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quinta-feira, maio 29, 2014

O Maior Mandamento, poema de Waltensir Leocádio



O MAIOR MANDAMENTO

               “Mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20.25b).

Fazer o bem é o principal dever cristão,
sendo o amor um dos maiores mandamentos.
Quem faz o bem, somente o bem, cada momento,
vive e pratica a verdadeira religião.

Façamos, pois, de nosso próximo um irmão,
tendo com ele sempre o melhor sentimento,
buscando amenizar-lhe a dor, o sofrimento,
jamais visando receber compensação.

Quem faz o bem já tem a vida abençoada,
e seguirá sempre feliz na caminhada,
se der com uma das mãos sem a outra saber.

Quem faz somente o bem a qualquer criatura
cumpre este princípio da Sagrada Escritura:
“Mais bem-aventurado é dar que receber.”


LAR, EXTENSÃO DOS CÉUS

Nada melhor que os laços de uma amizade sincera,
porque o amigo falso é o pior dos inimigos.
É como estar nalguma jaula, junto a uma fera
ou como um soldado na guerra, correndo perigo.

Todos desejamos família tal como se espera,
em que a amizade é forte no seu lar, seguro abrigo,
formado por alguém que vive o amor e que se esmera
por um clima de muita paz, como no tempo antigo.

Sim, sei que a violência existe em todo o tempo aqui,
desde que o homem deu lugar ao pecado no mundo,
distanciando-se dos santos ideais de Deus.

Diante disso, o que de mais interessante vi,
é que a família deve cultivar o amor fecundo,
a fim de transformar o lar numa extensão dos céus.

Visite o blog do autor: http://waltensir.blogspot.com.br/

terça-feira, maio 20, 2014

Dois poemas de Silvia Moraes



Quietude

No silêncio do meu ser 
Aquieta a minh'alma
Todo meu ser se acalma
Para ouvir Tua voz
E vem do céu uma grande voz que enxuga minhas lágrimas
Cessa toda dor, cala meu clamor

No silêncio do meu ser, 
O impossível torna-se tangível 
O mortal... imortal
O improvável... real

Ao ouvir Tua voz minha natureza se cala
Meu espírito estremece, minha alma emudece
Sem palavras me rendo e entendo
Que tudo só faz sentido
Ao ouvir a Tua voz.


Para um Homem de Deus 

Homem latente e misterioso
Denso, fechado em si
Sério e coeso
Homem de mente comprometida
Um suave humor atrás de uma seriedade estabelecida.

Contraditoriamente leve e denso...  intrigante...

Olho através de um vidro, das letras, dos poemas, dos escritos.
Dos poucos... raros fatos descritos.
O que enxergar além disso, em um que optou por nada saber,

abrindo mão de ter para assim poder realmente viver?

terça-feira, maio 13, 2014

Quarenta Noites de Oração, poema de Marina Stela Borges



Quarenta Noites de Oração

Já se passaram muitos dias, alguns sempre escuros
As folhas no calendário perderam sua cor
Depois de tanta dor, sem nenhum amor agora tenho Paz.

No chão despejei minhas lágrimas e dobrei meus joelhos
Com orações acendi o incensário para a Ti clamar
Ergui os olhos e vi no azul do céu a Presença do Senhor.

Quarenta noites de clamor e vasos antes rachados, agora restaurados
Famílias separadas e tristes foram unidas pelo amor de Cristo
Quem durante a vida viveu preso hoje adora a Deus, através da liberdade.

E a tua Alegria envolveu meu ser até me completar
O teu Amor encheu meu coração até sentir Deus completamente
A tua Palavra voltou a ser lâmpada para os meus pés, e a tua Luz guia meu caminho.


Visite o blog da autora: http://ocaliceeoperfume.blogspot.com.br/

sábado, maio 10, 2014

SER MÃE, poema de Rosa Leme



SER MÃE:

É sentir o coração queimando como fogo.
É cuidar, zelar, se preocupar por outra vida.
É sentir a dor, a ferida que está no filho.
Ser mãe:
É contentar– se, estando triste.
É sorrir com dor.
“É também contentar-se de contente.”
É sentir a dor, que fere sem doença, sem ferida.
Ser mãe:
É aceitar o desafio de dar a vida.
É andar só em meio a multidão, esperando
o retorno do filho, ou a vinda do filho querido.
Ser mãe:
É cuidar de outra vida e se descuidar,
É passar a noite em claro.
É ser sentinela, atalaia.
É deixar o amor se esparramar.
Ser mãe:
É presenciar o nascer do sol, o seu clarear.
É desfrutar da luz clareando o dia.
É ver o dia ir embora e ver a noite chegar.
É deixar o amor como vertente transbordar.

