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quinta-feira, maio 28, 2009

Dois poemas do Pr. Brasílio Nunes de Alvarenga

*

A Água e a Vida

I
A água já existia no mundo quando em seu alvorecer;
E foi nas águas que o Espírito divino se pôs a mover.

II
Por ato divino, parte da água ficou agrupada sob uma expansão:
sob a expansão apareceu a terra seca
e ainda numa segunda parte do globo,
ao ajuntamento das águas, Deus chamou mares;
eis os atos divinos com perfeição,
tudo havia sido criado perfeito e bom,
de acordo com a sua infinita razão.

III
O Mestre Divino fez uso santo da água:
– no seu batismo no Rio Jordão;
- para realizar seu primeiro milagre, transformando água em vinho;
– para uso próprio quando disse à mulher samaritana: dá-me de beber!
- na cruz do calvário, quando em agonia disse: “tenho sede!”

IV
Com vigor exerceu seu santo ministério
a realizar a sua missão;
cada dia mais pessoas carentes o procuram,
até formar grande multidão.

V
Jesus não só se compara à água;
Ele é a água da vida
Que mata a sede da alma
E com ele a consciência do maior pecador
se acalma.

VI
Amamos muito o nosso planeta azul
E apelamos para que todos: ricos e pobres,
Sábios e incultos, governantes e governados,
Façam o maior esforço,
Respeitando a natureza e para todo ele seja,
Preservado de norte a sul.

O Rio mais precioso do Universo: “E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações.” Apocalipse 22.1-2



MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO

No tenebroso Gólgota, seu sangue verteu na rude cruz,
Em extrema agonia, nossa redenção obteve Jesus.
Quem, quem suportaria o mínimo da dor que Ele padeceu?
Todavia podemos crer: “Foi por nós que na cruz Jesus sofreu”.

Ao expirar Jesus, do templo rompeu-se o véu,
Sua morte abriu caminho para a vida eterna, no céu.
A ameaça da morte e do tormento do inferno foi vencida,
Pela graça e fé, salvação ao pecador é oferecida.

A Ressurreição de Cristo abalou o império de Satanás,
No céu, glórias e Aleluias, em todo o Universo, plena paz;
E na igreja, cânticos festivos e gratos louvores,
Pois na Ressurreição de Jesus, recebemos o maior dos favores.



*O Pr. Brasílio é Pastor Jubilado da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, estando já com 82 anos. É autor do livro O Paraíso Restaurado. Para maiores informações sobre o livro, Clique Aqui.

domingo, maio 24, 2009

Um poema de George Matheson

*

Torna-me Um Cativo Senhor

Torna-me um cativo, Senhor, e então livre eu serei;
Força-me a render a minha espada, e conquistador serei.
Eu me afundo nos temores da vida quando sozinho fico;
Aprisiona-me em Teus braços, e forte será minha mão.

Meu coração é fraco e pobre até que encontra o seu mestre;
Não possui qualquer fonte de ação segura; ele varia com o vento.
Não pode se mover livremente até que Tu forjes seus grilhões;
Escraviza-o com Teu amor inigualável, e imortal ele reinará.

Meu poder é débil e fraco, até que eu aprenda a servir;
Ele carece do fogo necessário para brilhar, e da brisa para revigorar.
Não pode direcionar o mundo até que ele mesmo seja direcionado;
Sua bandeira só pode ser desenrolada quando soprares do céu.

Minha vontade não é minha própria. Até que a tornes Tua;
Se ela atingisse o trono de um monarca, sua coroa teria que resignar.
Em meio à conflitante luta ela só fica firme,
Quando em Teu seio se apóia, e descobre sua vida em Ti.

Fonte: http://www.preciosasemente.com.br/

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quinta-feira, maio 21, 2009

Um poema de Ladislau Floriano


APELO DA ALMA

PRA ONDE VAI O TEU CORPO
QUANDO A VIDA SE FINDAR?
ELE ESTARÁ MORTO
MAS DE MIM O QUE SERÁ?
QUEM TE DEU O DIREITO
QUEM DISSE QUE EU ACEITO
VER VOCÊ SE CONDENAR?

