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quinta-feira, agosto 28, 2014

A poesia de Silvano Lyra


Trechos diversos

Nascer é primeira fase, Onde a vida começa, E crescer é uma peça, Como alicerce ou base, Descrevo tudo na frase, «Reproduzir é viver» Ainda vou me atrever, Falar do fim da corrida, Das quatro fases da vida, A mais temida é morrer.


Mentira e lamentação,
Falsidade e cilada,
Armadilha e traição,
Faca punhal e espada,
Vício engano e maldição,
Rancor ódio e patada,
Ergue cura e enobrece,
Abençoa e fortalece,
Por Jesus na caminhada.


Desdizer o que Deus disse,
Carne mundo e pecado,
Porque está desse lado,
Satanás dizendo visse,
Tudo fez pra que servisse,
O bem como repressão,
E o mal por consagração,
Na inversão do que é ruim,
A minha alma me diz sim,
Enquanto a carne diz não.



Se andar de todo jeito,
e agir precipitado,
poderá ser reprovado,
quanto a causa ou efeito,
sem permitir preconceito,
e nem qualquer julgamento,
busco o discernimento,
em Deus com sabedoria,
aconselho em poesia,
com Deus no meu pensamento.


Silvano é grande promotor da poesia cristã nordestina, em suas variadas correntes.Visite um dos muitos blog do autor: http://cordelimprovisado.blogspot.com.br/


terça-feira, agosto 19, 2014

QUEM É ELE?, poema de David Gomes


QUEM É ELE?

Mas, que é esse de jeito assim cansado
que a sorrir percorre o nosso povoado?
Quem é ele que leva na viagem
um cofo com seu rancho
e a Bíblia com a mensagem?

Já o vi pelos rios, navegando alegre
e o encontro outras vezes em pensões de margem
com o povo bom, com o povo incréu
ele é sempre o mesmo, apontando o céu...

Quanta vez mal chegou e vai seguir além
levando seus tratados, com a mensagem do bem.
Canta e ensina ao povo, chora ao ver a dor
combate o pecado, mas transborda em amor!

Deixou atrás sua gente e o conforto alegre
da cidade festiva, cativante e viva
e veio ao nosso encontro
       sem gáudio
        nem comendas,
a viver nosso drama, a desfazer nossa lenda...

De Deus nos fala e que autoridade!
De amor ensina o ideal que anima.
Quem é ele, afinal, conhece-lhe o sinal?

Uma Junta o mandou,  dizem uns
outros protestam, pois contam sua vinda
como oferta de Deus, risonha e linda...
E ele vai feliz, abrindo seu caminho
escola veio dar,
remédio receitar,
e prega o Salvador
que liberta o mesquinho!

Distância ele não vê, calor jamais reclama.
Encarna em sua calma, o Deus bom que proclama,
a pergunta, no entanto, ainda está no ar:

     Mas quem é esse de jeito assim cansado
     que a sorrir percorre o nosso povoado?

É o missionário, amigo, a luz que o céu proclama
o arauto que o sertão veio tirar da chama,
sacando ao pecado, as almas vis, perdidas,
por Cristo, Salvador, Reconstrutor de vidas!
               Bendito sejas,
                             MISSIONÁRIO!

Do livro Antologia Missionária (Casa Publicadora Batista, 1967)


sexta-feira, agosto 08, 2014

Delas é o Reino dos Céus, poema de Paulo Lício Rizzo


Delas é o Reino dos Céus

Quereis que o vosso nome brilhe como os astros?
Escrevei-o, então, na alma das crianças,
que dele jamais se esquecerão...
Sonhais em construir um mundo mais ditoso?
Dizei-o, então, ao ouvido das crianças
e elas, um dia, o edificarão.

Tendes uma palavra de esperança à triste humanidade?
Dai-a aos pequeninos, dai-lhes as sementes
que, no futuro, em suas vidas brotarão
em suas mentes, ainda puras e sem ódio,
vereis que a bondade estende raízes fundas
e faz-se realidade.
Nelas mora, talvez, um Lincoln, um Ruy Barbosa,
que brinca, pensa e sonha com um mundo ideal.

Tendes em vossa mão um raio de luz pura,
que ensinar-lhes podia a desafiar o mal?
Dai-lhes sem demora... e o pendão glorioso
de Cristo, o Salvador,
no porvir majestoso dum sonho nacional,
ditosas mãos pequeninas
hão de se erguer, corajosas,
no coração do Brasil.

Do livro Antologia de Poetas Evangélicos (Ed. Ultimato, 2014)

domingo, agosto 03, 2014

Dois poemas de António Jesus Batalha



GRANDE BONDADE

Ao Senhor de todo o amor e bondade,
Que a vida do ser mortal enobrece,
Dá paz e graça em toda a imensidade,
Traz ao homem verdadeira liberdade,
E a vida que a humanidade carece.

Rio que corre como a madrugada,
Num caudal de alegria e piedade,
Parece que tem a sua hora marcada,
No coração do crente é celebrada,
Com paz e verdadeira felicidade.

Vida que traz verdadeira liberdade,
Rio que transborda nas enchentes,
Inundando os corações das gentes,
Criando no deserto fortes nascentes,
De graça e alegria para a eternidade.


O AMOR QUE SALVA


O Senhor de todo o amor,
Que me conhece e sabe quem sou,
Sabe da minha alegria e dor,
Mesmo assim, na minha vida entrou.

Libertou-me da tristeza e pavor,
A minha pobre alma salvou,
Fez-se meu Deus e meu Senhor,
E com Ele para a Glória vou.

Em minha vida habita a graça,
Deus a enviou do céu para mim,
Grato a Ele ficarei até ao fim.

Um vaso de amor sempre me faça,
Para que ao mundo possa anunciar,
A Palavra que veio o ser salvar.