Até quando
as mãos terão o sabor das urzes
e os pés
desconhecerão
o Caminho
que passo a passo
se descobre
e nos renova
Até quando
as mãos se trancarão
e os lábios
não terão mais do que palavras
Até quando
a carne se alimentará de couraças
e os dedos serão espinhos
nas esquinas das ruas
e nas costas dos vizinhos
Até quando
os braços amarão o abismo
e o sangue se colará
ao chão
Até quando
se rejeitará
a Pomba ancorada
acima da tempestade
não se arrependem
não se arrependerão
os que investem as suas mãos
na Luz
as mãos não são mudas
(quem não sabe?)
quando penteiam as tranças da Esperança
algumas estão mirradas
é certo
não têm movimento
são de granito
de silêncio e gelo
outras são armas enferrujadas
de há tanto tempo não serem utilizadas
é verdade
não têm azeite
são peças de museu
penduradas na noite do peito
são adornos
de trazer na lapela do casaco
precisamos reencontrar
as mãos
as mãos
reencontradas na Luz
precisamos de frutos
precisamos ser frutos
precisamos dar fruto
com frutos se protesta
ser cristão é isto
ser cristão
não é pendurar o sangue ou as mãos
no bengaleiro da igreja
Olá! Meu nome é Priscilla sou da 1º Igreja Batista em Catu - Ba , e gostaria de saber se voce tem algumas poesia que fale sobre mutualidade. Por favor se poder entrar em contato agradeço.
ResponderExcluirEmail: negapsl@gmail.com
negapsl@yahoo.com.br
Obrigada!