TUDO O QUE FIZERES
QUANDO A VIDA AINDA TENS
O RUMO QUE À VIDA DERES
DIZ RESPEITO A MIM TAMBEM
NÃO PERMITO QUE TUA LOUCURA
TRACE MINHA VIDA FUTURA
NUM CONDENADO ALÉM

TEU CORPO VOLTA PRA TERRA
TEU ESPÍRITO VOLTA PRA DEUS
TUA VIDA AQUI SE ENCERRA
E EU?
SEMPRE ESTIVE CONTIGO
NA SEGURANÇA E NOS PERIGOS
DESDE QUE VOCÊ NASCEU

QUEM GEME CONTINUAMENTE
QUANDO BUSCAS O PECADO?
QUEM CHORA AMARGAMENTE
QUANDO BUSCAS O QUE É ERRADO?
QUEM FOI QUE NA HORA CERTA
SEMPRE DEU A TI O ALERTA,
ESTEVE SEMPRE A TEU LADO?

SAIBAS QUE TUA CONCIÊNCIA
TAMBEM FAZ PARTE DE MIM
PORTANTO PEÇO COM URGÊNCIA
A JESUS DIGA HOJE SIM
NÃO CONFIA NA TUA SORTE
NÃO DEIXA QUE TUA MORTE
SEJA REALMENTE O FIM

OLHA, A REALIDADE
É QUE JUNTOS VAMOS ESTAR
PREFIRO A ETERNIDADE
JUNTO A DEUS PRA DESCANSAR.
EU SOU VOCÊ, VOCÊ SOU EU
AMBOS SOMOS DE DEUS
E NO CÉU QUERO MORAR

Ladislau Poeta de Cristo

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sábado, maio 16, 2009

Um poema (cordel) de Roberto Celestino


MOISÉS, O libertador de Israel
I
Em um tempo de angústia
Dias de grande escravidão
O povo de Deus gemia,
Sob uma poderosa mão
Era a mão de um Faraó
Que do povo não tinha dó
E os regia com opressão

II
Na fabricação de tijolos
Trabalhavam dia a dia,
Para construir cidades
E tudo mais que aparecia
Os campos também cultivavam
Pois em tudo trabalhavam
Sob forte tirania

III
Mas o povo foi crescendo
Logo se multiplicava
Os hebreus já eram muitos
Grande espaço ocupava
E por esse crescimento
Despertava um pensamento
E Faraó se preocupava

IV
Temia que os hebreus crescessem
E viessem se rebelar
E assim em tempos de guerra,
Do outro lado fossem lutar
Então a guerra venceriam,
E do Egito sairiam
A escravidão ia acabar

V
Tomou medida extrema
Difícil até de acreditar,
Ordenou as duas parteiras
De nome Sifrá e Puá
De cada parto que fizer
Só viverá se for mulher
Se for homem tem que matar

VI
Enganado pelas parteiras
Seu plano foi frustrado,
Tomou medida mais dura
Tendo ao seu povo ordenado
Aos das hebréias que nascerão
Sendo a criança um varão
No Rio Nilo será jogado

VII
Em meio a tanta matança
Um menino foi poupado,
Sua mãe o escondeu
Por três meses foi entocado
Mas devido ao crescimento
Chegaria o momento
Que facilmente seria achado

VIII
Em um cestinho de junco
Sua mãe o colocou
Descendo a beira do rio
O cestinho lá deixou
Em soluços e pranteando
Sua irmãzinha ficou olhando
Até que alguém o encontrou

IX
Pela filha de faraó
Moisés foi encontrado
Amamentado por sua mãe
Mas no palácio foi criado
Como príncipe ele cresceu
Mas um dia conheceu
O povo do qual foi tirado

