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terça-feira, junho 14, 2016

10 Anos do blog Poesia Evangélica - E quem ganha é você, em nosso sorteio de livros. Participe!


Queridos irmãos, em 2006 iniciamos, de forma humilde, um blog cujo objetivo, naquele momento, tinha certa urgência: disponibilizar um canal (até então inexistente) de resgate, divulgação e promoção da poesia evangélica/cristã, abarcando tanto os autores de ontem quanto os atuais, tanto medalhões quanto jovens ou bissextos iniciantes nos meandros da poesia.
De lá para cá, foram centenas de autores divulgados. E ainda diversos livros e e-books, individuais e coletivos (antologias) que surgiram direta ou indiretamente devido ao trabalho do blog. Mas nossa principal conquista é que construímos uma rede de fraternidade, de amigos poetas e leitores de poesia, que gerou e gera os mais agradáveis frutos de comunhão. E ainda muito está por vir!

Para comemorar os 10 anos de nosso espaço, realizaremos um sorteio de livros. Serão nove livros sorteados, compondo kits de três livros cada; assim, serão três os leitores ganhadores, e cada qual receberá um kit contendo três livros.
Para participar é fácil: deixe um comentário neste post, com seu nome e e-mail para contato. No dia 05 de Julho realizaremos o sorteio. Participe e convide outros irmãos e amigos!

Os kits constarão de:

  • Kit 1: Inventor de Poesia (poesia), de Margarete Solange Moraes; O Pequeno Livro dos Mortos (contos), de Sammis Reachers; e Uma Teoria do Poema (teoria da literatura), de Domingos Carvalho da Silva.
  • Kit 2: 22 Contistas em Campo (antologia de contos), org. de Flávio Moreira da Costa; Contos Reunidos (contos), de Margarete Solange Moraes; O Pequeno Livro dos Mortos (contos), de Sammis Reachers.
  • Kit 3: O Agente Infiltrado e Outros Poemas (poesia), Jorge Wanderley; O Velho e a Menina (novela), de Margarete Solange Mores, e O Pequeno Livro dos Mortos (contos), de Sammis Reachers.

Sobre os livros:

Uma Teoria do Poema (Civilização Brasileira, 200 págs.) - Cultores da poesia ou não, estudantes ou não, todos os leitores qualificados encontrarão aqui, escolhidos com rigoroso critério seletivo e dispostos na melhor forma, os mais preciosos conceitos sobre a arte poética em geral - e o poema, em particular de sorte que terão sempre à mão um precioso manancial de informações sobre a técnica, a estética e, particularmente, o sentido e a forma da arte poética. 
22 Contistas em Campo (Ediouro, 176 págs.) - '22 contistas em campo', mais uma antologia de Flávio Moreira da Costa, reúne os melhores contos brasileiros sobre futebol, incluindo ainda um inglês (Patrick Kennedy) e dois uruguaios (Horacio Quiroga e Mario Benedetti). Rachel de Queiros, Plínio Marcos, Rubem Fonseca, Luís Vilela, Moacyr Scliar e Ignácio de Loyola são alguns dos brasileiros escalados. 
O Agente Infiltrado (Bertrand Brasil, 112 págs.) - Dividido em duas partes, O Agente Infiltrado e outros poemas revela ao leitor a marca registrada do poeta Jorge Wanderley. Em O Agente Infiltrado o artista é alguém que veio cumprir uma missão. Aquele que vê o mundo de uma maneira peculiar, com uma visão criativa e nova. Na segunda parte do livro, Jorge Wanderley reúne uma coletânea de poemas variados, ora líricos, ora irônicos. Com a pluralidade de tons e temas que caracterizam a nossa condição pós-moderna, o autor transcreve para o papel as vicissitudes da alma e a perplexidade do ser diante do acaso. 
O Pequeno Livro dos Mortos (Letras e Versos, 96 págs.) - Neste pequeno volume (19 contos em 96 págs.) a mente de Sammis Reachers dá azo à sua inusual criatividade para expressar-se em contos cujo tema norteador é ela, a indesejada das gentes, a Morte. Transitando por gêneros, tempos e lugares diversos, temos nossa atenção sequestrada para situações, momentos dramáticos (com certa - e boa - dose de estranhamento, que segundo o autor é item capital para qualquer boa arte), em que, em meio à ação dramática, somos inoculados por (in)discretas perturbações filosóficas e teológicas, para nossa alegria mental (sorrisos). Leitura que deixa marcas, e que melhor elogio se faria à uma obra literária? 
O Velho e a Menina (8 Editora, 144 págs.) - O amor pela menina o fez o velho aprender a sonhar novamente. O sonhar impulsiona o homem a sentir-se capaz. A vida precisa dos sonhos para ser melhor vivida. Não importa se esses sonhos são possíveis ou impossíveis: é preciso ousar! O desesperançado é somente um fantasma sem voz, sem alma, sem rumo. É natural do ser humano querer ser admirado por seus feitos, e ser considerado grande mesmo na sua pequenez. E para ser grande é preciso perseguir os ideais até alcançá-los, ou morrer lutando sem desistir jamais da batalha.O amor pela menina o fez o velho aprender a sonhar novamente. O sonhar impulsiona o homem a sentir-se capaz. A vida precisa dos sonhos para ser melhor vivida. Não importa se esses sonhos são possíveis ou impossíveis: é preciso ousar! O desesperançado é somente um fantasma sem voz, sem alma, sem rumo. É natural do ser humano querer ser admirado por seus feitos, e ser considerado grande mesmo na sua pequenez. E para ser grande é preciso perseguir os ideais até alcançá-los, ou morrer lutando sem desistir jamais da batalha. 
Contos Reunidos (Sarau das Letras, 314 págs.) - “Contos Reunidos” traz uma seleção de histórias já publicadas em obras anteriores, além de outras inéditas. Os contos, em sua diversidade temática, formam um mosaico da vida, repletos de múltiplos olhares, textos e intertextos, discursos e contradiscursos. Cada narrativa está repleta de casos que vão do trágico ao cômico num piscar de olhos. Margarete Solange é uma mulher de posicionamento crítico, por isso, em determinados momentos, será possível que o riso dê lugar ao pranto, ou, quem sabe, à indignação. A autora produz textos com conhecimento de causa, sabe elaborá-los com maestria, pelo que surpreende, demonstrando uma maturidade peculiar ao abordar temas diversos com criatividade, sensibilidade, drama e humor, o que torna a leitura de seus contos aprazível, até mesmo para aqueles ainda pouco afeitos à leitura. 
Inventor de Poesia (8 Editora, 238 págs.) - Reúne poemas com multiplicidade de temas, para leitores de preferências diversas em qualquer idade. A autora, que não se declara poeta, mas se diz escritora de versos, é dona de um estilo bem próprio: criativo, divertido e inteligente; fortemente caracterizado pela intertextualidade e metalinguagem. Surpreende com o talento que tem vindo da alma para criar e com a arte que possui para lapidar, aparar e montar seus versos. Num mergulho à literatura universal, a autora conversa com o escritor Allan Poe nos poemas “Pra Sempre” e “Nunca Mais”, e com Elizabeth Bishop, respondendo ao seu poema “One Art”, com o poema “A Arte de Perder”. Leva o leitor a visualizar cenas que ela pinta com palavras, conseguindo deslocar o leitor para dentro de sua obra. Enfim, são poesias para todos os momentos, que provocam no leitor as mais variadas reações, desde simples descontração a profundas emoções e deleite espiritual.

