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quarta-feira, agosto 27, 2008
Um poema de May Riley
Algum dia
Um dia, quando as lições da vida já foram aprendidas,
E o sol e estrelas se recolheram para sempre,
As coisas que os nossos fracos julgamentos aqui desprezaram,
As coisas sobre as quais nós nos afligimos com açoites,
Irão se iluminar à nossa frente, saindo da noite escura da nossa vida,
Como as estrelas brilham em tons mais profundos de azul;
E veremos como todos os planos de Deus são corretos,
E o que parecia reprovável era o amor mais verdadeiro.
Então esteja contente pobre coração;
Os planos de Deus, como lírios, puros e brancos, desabrocham;
Não devemos abrir à força as folhas ainda fechadas.
- O tempo revelará os cálices de ouro.
E se, através do trabalho perseverante, alcançarmos a terra
Onde pés cansados, com as sandálias desamarradas, poderão descansar,
Quando veremos e compreenderemos claramente,
Acho que iremos dizer: "Deus sabia o que era o melhor!"
FONTE: http://www.avantealegria.com/
sábado, agosto 23, 2008
Um poema de Myrtes Matias
Quão Formosos os pés
Grandes, pequenos, bem feitos, rudes, agasalhados em ricos sapatos, metidos em velhas
sandálias, desnudos mesmo, seguem e prosseguem, perseguem um ideal.
Por isso são úteis, belos, insubstituíveis, na cidade, nos desertos, nas selvas.
Incansáveis, sempre alertas, humildes, bons.
Vieram do passado, subiram montanhas, desceram cavernas, abandonaram tronos e ganharam tronos, vagaram em desertos, atravessaram rios, caminharam em fornalhas, encheram-se de feridas, marcharam para o patíbulo, cobriram-se do pó das estradas de Betânia, descansaram ao pé do poço de Jacó, escalaram o monte para o grande Sermão, subiram o Calvário, se entregaram na cruz; Pés de patriarcas, profetas, sacerdotes, apóstolos, mulheres santas, Pés de Felipe, Pedro, Madalena, Judson, Carey, Brainerd, Sundar Sing: pés de servos de Jesus, pés do próprio Cristo.
Pés dos que partem levando a semente, sem se importar com pedras, espinhos, ou se e boa a terra, pés abençoados de semeador.
Que entram em prisões, hospitais, asilos, de mulheres vestidas de branco, curando o corpo,
falando de amor; da professorinha nos confins da pátria, submissão no interior da selva, levando hinos em tupi, craô. Que sobem ao púlpito da igreja pequenina de servos heróicos dominados, por um só desejo, uma só paixão: ganhar a pátria inteira para Cristo, levar a Deus cada coração.
Benditos pés formosos pés dos que anunciam a boa nova!
Pára um instante, mocidade crente, vê onde teus pés te estão levando:
sobem a escada que conduz ao céu ou descem ao vale tão longe de Deus que já não ouves o Brasil clamando?
Clamando pelos formosos pés dos que anunciam paz e salvação, dos que transformam negra noite em luz, dos que só pregam uma mensagem – a cruz, os mensageiros santos do perdão.
Medita, escolhe, mocidade crente, atende à ordem que desce do Céu, o campo branco põe amor à prova, a seara pronta espera a boa nova:
Torna formosos os pés que Deus te deu.
sexta-feira, agosto 22, 2008
Um poema de Daladier Lima
HORAS...
