne os acervos de mais de 600 sebos espalhados por todo o Brasil, e muitos deles enviam as encomendas pelo Correio. Fiz um breve teste listando os nomes de 5 de nossos principais poetas evangélicos, no buscador do site, e encontrei livros de todos eles! Se você deseja adquirir livros de poesia evangélica esgotados, e mesmo de outros assuntos, vale a pena conferir:
Estante Virtual - www.estantevirtual.com.br
P.S. - Ao adquirir algum livro, não se esqueça de enviar alguns poemas para eu publicar aqui...
Dois poemas de Cecília Sant’Anna do Valle Marques
Do livro 'Retalhos de Mim', disponível para compra no site da União Feminina Missionária Batista do Brasil.
E as Músicas Brotarão
Olho lá fora, já desce a noite Senhor
a luz das estrelas já se movem
secretamente, o vento na vidraça
levanta meus olhos para as nuvens
escuras que passam.
Então imagino que a noite é mágica,
e vejo-a chegando adornada de novas
cores, povoada de estrelas cintilantes
e calmas, e meus olhos pulsando
de emoção, se movem em direção
a toda essa amplidão.
nesse instante, vejo brotar de
meus lábios as canções que faço
em forma de lamento, para com elas
achegar-me a teus pés, e derramar
diante de Ti o meu clamor.
A Ti clamo, Senhor da minha vida,
para que chegue a teu trono o meu
gemido, e então, de novo as músicas
brotarão e como cristais escondidos
na terra, estarei protegida por
Tua forte mão.
Dá-me pois de beber em teus ribeiros,
e águas cristalinas e calmas se farão
em mim, para que descanse à Tua
sombra e desfrute enfim de Teu
cuidado paternal.
Pega Senhor, na minha mão doída,
restaura o vaso frágil que sou,
toma o barro, matéria prima que é Tua
e refaz Senhor, o que em pedaços ficou.
Não te lembres pois, querido Pai
das minhas faltas, nem de minhas
afrontas, mas, restaura-me com
Tua mão e Tua graça pois bem sei
que somente ela me basta.
Sei que me moves com teu poder,
e com o sopro de teus puros lábios
devolves-me a vida e a inspiração,
pois certo estou, Senhor, que se
comigo estás
sou bem mais que um simples vencedor.
É Possível Acreditar!
Sei que tuas promessas
nunca falham,
por isso sempre espero em Ti.
Sei que teus caminhos
não são os meus, por isso meus
tropeços aqui.
Sei que conheces todos
os meus
momentos e pensamentos,
e isso
traz conforto pra mim.
Sei que a tua graça
somente me basta.
Por isso confio em Ti.
Sei a poesia continua...
sábado, setembro 22, 2007
Um poema de Naasom A. Sousa
Nunca Mais
Paro, penso por um instante e chego à conclusão que não posso parar.
Parar para quê? Estagnar por quê?
Tenho que continuar caminhando sem olhar para trás.
Afinal, de onde eu saí não devo voltar mais.
Tenho que crescer, esse é o objetivo,
Tornar-me dia perfeito, brilhante, radiante.
Sozinho eu sei que nunca conseguirei.
Minhas forças são pequenas demais em mim mesmo.
Preciso de um apoio, de braços fortes, onipotentes.
Preciso de Deus. O Deus que criou tudo o todos.
Ele qualquer coisa pode sustentar;
Tudo pode erguer com suas mãos poderosas,
Imagine a um homem de pés vacilantes e pernas teimosas
Endireita meus caminhos, Senhor,
Endireita a minha vida inteira.
Ajuda-me a caminhar, para depois eu poder criar lindas asas e voar.
Nos altos céus, ao som da trombeta, eu quero te encontrar,
Em teus braços singelos quero me aconchegar
Ao teu lado ficar e ficar e ficar. Para sempre.
E nunca mais olhar para trás.
www.naasomcristao.blogspot.com
www.letrassantas.blogspot.com
terça-feira, setembro 18, 2007
Um poema de Raquel
Quão densa é a água
Cristalinamente concentrada no mar.
Azul bordado
pelas brancas ondas
pelas brancas gaivotas.
Ao longe, os barcos.
Levarão pescadores?
Pescadores de homens,
como Pedro e João?
As redes como voltarão?
Ao perto, o som das ondas
Esfuma-se no denso areal.