domingo, junho 05, 2016

Três poemas de Ana D'Araújo


Prece
Hoje pedi ao Pai por ti.
Pedi que te desse a calma de um riacho que corre
Rumo ao destino de desaguar
E que lavasse a tua alma com unguentos perfumados.
Pedi que o sol que brilha para mim,
Ilumine amanhã novamente o teu caminhar
E que a Lua que dorme para ti, brilhe aqui,
Como esperança do amor não vivido, mas desejado.
Pedi que o frio não gele a tua alma,
E não te leve os sonhos de um futuro de paz,
Onde deitarás em colo seguro
A embalar os teus sonhos em versos.
Pedi que os teus pés cansados,
Judiados pelas marcas da lida diária
Se tornem leves e andem ágeis
Ao encontro do descanso merecido.
Pedi também que o silêncio não te emudeça o coração,
Mas que acolha a emoção e a armazene
Pois um dia ouvirás os sinos
E lembrarás que toda a esperança perdida
foi só um vento que passou.
Hoje eu pedi ao Pai que a semente em ti plantada,
Não feneça com a madrugada
Mas que a esperança seja o adubo
A florescer em ti o amor viçoso e deslumbrante,
Que te levará seguro ao encontro do infinito
Hoje…pedi ao Pai por ti!

A Gentileza
Enche os olhos ver a gentileza assim
É de carne e osso e tem cor
Se eu te contar que a gentileza riu pra mim
Carimbou o seu carinho e foi
Foi pra lá do distrito do amor
Braço dado com a paixão e a flor
A razão logo se esconde e some
Ela já não pode mais sozinha
Se essa tal da gentileza a cultivou
Quero ouvir da gentileza uma canção
Que seu sopro ameno acalme a nação
Que ela junte as mãos - guie nossos pés
Seja respeitada qual bandeira
Que ela adube o solo com amor
Que ao invés da erva seca só produza flor
Que ela ensine a humanidade a cantar
Com voz de criança pra poder vibrar
Que ela afogue a mágoa e salve o perdão
E que a gentileza seja uma oração
Na voz tão  sofrida desse povo
Que só precisa andar com a gentileza.

Sonho de Poeta
Mesmo que a fonte seque
e a inspiração se esconda
ou vá passear na esquina...
Quero o som da musica na alma
e a canção no coração.
Mesmo que o poema seja curto e seco
e o verso aluda a dor... A aridez...
Quero ter no peito a rima
que remete para cima
e retorna em energia de inspiração.
Quero olhar o horizonte
e enxergar de novo a fonte
que me fez deitar primeiro
em rede de paixão...
Derramar alivio nos escritos tantos
que fazem do poeta ilusionista,
em mágicas de um mundo encantador!
Quero ao ver o declinar do sol da vida,
o despejar de versos em expressões tão surreais...
Que seja para muito colo certo, desabafo, sintonia,
expressão, canção e mutação.