Eram três horas de longa sexta-feira
O sol iluminava a sobranceira
Faixa que aprumada se espraiava
Três cruzes aos raios cintilava
Dores, gritos, pragas, rompantes
Gente que jamais se viu antes
Resolução, ansiedade, saudade e morte
Homens entregues à própria sorte
Dali a cidade parecia mais distante
Menos acolhedora, sinistra, discrepante
Calava-se ao crime, ao jorro de sangue
A evidência tenra e humilhante
Idéias embaralhadas, sinais, profecias
Sentido embotado, coração apertado, tristes vias
Sentimentos conflitantes, regras esguias
Esvaem-se os prisioneiros em câimbras frias
O sangue cora a terra, que se tinge de violência
E regurgita o bem, que mal posto esperaria
É o Cordeiro sem mácula, que ali morreria
Cristo, o Santo que seu corpo daria
Sobre os pés é doloroso, às mãos calamitoso
As costas doem, os ossos trilham, rangem
Estalam os nervos, os olhos ardem
Sonhos morrem, sem destino ditoso
Triste e sofrido fim, mas ao Eterno agradou
Ele sabia de tudo, mas não recuou
Para que eu pudesse ter a salvação eterna
Recebê-lo em mim, sentir sua mão terna
Quem dera poder vê-lo e abraçá-lo nesta cruz
Mas poderosa me resplandece sua luz
Para sentir sua presença que doce reluz
E sem palavras gritar seu nome: Jesus!
Já que não pude estar em Jerusalém
Já que em mim não há nenhum bem
Já que brilhaste em minha mente insana
Já que quiseste salvar-me da morte lhana
Já que não pude levar tua cruz
Permite-me sentir tua glória, Jesus!
Visite o blog do autor: http://daladier.blogspot.com/
domingo, agosto 17, 2008
Dois poemas de Andronica Borges Alcantara
Bendize, ó minha alma, ao Senhor
Bendigo ao Senhor Deus exaltado,
em glória e honra, em poder sem par,
pois que me deu um grande livramento
e me concedeu paz singular!
Bendigo ao Senhor, o Rei Eterno
compassivo e bom, tão amorável,
pois que me deu tão grande livramento,
minhalma resgatou do vil pecado.
Bendigo ao Senhor, Deus salvador,
que em Jesus me trouxe salvação,
tão rico e grande em benignidade,
em paz, perdão, amor e graça tanta.
A minha vida guarda em suas mãos,
renovada de graça e de bondade,
desfruta sempre dessa paz real
que vem do meu Jesus, Deus-salvador.
Eu sempre cantarei na vida ou morte!
A ti, Senhor, minhalma bendirá.
Sempre o teu nome excelso irei cantar.
Meus lábios sempre entoarão louvor.
A minha vida sempre exaltará teu nome excelso.
Tua lei, Senhor, será minha alegria e o meu prazer!
Deus maravilhoso
Tu és o Deus da primeira aurora
e do amor primeiro.
Tu és o Deus do primeiro apelo
e do primeiro sonho,
do primeiro gesto de carinho.
És o Deus das manhãs radiosas,
o Deus dos ventos e das tempestades,
das noites consteladas,
da primavera e luz.
És o Deus da criação esplendorosa,
o Deus do primeiro riso,
do primeiro canto
e da rosa primeira,
que desabrochou numa explosão
de sonho e de beleza.
Tu és o Deus dos grandes luminares,
das galáxias infinitas,
da primeira nave espacial.
Tu és o Deus do primeiro fruto
e da semente primeira.
És o Deus que minha alma adora,
o Deus do meu louvor.
Do livro No Outono da Vida (Editora JUERP, 1991)
terça-feira, agosto 12, 2008
Dois poemas de Vitor Hugo da Silva
Não sou mais um guerreiro.
O que será de mim?
O que poderei fazer?
Não terei mais prazer em minhas próprias conquistas.
Minha espada fora queimada,
Meu escudo destruído.
Melhor fosse meu inimigo ter feito isto,
Não sentiria tanta vergonha.
A minha alma grita:
Fomos favorecidos, fomos favorecidos!
E continua:
Não merecíamos tal favor! Não merecíamos tal favor!
Nunca em toda a minha vida,
Havia comemorado uma derrota.
Pergunto a ela:
Alma! Não deverias estar chorando abatida?
Exultante ela exprimi:
Fomos favorecidos, não merecíamos tal favor!
E continua:
Fomos derrotados, fomos esmagados.
O nosso próprio Senhor nos desarmou,
E arrancou a nossa falsa couraça.
Oh, minha alma,
Arvoremos então uma bandeira,
E cantemos um hino, este hino:
Senhor Deus!
Queimaste nossa espada,
Quebraste nosso escudo.
Só nos restou o teu favor,
O teu imerecido favor.
