A GraçaNaveguei no oceano,
sem bússola.
Ancorei em mil portos.
Transpus umbrais de sonhos,
em tavernas.
Bebi o líquido da morte.
Fui apátrida sem rosto
na multidão.
Vi-me desnudo no Universo.
Caí esmagado sob as teias
do cadafalso.
Engoli o grito da esperança.
Não havia onde alongar os olhos,
Faltava-me o norte.
Não havia onde estender os braços,
Faltava-me o amanhã.
Mas do alto rompeu a Graça
vestida de cruz,
que me ergueu do nada
e transpôs-me à Luz
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