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terça-feira, maio 29, 2007

Dois poemas de Mário Barreto França

SER CRENTE

Ser crente é descansar, num Deus que é caridade,
A esperança que alenta e a fé que nos redime;
É sentir dentro d'alma essa doce vontade
De semear o bem, de combater o crime...

Ser crente é refletir de Jesus a humildade
Para os outros vivendo em renúncia sublime;
É ter sempre um consolo à dor que ao peito invade,
É ter sempre um conforto à tristeza que oprime...

Ser crente é conquistar para Deus que perdoa,
De uma existência má para uma vida boa,
O coração que sofre ao peso de um labéu.

Ser crente é possuir como prêmio fecundo
O encanto de viver e ser feliz no mundo,
A glória de morrer e ser feliz no céu.


Na Manjedoura

Na manjedoura de uma estrebaria
Jesus nasceu, como quem nada tem,
Pois não houve lugar para Maria
Na pequena cidade de Belém.

Mas ao crescer em graça, cada dia,
Ele se fez apóstolo do bem
E aos enfermos e pobres assistia
Com paciência e amor, como ninguém...

Seu saber confundia os mais letrados,
Seu poder alcançava os deserdados
Que O seguiram buscando paz e amor.

Mas, hoje, ele renasce na alma humana
Que O recebe, na crença soberana,
De tê-lo como Pai e Redentor.

Um comentário:

  1. Tomei a liberdade de publicar este soneto alexandrino no meu blog Papéis na Gaveta. Considero-o um clássico da Literatura Evangélica séria.
    JTP

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