Fomos derrotados,
Derrotados pela Tua Graça,
Pela Tua Graça irresistível.
Maravilhosa graça!
O Legalista
Costureiro do véu já rasgado,
Usurpador da verdadeira comunhão.
Repare você:
O grosso véu tornou-se lençol fino,
Transparente, e aparente a todos.
É macio, de fino toque,
Tão leve como a pena.
Feitura de puras mãos,
Para ser apreciado na liberdade.
Daqueles que a desejam,
E a sabem usufruir.
Visite o blog do autor: www.pericopecc.blogspot.com
sábado, agosto 09, 2008
Um poema para o dia dos pais, de Ivone Boechat
O amor de pai é indiscutível:
mão calejada, camisa suada,
pressa, canseira,
doação,
o pai é avalista
dos erros na contramão.
O amor de pai é visível:
joelhos dobrados,
prece escondida,
braços abertos,
olhar de ternura,
perdão.
Pai é alguém muito especial:
produtor,
diretor,
ator, figurante
do filme, ao vivo, em cores,
com o roteiro da vida escrito
nas linhas de sua mão.
quarta-feira, agosto 06, 2008
Dois poemas de Gilberto Celeti
FÉ CORRETA
É preciso entender bem a diferença
Entre a fé que é de fato consistente,
E que na Palavra bem se alicerça,
Doutra fé que tem na fé a sua crença,
E que de maneira vã e prepotente
Dando ordens para Deus é que começa.
Saiba que toda atitude orgulhosa,
Que a fé na fé ensina e incita,
Só ofende a Deus e ignorância expressa.
As promessas do Senhor são preciosas,
Ele atende à oração que as solicita
Do Seu modo, no Seu tempo e bem depressa.
A mulher que com o juiz foi insistente
Na parábola por Cristo transmitida
Deixa claro a lição da fé correta,
De ser sim, na oração, bem persistente,
Pois que Deus justo juiz, Autor da vida,
Bênçãos amorosas sempre aos Seus decreta.
Nem todo dia se apresenta retumbante
Nem todo dia se apresenta retumbante,
Com grandes obras que merecem ser narradas.
E as tarefas feitas sempre, a cada instante,
São rotineiras e nem sempre são notadas.
Andar com Cristo, isto sim é importante;
Não sendo um motivo de tropeço, em nada.
Sempre agradá-lo e mostrar-se confiante,
Na Sua palavra ter a vida alicerçada.
O seu chamado está bem claro e definido,
Para o Seu Reino vou seguindo e Sua glória,
Sendo por Ele e por seu sangue redimido,
Tudo que faço se encaixa numa história.
O Deus Eterno e Sublime e Soberano
Controla tudo, nada escapa do Seu Plano!
Visite a página do autor: www.gilbertoceleti.com
sexta-feira, agosto 01, 2008
Dois poemas de Camilo Borges
Teu amor incenso, melhor cheiro
É água cristalina, fonte sem fim
É balsamo que cura o estrangeiro
É segredo escondido, secreto jardim
Teu amor é melhor que o vinho
É do cântaro, ombro que o leva
Esperança que vem pelo caminho
Palavra doce que o simples eleva
Senhor, Tu és melhor que o ouro refinado
Melhor que a vida, do que tudo imaginado
Meu Cristo, não me deixes, retira minha dor
Sustenta-me com passas, desfaleço de amor
“Levou-me à sala do banquete, e sua bandeira sobre mim era o amor”
Cantares 2:4
Ester
Ela foi rainha coroada de glória
Das vestes despidas de Vasti
Vestiu a beleza que não se compara
Foi salvação de seu povo nos pátios do rei
Qual cardo um cão feroz quis ser seu algoz
Mas contra o povo de Deus não há valente
Semente que brota na fenda
Senda que aponta a cruz
Sombra que aponta Jesus
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A poesia é essencial
Jesus disse: “Não estamos guardando segredos, nós os estamos contando; não estamos ocultando coisas, mas as estamos trazendo à luz”.
Vocês estão escutando isso?
Estão escutando mesmo?”
Marcos 4.22-23