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terça-feira, outubro 07, 2008
Dois poemas de Paulo Cruz
ALVÍSSARA
Vede, em ruínas está a cidade,
O canto já não ecoa mais.
Vede, é tudo choro e lamento,
A harpa, em galhos secos jaz.
O vento de desobediência
Trouxe consigo o terror,
O gosto amargo da doce ilusão
Tirou do poeta o amor e a canção;
Quem trará novo alento a Sião?
Mas vede, é dos montes que vem a Paz,
Alvissareira é a notícia que traz
Os pés do arauto, do irmão.
Vede, é vitória já reina teu Deus,
Em corais alardeia Sião
Às nações a tua salvação.
ESPERANÇA NO LEITO
Naquele lugar onde o dia é sempre noite,
adentro, sento e sinto o sonho que já perto
adestra. Deito, em torno, um cabedal modesto
me faz lembrar os momentos cabais de minha
tensa existência debaixo do sol, que hoje,
após anos sem alarde, arde em meu dorso;
anos em que minha vida era tarde tênue,
onde todos os meus sonhos eram fantásticos
e cheios daquela vitalidade pura
que alimentava a alma em toda noite escura.
Hoje, essa cura não chega e a noite dura
muito mais que a eternidade, é fogo que arde.
Porém, em contrição meu coração aguarda
o Mestre, folga de esperança em meio à dor,
do meu peito ferido a paz não baixa a guarda
e resiste, perdendo a vida por ganhá-la
e assim ganhando-a por perdê-la, eternamente.
Visite a página do autor: http://paulopoeta.blogspot.com/
Olá,
ResponderExcluirPor favor vá até meu blog e leia atentamente o post especial. Por favor.
Deus te abençoe.
Smack!
Edimar Suely
jesusminharocha.blig.ig.com.br
Suas poesias são belíssimas.
ResponderExcluirEdimar Suely
jesusminharocha.blig.ig.com.br
Olá Edimar.
ResponderExcluirMuito obrigado!
Deus a abençoe.
Paz,
Paulo Cruz.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
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