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domingo, fevereiro 15, 2009

Um poema de Joanyr de Oliveira


Resposta da Amada

- Eu te respondo, amado meu,
com o coração no Cântico dos Cânticos
e a mente transtornada,
ante as tuas palavras de mel.
Elas chegaram como um pombo
a pousar sobre a febre
de uma mulher enamorada...

Não haja turbação em ti.
Querido, não te aflijas:
para juntos caminhar, amado meu,
efetivamente nascemos.

Sei que Deus, de seu trono
e das culminâncias de seu amor,
diz-nos “sim”, quando oramos.
E que os nossos nomes
no alto Livro da Vida
irmanados repousam.
E a que “embalas nas tardes”
chegará um dia. E todas as coisas
serão testemunhas de nossas núpcias.

Meu rosto, amado, não dorme,
porque tuas sentenças
mantém, como rocha, a minha vigília.
Estou com as virgens prudentes
acesas nas noites – a espera do Noivo.
E as revelações de Sulamita,
embalo-as no peito:
“O meu amado é para mim
um ramalhete de mirra,
morará para sempre comigo.”

A renovarem a esperança,
como as tuas, minhas preces
prometem nas noites
com todas as forças do meu ser
“Que, como Sara e Abraão,
uma nação brotará de nossas veias
e, somados os séculos,
seremos como areia do mar...”

O que escreveste em tua carta
é bem mais que palavras:
são danças e risos de rosas e lírios
em minhas mãos;
são danças nas horas
e nas águas de um rio –
e jamais secarão.

Nunca irás apagar
o calor de meu nome,

e sempre nos amaremos!

Do livro Canção ao Filho do Homem

Um comentário:

  1. Holaaa!!

    Bendiciones en Cristo!!!

    Me gusta tu blog...Lindas poesias...

    Un abrazo y bendiciones!!!

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