X
Ao sair pra ver seu povo
Viu quão grande era o labor
O quanto eram oprimidos
Sentiu de perto a sua dor
Viu um hebreu ser espancado
Não se conteve e muito irado
Assassinou o agressor

XI
Passou a ser fugitivo
Em Midiã foi morar
Conheceu as filhas de Jetro
Com uma veio se casar,
A vida de príncipe deixou
O palácio pelo campo trocou
De ovelhas foi cuidar

XII
Estando ele no Monte Horebe
Onde estava pastoreando
Viu algo estranho acontecendo
Um arbusto se incendiando
Mas o arbusto não queimava
E quanto mais perto chegava
Aquele fogo ia aumentando

XIII
Do meio do fogo uma voz
Começou a lhe falar,
Tira as sandálias dos pés
Santo é esse lugar
Eu Sou Deus e te escolhi
Pois o clamor do povo ouvi
E tu irás os libertar

XIV
Moisés procurou então
Uma desculpa,uma saída,
Dizendo não saber falar
Quis usar justificativa
Deus disse: Pode parar,
Te dei boca pra falar
Não terás alternativa

XV
Junto ao irmão Arão
Com Faraó foram falar
Deus havia prometido
Que com eles iria estar
A Faraó então chegaram
Em nome de Deus falaram
Para o povo libertar.

XVI
O Faraó não fez caso
Daquilo que escutava
Ao invés de soltar o povo
Mais e mais os apertava
Com o coração endurecido
Ao Senhor não deu ouvidos
Sem saber o que o aguardava

XVII
Vieram sobre aquela terra
Grandes males e muitas dores
As dez pragas do Egito
Acompanhadas de horrores
Pra Faraó reconhecer
Que só quem tem todo o poder
É O Senhor dos senhores

XVIII
As águas dos rios viraram sangue
De rãs a terra se encheu
Piolhos sobre homens e animais
Um enxame de moscas apareceu
A peste os rebanhos assolou
Aos animais dos egípcios matou
E dos hebreus nenhum morreu

XIX
Depois vieram feridas
Purulentas e de fedor
Depois uma chuva de pedras
A qual nem árvore deixou
Os gafanhotos apareceram
Rapidamente tudo comeram
E nada verde ali restou

XX
Vieram densas trevas
E nada podiam ver
E por três dias seguidos
Nada puderam fazer
Dessas pragas já chegadas
Nenhuma seria comparada
A que iria acontecer

XXI
A décima praga enviada
Trouxe ao Egito grande dor
A meia noite chegou a morte
Trazendo grande terror
Ao filho mais velho matava
Do rei,do nobre e da escrava
E ouviu-se grande clamor

XXII
Faraó deixou então
O povo com Moisés ir embora
Saíram logo do Egito
Caminharam deserto afora
Mas Faraó arrependido
Tendo o exército reunido
Foi buscá-los sem demora

XXIII
Era imensa a multidão
Que para Sucote subiu
Liderada por Moisés
Que logo um censo pediu
E o número revelado
Mulheres e crianças de lado
Só de homens seiscentos mil

XXIV
E o povo era guiado
Pelo Deus de Israel
De dia por uma nuvem
A noite por fogo no céu
Dia e noite caminhavam
Ansiosos desejavam
A terra que mana leite e mel

XXV
Perseguindo-os Faraó
Encontrou-os junto ao mar
Depois de longa caminhada
Estava o povo a descansar
Ao verem o Faraó temeram
Seus corações se derreteram
E puseram-se a clamar

XXVI
Diante daquela situação
Levantou-se grande temor
E pelo medo que sentiam
Rebelaram-se contra O Senhor
Desejaram ao Egito voltar
Para forçados trabalhar
Desprezando o libertador

XXVII
Moisés fez calar o povo
E pediu sua atenção,
para lhes falar que Deus
Continuava na direção,
Não adiantava murmurar
Pois Deus os ia salvar
Com sua poderosa mão

XXVIII
Deus disse a Moisés,
Por que estás a clamar?
Diga ao povo que marche
E continue a caminhar
E tu não fiques parado
Levanta já o teu cajado
E toca nas águas do mar

