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domingo, agosto 07, 2016

Dois poemas de Wolô


Bem-aventurados os mansos
No encontro das Alianças
Com as bem-aventuranças
Falava o Mestre amado
Aos seus e pra multidão

No encontro da Lei com a Graça
Sem gritos nem ameaça
Seu gesto e seu recado
Tratavam de mansidão

E num país subjugado
Aprouve ao Mestre amado
Bem-aventurar os mansos
Porque a terra herdarão

Que terra seria essa?
Que preciosa promessa?
A pátria de seu descanso?
Espécie de céu no chão?

O manso sabe o segredo
De renunciar sem medo
Aos ícones deste mundo
Tão passageiro, tão vão

E nem mesmo o dedo em riste
De um mundo espantado e triste
Assusta por um segundo
O manso em adoração

Pois Cristo, o Senhor de tudo
Igual um Cordeiro mudo
Sem honra seguiu, sem nada,
Pra cruz, nossa salvação

Mas nem essa morte inglória
Barrou a sua vitória
E a Vida ressuscitada
Triunfou em ascenção

E assim o manso caminha
Na fé que o Mestre tinha
Que o amor do Pai tudo encerra
Sob sua perfeita mão

E mansamente se entrega
E a mansidão ele prega
Pois mesmo ao pisar a terra
Seu pé não se prende ao chão


TEUS

Teu preceito é tão amigo 
Teu abrigo tão sagrado
Teu chamado tão preciso 
Teu juízo tão perfeito;
Tua vontade
é que eu te aceite
O teu deleite
é que eu te agrade.
Teu ser
que desceu
menino
nos deu
o poder
divino
de conhecer
a fonte
o norte;
de renascer
de um ontem
morte
Pra tua VIDA,
Pra tua VIDA.

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