A areia sob a água
o sol
o vento,
lisa fria
dura estilhaça-se
em fragmentos
em grãos,
à passagem de um dedo que escreve.
Ainda falta fazer tanto para sermos tantos como a areia do mar...
Fonte: www.luzintemporal.blogspot.com
Um poema de Jacqueline Collodo Gomes
Presença de Deus
Mira-me desta maneira divina, digna somente de ti
eu lhe dou permissão para isso!,
olha o que ninguém mais consegue enxergar;
desvenda os mistérios do meu interior,
aparta os conflitos,
exala teu amor sobre os temores,
deixe-me sentir teu refrigério - a marca da tua visita,
ampara-me em teus braços!,
quero compreender como podes amar-me tanto,
e não considerar minhas debilidades;
que não haja limitação para a esperança - traz-me imedível paz!;
não há males em teu reino,
pois inibe-os, todos,
somente com o mirar da tua retina.
www.cantinhodajac.zip.net
Mira-me desta maneira divina, digna somente de ti
eu lhe dou permissão para isso!,
olha o que ninguém mais consegue enxergar;
desvenda os mistérios do meu interior,
aparta os conflitos,
exala teu amor sobre os temores,
deixe-me sentir teu refrigério - a marca da tua visita,
ampara-me em teus braços!,
quero compreender como podes amar-me tanto,
e não considerar minhas debilidades;
que não haja limitação para a esperança - traz-me imedível paz!;
não há males em teu reino,
pois inibe-os, todos,
somente com o mirar da tua retina.
www.cantinhodajac.zip.net
quinta-feira, setembro 13, 2007
Um poema de Abigail Braga
Cânticos de Sião
Sentados na beira do rio
Da famosa Babilônia,
Os filhos de Israel choravam
Nas longas noites de insônia,
Pois se haviam afastado
Dos estatutos do Senhor,
Roubaram, foram injustos,
Seus corações sem amor!
Ah! As palavras dos profetas
Foram todas esquecidas,
Por isso agora são prisioneiros
Com mãos e almas feridas.
Diziam os babilônios:
“Cantem os cantos de Sião”
Ao vê-los tristonhos, saudosos,
A amassar barro no chão.
Se a sua dor é tão grande
E a saudade é verdadeira,
“Como cantar a canção
Do Eterno em terra estrangeira?”
Como esquecer poderiam
As glórias de Jerusalém
E o que edomitas fizeram
Para arrasá-la também?
Nos salgueiros pendurando
As suas harpas silenciosas
Não as podiam tocar
Com as suas mãos calosas!
A Deus pediam: queremos
Ver Babilônia destruída,
Pegar em cada criança
E dar fim à sua vida!
Hoje, escravos do pecado,
Querendo a libertação,
Temos no Filho de Deus
O caminho p’ra Sião!
do livro Cânticos de Sião Volume II
* Abigail Braga é irmã do nosso grande poeta Jonathas Braga
sábado, setembro 08, 2007
Dois poemas de Denilson Alayon dos Santos
O QUE VALE MAIS?
O que vale mais:
A sabedoria terrena que é diabólica ou
A sabedoria de Deus que é cheia de frutos espirituais?
O que vale mais:
O homem que anda cego e desce o abismo ladeira abaixo ou
O homem que caminha vendo a luz e vai para glória?
O que vale mais:
Ficar preso na condenação ou
Ser livre na justificação?
O que vale mais:
O tolo que tropeça na sua insensatez ou
O prudente que salta os obstáculos com segurança?
O que vale mais:
A semeadura da carne e a colheita do pecado ou
A semeadura do Espírito e a recompensa da vida eterna?
O que vale mais é fazer a escolha certa.
O AMOR QUE SINTO
Deus dos céus,
O amor que sinto é verdadeiro,
É um amor puro que arde em meu coração.
Percebo esse amor através da sua misericórdia.
O amor que sinto é abundante dentro de mim,
É um amor digno que transforma o meu ser.
Reconheço esse amor pela oportunidade de existir.
O amor que sinto é magnânimo,
É um amor nobre que está em minha alma.
Noto esse amor ao ver sua perfeição.
O amor que sinto é farto em meu íntimo,
É um amor indispensável para meu viver.
Experimento esse amor em todo amanhecer.
O amor que sinto é recíproco, pois o Senhor me amou primeiro.