XXIX
Ao tocar Moisés nas águas
O mar então se abriu
E diante daquele povo
Um caminho seco surgiu
O povo então se levantou
Por meio do mar atravessou
Coisa igual nunca se viu

XXX
Faraó e seus soldados
Mar adentro também entraram
Para alcançar o povo
O caminho aproveitaram,
Mas quando o povo passou
O mar então se fechou
E os Egípcios se afogaram

XXXI
Ao chegar do outro lado
Moisés então cantou,
Pois a alegria que sentia
Em seu peito transbordou
A Deus então agradecia,
Pois viram naquele dia
Como Deus os libertou

XXXII
Como havia no Egito
Escravidão e muito enfado,
A humanidade está presa
Escravizada no pecado,
Como se tivessem dormindo
Não percebem que estão caindo
No abismo do diabo

XXXIII
Deus então mostrou
Que haveria uma luz
Assim como enviou Moisés
A nós enviou Jesus
Seu Filho eterno e Amado
Pra nos libertar do pecado
Morrendo numa cruz

XXXIV
Depende só de você
Seguir o Libertador
Ou ficar lá no Egito
Onde o pecado é senhor
Como a terra do leite e do mel
Pra nós reservou o céu
Pelo seu eterno amor

XXXV
Esse É o Deus do impossível,
Que por amor abriu o mar,
Realizou este milagre
Para o povo libertar
Liberta você também
Poder pra isso ele tem
É só você o aceitar

*Nota do autor: Este é o primeiro de uma série de folhetos de Literatura de Cordel Evangelístico, cuja finalidade não é promover uma religião, um grupo religioso, ou mesmo quem o escreveu, pois tudo é de Deus, e a Ele entregamos em forma de louvor. O objetivo no entanto, é apresentar de uma forma popular, conhecimentos de algumas passagens da Bíblia, que para muitos é um livro difícil de ser lido. Espero que seja o primeiro passo para que muitas pessoas despertem o interesse pela palavra de Deus, e possam conhecer o amor do Pai, dispensado para a salvação da humanidade.

segunda-feira, maio 11, 2009

Dois poemas de Noélio Duarte


AÇÕES

A vida é tão passageira
- É como uma nuvem ligeira –
Breve, como um sutil piscar...
É um filme com rapidez,
São cenas com nitidez
Que na memória vão ficar!

Para uma vida ser marcante,
É preciso, a cada instante,
Aproveitar bem as situações,
Impregnando-as com o toque
Do afeto, da amizade, do coração,
Da alegria, da sinceridade, da emoção,
Mudando a visão e todo o enfoque...

Portanto,
Faça a sua vida bem marcante,
Torne-a longa, bela, vibrante!

Seja amigável, tenha lealdade
- É o caminho para a felicidade!

Leia mais, isto traz energia:
- É a fonte suprema da sabedoria!

Brinque: é uma atitude terna!
- É o segredo da juventude eterna!

Doe em oculto, não faça escarcéu
- Desprender-se é um dom do céu!

Pense! Isto ajuda a ascender
- É a origem plena do poder!

Ria... Isto acalenta e acalma
- É a música gostosa da alma!

Seja generoso, sem esnobismo...
- A vida é curta demais para o egoísmo!

Trabalhe... Tenha todo o progresso
- Há um preço para todo o sucesso!

Ame a você, aos amigos e aos seus:
- É um grande privilégio dado por Deus!

Ore... Deus existe e Ele não erra:
A oração move os céus
E faz milagres aqui na terra!



SÊ TU UMA BÊNÇÃO

E naquele momento
- momento de decisão –
Havia apenas uma ordem:
“Sai da tua terra,
Deixa a tua casa,
Caminha para um lugar
Que eu te mostrarei...”

Mas onde ir, onde andar?
Qual o caminho seguir?
Em que estrada caminhar?
Mas havia uma promessa:
“Qualquer que for o teu destino,
Qualquer que seja a tua habitação,
- garante o Deus Divino –
Vai, Sê tu uma bênção.”