Ser mãe:
É ver o véu da noite descer e saber
que na madrugada o berço vai embalar.
É outro ser aconchegar,
e sentir frio no aconchego do lar.
Ser mãe:
É estar presa a um coração por toda sua existência.
É ganhar um presente, é dar e receber.
É aprender, ser persistente, ensinar e ter paciência.
É um elo, uma aliança que estará sempre na sua consciência.
Ser mãe:
É contentar-se com o presente, emocionar.
É se alegrar, chorar, amar...
Sem explicar, ser mãe é ser feliz.
Ser mãe:
É ser abençoada, privilegiada, agradecida
por ser agraciada, a escolhida.
Deus a escolheu para conceber, conceder a vida.

sexta-feira, maio 09, 2014

MÃE, um poema de Rute Salviano Almeida



MÃE
                                                                                                 
Mãe, és ternura e carinho.
És o aconchego de um ninho,
que só tu sabes construir.
És a palavra incessante,
que brota da boca inocente
do pequenino a sorrir!

Mãe, é bom saber sempre
que estás perto, presente
nas horas de aflição.
Socorres o nenezinho que chora,
ao maiorzinho consolas
e ajudas na lição!

Mãe, que triste sentença
a vida sem tua presença
para o filho adolescente;
pois, na hora do desabafo,
o calor do teu abraço
o motiva a ir em frente!

Mãe, és a saudade constante
do filho em terra distante
traçando seu próprio caminho.
Que angústia dentro do peito,
que vontade de dar um jeito,
pra não viver tão sozinho!

Mãe, és a grande ajudadora
para a filha sonhadora
quando inicia seu lar.
Na hora aflita do parto,
na hora do seio farto,
estás pronta a orientar!

Mãe, enfim, és tudo
para teus filhos, que mudos
sem ti não sabem falar.
Sem ti, a vida não é vida.
Sem ti, tropeçam na lida.

Sem ti, não podem andar!

segunda-feira, maio 05, 2014

Dois poemas de Claudio Tapajós



Incógnita

Recorrente equação,
Novamente eis o quiz:
Arguir seu coração,
Quando o mesmo não lhe diz
Tudo o que se quer saber,
e por certo sempre quis.

Querer, não dever, talvez poder.
Sentir, maldizer, por certo ter
Uma impressão, um antever do aborrecer.
Enquanto a alma desprender,
De tudo quanto entorpecer,
Sequer pensar retroceder.

Se o que me move é vaidade,
Nada há que me orgulhar.
Se em meu limite há liberdade,
Sou movido a sonhar.
E se não sonho, piedade!
Deus, dá-me graça, face à Verdade!

Da equação, tem-se o total:
O coração, quão desleal
tem no sentir, posto carnal,
visto abissal, torpe, fatal.
Portanto, se natural, vês decimal,
Se divinal, fundamental.
Por certo Cristo é o ideal,
De um coração imparcial.


Vide à vista

A Videira verdadeira é o que me alimenta.
Sou apenas um ramo, um enxerto.
Preciso da seiva, não passo de um galho desgarrado.
Distante da parreira, sou apenas um pedaço.
Nela entretanto, faço parte do todo.
Ligado à vide, vivo estou, cheio de folhas e frutos.
Quem nela me vê, não pode avistar-me,
Pois tudo o que vê, é a copa verdejante
Do grande arbusto de Cristo.

quinta-feira, maio 01, 2014

Dois poemas de Elionai Dutra

Criança e Deus
Criança, cria um mundo ao redor
sem medo de errar, inocente, acerta
Vive uma fantasia como se fosse
a única verdade possível para se viver melhor
O mundo da inocência carregada de alegrias
Diz nada e pensa em tudo, quando fala transborda pureza
Ao olhar imagina qualquer objeto que possa voar
Ou mesmo que flutue e encante o tempo em beleza
Quem dera o meu mundo fosse assim!
Não brincaria tantas vezes com os meus sentimentos
Não jogaria palavras sem sentido, sem rima
Cuidaria da consciência e seria honesto em pensamentos
Criar seria um dom em mim
Que custaria ter fim
Mas o que mais vale em uma criança
é a capacidade em ser
Ser tão simples
Tão amável
E pura
Então, ser assim é estar mais próximo de Deus…

Ao meu dia
Ao pensar sobre aquela melodia

Minha noite se transformou em dia
Em mim o dia trouxe significado de fé

Pouco que me resta deste sentimento, é

É a vida anunciando a chegada da paz
É o ser que em esperança me refaz…

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