Esse amor não tem fim e permanecerá pela eternidade.
www.denilsonalayon.com.
quinta-feira, setembro 06, 2007
Poema para download - A História do meu Santo
Disponibilizamos aqui, para download, o poema “A História do meu Santo”. O poema é de Romão de Matos, e foi adaptado por Mary Schultze. É um texto relativamente longo (4 páginas), que, como um poema de cordel, relata a história de um idólatra arrependido. Além de interessante, o poema pode ser usado como arma sutil para evangelizar aquelas pessoas que adoram imagens.
Para baixar o arquivo com o poema, [CLIQUE AQUI].
A
História do meu Santo
Meu amigo e companheiro,
Embora mal me conheça,
Vou lhe falar bem ligeiro,
Antes que o dia escureça.
Vou dedicar meus versinhos
A você que vem de longe,
Viajando por caminhos,
Sofrendo mais do que um monge!
Vou falar-lhe com alegria
De coração, como amigo,
Do que aconteceu-me um dia
Na idolatria em perigo.
Católico consagrado,
Até meus catorze anos,
Fui batizado e crismado,
Porém sofri desengano...
Num parque de diversão,
Arrisquei na jogatina,
Ganhei um santo varão,
Uma imagem muito fina.
Fui pra casa sorridente,
Muita fé no coração,
Abraçando bem contente
A imagem com devoção.
Chegando em casa a vizinha
Admirada indagou:
- Essa imagem bonitinha
Algum milagre operou?
Leva ao Vigário depressa,
Pra ele benzer o santo,
Que a proteção nunca cessa
De quem se agarra ao seu manto.
Levei-o ao Monsenhor
E voltei numa corrida.
Tinha agora um protetor
Pra me abençoar na vida.
Por sobre a cama sozinha,
Em forma de uma cruz,
Fiz uma prateleirinha
E lá botei meu Jesus.
Todos os dias eu rezava
E lhe fazia um pedido.
Meu Jesus lindo eu achava.
Era todo colorido!
Porém um dia chegando
Com a Rosinha nos braços,
No meu santo ela esbarrando,
O pobre fez-se em pedaços!
Senti-me como um insano,
Tive ódio da Rosinha,
Que era bebê de um ano,
Filha daquela vizinha.
Eu gostava da criança,
Mas o meu santo adorava.
E com tal desesperança
Eu de pé ali chorava.
Ainda muito arrasado
Abaixei devagarinho
E com bastante cuidado
Quis juntar os pedacinhos.
Minha consciência falou
Direto ao meu coração:
Deus ao mundo tanto amou,
Que já nos deu salvação.
Só CRISTO Jesus – eu sei –
Que é também o Deus Forte,
Pai da Eternidade e Rei,
Nos livra da eterna morte.
Sentado à destra do Pai,
Intercedendo por nós,
Ele nos salvando vai,
Se ouvirmos a sua voz.
Foi então que eu encontrei
A maior felicidade:
Jesus meu Senhor e Rei
Que é a única verdade.
E coisa bem diferente
Eu tive de observar:
Pela oração do crente
Deus nos vem abençoar.
Mas idólatras levando
Imagem sobre o altar,
Vivem sempre se cuidando
Para o santo não quebrar.
Romeiros morrem aos centos,
Viajando em caminhões,
Pobres, famintos, sedentos,
Só carregando ilusões.
Prezado amigo romeiro,
Que de tão longe chegou,
Adore o Deus verdadeiro
Que a todos nós sempre amou.
Em espírito e verdade
Adoremos ao Senhor,
Pois Ele é realidade,
E nos salva por amor!
Ele quer ser adorado
Com a mente e o coração.
E jamais representado
Por ‘santos’ feitos à mão.
Deus condena a idolatria,
Santo feito até de ouro
(Menino Jesus ou Maria),
Para Ele é um desdouro.
Prestar um culto a imagens
É ato mais que bizarro.
Eles são como paisagens
Feitas de madeira e barro.
Têm boca mas não falam
E são tão cegas e surdas,
Que bênçãos jamais propalam
Só maldições absurdas.
Trancados num oratório,
Como presas algemadas,
Seu existir é simplório,
Precisam ser carregadas.
Deus ao mundo tanto amou,
Que a seu filho deu por nós.
Morreu mas ressuscitou!
- Escutemos Sua voz.
Pra toda alma perdida,
EU SOU... Jesus disse assim:
Caminho, Verdade e Vida,
Ninguém vem ao Pai sem Mim!
Versos de Romão de Matos
Adaptados por Mary Schultze