Bênção... Abençoar quem?
Que poder eu tenho?
Que força eu detenho?
Eu... eu não sou ninguém!
E ainda hoje se escuta
A poderosa voz dizer:
“Vai, sê tu uma bênção,
Abençoa outros no viver!
Levanta, saia do teu lugar,
Dá o primeiro passo
E o cenário vai mudar...
Se não podes ser tão grande
Tua fragilidade vai abençoar...
Se não podes ser estrada,
Sê uma trilha onde a graça,
Alegria, o perdão de Deus passa,
Fazendo a vida abençoada...
Se não podes ser estrela,
Sê então pequena luz
Que rompendo a escuridão
Faça a diferenciação:
Deixe brilhar Jesus!

Se Não podes ser o sol
- esta estrela reluzente –
Sê uma pequena chama,
- chama que oriente e aqueça –
Mas que viva permaneça,
Abençoando a quem clama...

Não, não, para que grandezas?
Reconhece tua estatura...
Começa com coisas pequenas
Devagar, mas mudando a cena
E a grandiosidade surgirá.
Estende o braço para o abraço,
Fala de vida e esperança,
Mostra o amor que alcança
Que resgata do fracasso!

Divide aquilo que tens,
Faze o bem acontecer...
Não é preciso ter bens
Para brilhar no viver!
Divida a tua intercessão.
Mostra toda a atenção,
Mostra também simpatia!
E os milagres surgirão,
Vidas serão transformadas,
Pessoas serão resgatadas
Pela graça do perdão...”

Vai... sê tu uma bênção...
Bênção para Deus,
Bênção para os teus,
Bênção para ti.
E, um dia, além do véu,
Tu ouvirás lá do céu
O Senhor Jesus te falar:
“Bem vindo servo fiel,
Entra, este aqui é teu lugar
- mais que um lugar, um lar –
A tua vida só abençoou,
Desfruta do gozo do teu Senhor,
Na terra dos homens,
Soubeste me amar!”

Para mais poemas do autor, visite a Comunidade dedicada a ele no Orkut, em: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=22533944

quarta-feira, maio 06, 2009

Dois poemas de William Vicente Borges


A POEIRA DE SEUS PÉS

Posso ver a poeira de seus pés
a sair pelas ruas a ajudar quem precisa.
Cada passo teu leva esperança
e um grande abraço de amor.

Andas e leva consigo o bem.
Não espera nada em troca.
Tua alegria é o sorriso daqueles
que são abençoados por você.

Posso ver a poeira de seus pés.
Para aqueles em trevas
levas a luz que recebeste do céu.
Para aqueles com fome
levas o maná da manhã.
Para aqueles que estão nus,
levas as vestimentas coloridas.

Posso ver a poeira de seus pés.
Neles as feridas de quem não pára.
É urgente a necessidade.
E não há quem faça o bem.

A quem quer que encontre
tens as palavras que animam
que levantam aqueles sem ar.
Você é instrumento de Deus.

Posso ver a poeira de seus pés.
Posso vês todo este amor no coração.
E sei que quem cuida de ti,
Tem o poder de te sustentar.

Pois Precisamos muito de você.
Tantos são os que precisam.
Seus pés estão muito empoeirados,
E é assim que eles são lindos.



NO DIVÃ DE DEUS

Sabe doutor Deus, não queria vir aqui hoje
Afinal eu não sou louco, eu só
Estou aqui para deitar e falar, pelo menos
Sei que o Senhor me escuta.
O meu problema é com o passado, eu não consigo
Entender que o passado passou, ele sempre volta
são tantos os fantasmas que vem me atormentar.
Não era assim que eu queria viver. Será que há
Um remédio para as dores emocionais do passado?

