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sábado, fevereiro 28, 2009

Três poemas de Patrícia Neme


...o meu prazer está na Lei

Quero assentar-me no conselho dos Teus santos,
para embeber-me do saber das Tuas leis;
para ser vento que dispersa desencantos
para louvar-Te em meu viver, oh! Rei dos Reis.

Quero ser árvore encontrada nos recantos,
onde a aridez seca o existir das Tuas greis;
pra que a folhagem, no verdor, acolha a tantos...
Que até o descrente Te proclame Rei dos Reis.

Senhor, em Ti procuro a bem-aventurança,
se a dor me acena, vejo em Ti minha esperança,
és minha fonte, és a razão do meu caminho.

Tu, que conheces o destino dos meus passos,
guarda minh’alma no aconchego dos Teus braços,
mesmo que eu seja o bem menor do Teu carinho.



Só Tu

Só Tu me fazes repousar segura,
angústia em bênção Tu tens transformado;
Misericórdia a quem não Te procura
e o ser perdido seja resgatado.

Ao que padece de vaidade e usura
e da injustiça faz o eu legado...
Dá-lhe, também, Senhor, Tua doçura,
por que só Teu amor bane o pecado.

Tanta alegria há no meu coração,
tanta fartura da luz do Teu rosto...
Como entender quem contra Ti murmura?

Em paz me deito e na minha oração,
contemplo o vale do sofrer transposto...
Pois Tu me fazes caminhar segura.



Em nome de JESUS

Quando eu disser "em nome de Jesus",
movida por certeza e devoção,
das trevas nascerá intensa luz
e em campos verdejantes terei chão.

Quando eu pedir, em nome de Jesus,
os mares do impossível se abrirão,
para que seja leve a minha cruz
e eu trilhe as sendas da libertação.

Porque só em Jesus tenho descanso,
só n'Ele meu viver é pleno e manso,
só d'Ele emana o amor, a paz e o bem.

Por conhecer Sua graça em minha vida,
anseio que também sejas guarida
daqu'Ele que nos leva ao céu. Amém!


*Poemas do livro "O Livro da Intimidade". Se você desejar adquirir a obra, escreva diretamente para a autora, no e-mail: nemepatricia@hotmail.com . Vale a pena adquirir um exemplar. São 110 páginas de excelente poesia evangélica!

E para ler outros poemas da autora, visite a página dela no Recanto das Letras, Clicando Aqui.

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Máscaras - Um texto de Gilbert Brenson-Lazán


Máscaras

Sempre que coloco uma máscara para encobrir
minha realidade
fingindo ser o que não sou,
fingindo ser o que não sou,
faço-o para atrair as pessoas.
Mas logo descubro que somente atraio outros mascarados,
afastando as pessoas devido a um estorvo: a máscara.

Faço-o para evitar que os outros vejam minhas fraquezas,
mas logo descubro que por não verem a minha humanidade,
as pessoas não podem me amar pelo o que sou e sim pela máscara.

Faço-o para preservar minhas amizades,
mas logo descubro que quando perco um amigo,
por ter sido autêntico,
ele realmente não era amigo meu, e sim amigo da máscara.

Faço-o para evitar magoar alguém e por diplomacia,
mas logo descubro que é a máscara
o que mais magoa as pessoas de quem quero me aproximar.

Faço-o com a certeza de que é o melhor que tenho
a fazer para ser amado;
mas logo descubro o triste paradoxo:
o que mais desejo conseguir com minhas máscaras
é precisamente o que com elas eu impeço que aconteça.

Gilbert Brenson-Lazán*

*Os leitores que acompanham este blog sabem que não costumo publicar textos de autores não-evangélicos, mas este texto excepcional do psicólogo norte-americano Gilbert Brenson-Lazán, serve tanto como parábola (e repreensão) para a vida cristã de alguns, como cai como uma luva nesta época de carnaval.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Um poema de Celeste Machado


Deus e o homem

Quando, no silêncio da noite,
Olhas o céu estrelado
E te admiras da sua beleza,
Talvez não perguntes:
- Quem o fez?

Se é dia,
Se o Sol te acalenta,
Se a luz te sustenta,
Quem sabe, nem penses:
- Quem foi que o fez?

À tarde, diante das ondas
Que suaves se estendem
Na areia do mar,
Talvez não indagues,
Talvez nem percebas:
- Quem foi que as fez?

No entanto,
Se a dor te atormenta,
Se a lágrima tenta
Rasgar tua face,
Qual gume cruel,
Bem sei, tu reclamas:

- Oh! Pai, me sustenta,
Acalma meu peito,
À dor dá-me alento,
Oh, vem, por Jesus!

Fonte: http://www.seminariodosul.com.br

domingo, fevereiro 15, 2009

Um poema de Joanyr de Oliveira


Resposta da Amada

- Eu te respondo, amado meu,
com o coração no Cântico dos Cânticos
e a mente transtornada,
ante as tuas palavras de mel.
Elas chegaram como um pombo
a pousar sobre a febre
de uma mulher enamorada...

Não haja turbação em ti.
Querido, não te aflijas:
para juntos caminhar, amado meu,
efetivamente nascemos.

Sei que Deus, de seu trono
e das culminâncias de seu amor,
diz-nos “sim”, quando oramos.
E que os nossos nomes
no alto Livro da Vida
irmanados repousam.
E a que “embalas nas tardes”
chegará um dia. E todas as coisas
serão testemunhas de nossas núpcias.

Meu rosto, amado, não dorme,
porque tuas sentenças
mantém, como rocha, a minha vigília.
Estou com as virgens prudentes
acesas nas noites – a espera do Noivo.
E as revelações de Sulamita,
embalo-as no peito:
“O meu amado é para mim
um ramalhete de mirra,
morará para sempre comigo.”

A renovarem a esperança,
como as tuas, minhas preces
prometem nas noites
com todas as forças do meu ser
“Que, como Sara e Abraão,
uma nação brotará de nossas veias
e, somados os séculos,
seremos como areia do mar...”

O que escreveste em tua carta
é bem mais que palavras:
são danças e risos de rosas e lírios
em minhas mãos;
são danças nas horas
e nas águas de um rio –
e jamais secarão.

Nunca irás apagar
o calor de meu nome,

e sempre nos amaremos!

Do livro Canção ao Filho do Homem

sábado, fevereiro 14, 2009

Um poema de Jonathas Braga


O Salmo da Solidão

Junto às torrentes frescas assentados,
cativos, tristes, pobres e humilhados
e sem vislumbre de consolação,

na Babilônia, muita vez choramos
quando, cheios de angústia, nos lembramos
das glórias fascinantes de Sião.

Nossas harpas estavam desprezadas,
nos ramos dos salgueiros penduradas,
mudas, sem vibração, quietas e sós,

porque os soluços da tristeza infinda
e os dolorosos ais de certo ainda
enchiam de temor a nossa voz.

Aqueles que cativos nos levaram
e as nossas tendas logo derrubaram,
sem reparar a nossa humilhação,

para afligir-nos ainda mais, pediam
que cantássemos e eles ouviriam
os salmos e as cantigas de Sião.

Como, porém, podíamos, um dia,
mudar nossa tristeza em alegria
e transformar em riso a nossa dor?

Mas inda assim, exaustos e abatidos,
amamos nossos íntimos gemidos
e, humildes, bendizemos o Senhor.

Do livro A Maravilhosa Luz

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Dois poemas de Brissos Lino


AMIGO
Ao amigo J. T. Parreira

Um amigo ata as pontas soltas
do tempo
desenleia o novelo
da distância
valoriza as migalhas na mesa
do prazer
protege as costas na esquina
dos desencontros
e tece um sonho comum

um amigo custa caro
o salário da vida toda.




A FORÇA DAS PALAVRAS

“Guardo no coração as tuas palavras”. Salmo 119:11

As Tuas palavras
são olhos
rasgados
navios
ancorados
em mim
as Tuas palavras
são punhos
fechados
martelo
a teimar na pedra
rebelde
são feitas de espanto
bordadas
de encanto
palavras que não hesitam
nascer
látego ou afago
lágrima rolante
enfado
palavras que ardem na carne
e ficam mel
no caminho
que choram
e aproximam
palavras que aguardam
uma bússola convicta.
As Tuas palavras
perfazem a esperança
ressuscitando a memória
as Tuas palavras
Senhor
constroem a História.

Visite o blog do autor:
www.ovelhaperdida.wordpress.com

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Dois poemas de Terezinha C. Werson


Meu amanhecer

Andarei entre as árvores floridas
Olharei mais os rios,
Também, as árvores ressequidas
Como fundo o céu azul.

Contemplarei a aurora
Vermelha fogo, azul negra e amarela,
Por entre gigantescas árvores
Passearei, pisarei sobre as folhas amareladas
Espalhadas pelo chão.

Cuidarei mais da minha primavera
Vermelha, caindo sobre o telhado
Tentarei ser mais feliz,
Mesmo que a indiferença
Das pessoas me atinja.

Seguirei a minha estrada
Que já não é tão longa,
Tentarei sorrir mais,
Ser mais descontraída
No meu amanhecer.

Andarei sobre as pedras
Do meu lago azul
Olhando a imensidão,
E de joelhos ao pé da árvore
Quase ressequida
Te agradecerei Senhor!
E prosseguirei caminhando
Na aurora quase fogo,
Do meu amanhecer.



Serei sábia

Dt 32

Tentarei ser sábia
Para crescer em prudência,
E temerei ao Senhor.
Não serei louca
Pra desprezar a sabedoria.

Porque quero invocar a Deus
E quero que ele me ouça,
Me fartarei dos conselhos de Deus
E buscarei a sabedoria como a prata;
Não deixarei as veredas da retidão
E andarei por caminhos de luz.

Honrarei ao meu Deus com a minha renda
Para que os meus celeiros sejam fartos
Não deixarei de fazer o bem a quem de direito
Para que a minha morada seja abençoada.
Porque as minhas veredas serão como a luz da aurora,
Brilharão mais e mais até ser dia perfeito.

Guardarei o meu coração, porque dele procedem
As fontes da vida.
Beberei água da minha própria cisterna;
Meu manancial será bendito
E os meus lábios proferirão coisas retas.
Colocarei maçãs de ouro, em salva de prata
Serei cautelosa, e me desviarei do mal.

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domingo, fevereiro 01, 2009

Um poema do Pr. Laerço dos Santos


Ide Fazer Missões!

Ouço uma voz a me dizer, ó filho meu
Ergue o olhar além, bem longe, que me dizes ?
Europa, Ásia, Africa e à todos os paizes
Ide fazer missões, aos distantes de Deus!

Leva a santa palavra a toda a gente
Pelo mundo que vive em desamor
Levai a Paz de Cristo, o salvador,
E Deus eterno, que é dos sofridos clemente !

Missionário, leva a luz do evangelho
À quem nas sombras da morte habitar
Sai imbuído de fé e grande ardor;

Clama nas praças, vales, a jovem ou velho
Que Deus em Cristo a todos quer salvar...
Pois deu sua vida na cruz! só por amor!

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