Sabe doutor Deus, não queria vir aqui hoje
Afinal eu não sou louco, eu só
Estou aqui para deitar e falar, pelo menos
Sei que o Senhor me escuta.
O meu problema é com o presente, eu não consigo
Entender como posso cometer tantos erros,
são tantos que nem posso te enumerar..
Não era assim que eu queria estar. Será que há
Um remédio para as dores emocionais do presente?

Sabe doutor Deus, não queria vir aqui hoje
Afinal eu não sou louco, eu só
Estou aqui para deitar e falar, pelo menos
Sei que o Senhor me escuta.
O meu problema é com o futuro, eu não consigo
Entender que o futuro ainda aconteceu, ele sempre existe
E nunca se apresenta como bom.
Não era isso que eu queria esperar. Será que há
Um remédio para as dores emocionais do futuro?

Filho, eu não receito remédios, mas os seus
Problemas com o passado, eu quero te dizer

Que eu já esqueci tudo que me contou.

Para os seus problemas com o presente, te digo:

Esta é a sua hora de recomeçar. E quanto aos

Seus problemas com o futuro e só você lembrar

Que ele está em minhas mãos.

Tivestes fé para deitar aqui e me deixar te ouvir

Então tens fé para seguir em frente e viver.

Quanto ao valor da consulta pague com uma

Vida de generosidade e felicidade.



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sexta-feira, maio 01, 2009

Dois poemas de Norma Penido


Ide

Eu disse ide... Há dois mil anos atrás
E outra vez te digo ide! Por que não vais?
Colocas tanta distância entre ti e o campo missionário
Só que maior distância havia entre o céu e o calvário
E mesmo assim eu desci, e ao Gólgota fui conduzido
E por tuas iniqüidades, na rude cruz eu fui moído

Porque achas tão difícil estender a tua mão
E entregar um folheto ao que passa sem salvação?
Veja! As minhas mãos ainda estão marcadas
Eu as estendi, para que fossem na cruz pregadas
Não foram os cravos que as prenderam no madeiro
Mas foi o amor, que senti por ti e pelo mundo inteiro.

Outra vez te digo ide! E por que não vais?
Nos campos ou nas cidades, não te cales mais
Achas incômodo falar de mim aos teus vizinhos?
Maior desconforto, havia naquela coroa de espinhos
E mesmo assim, eu suportei toda a dor calado
Lembrando-me do teu nome e do teu pecado.

E ainda te digo ide! E por que não vais?
Por que te envergonhas por ser um dos tais?
Vergonha era morte de cruz e fui crucificado
Fui ferido, fui cuspido, fui também humilhado
Rodeado por cães, morri entre dois malfeitores
Como indigno entre os homens; Homem de Dores

A vergonha passei, a dor e a morte não existem mais
E hoje outra vez te digo ide! E por que não vais?
Há tantos pecadores que não me conhecem ainda
E se tu fores, certamente abreviarás a minha vinda
Tudo está pronto. Eu já vos preparei um lugar
Ide! Porque a última trombeta não tarda a tocar.


E a porta se fechou...

Senhor, Senhor, abre-nos a porta!
E olhando-nos fixamente Jesus falou:
“Em verdade vos digo que não vos conheço”.
E diante de nós a porta se fechou...

Quanta dor eu pude sentir naquela hora!
Ao ver a porta fechada e eu do lado de fora
Misericórdia! Ainda supliquei em desespero
Mas era tarde para entrar nas bodas do cordeiro

A porta se fechou...Jesus nem sequer me conhecia!
Eu, que em seu nome falava tanto em profecia.
Expulsei demônios, evangelizei, era dizimista fiel
Mas o azeite eu não tinha para entrar no céu.

Ah! Se eu pudesse voltar atrás, tudo seria diferente!
Eu não seria a virgem louca, seria a virgem prudente.
E à meia noite ouvido-se o clamor: Aí vem o esposo!
Pelas portas do céu eu entraria, em teu eterno gozo.

Vigiai! Pois não sabeis o dia nem a hora
Em que o filho do homem há de vir em glória
Ande em santidade, mantendo acesa a sua luz.
Leve consigo o azeite para encontrar com Jesus.

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