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segunda-feira, agosto 22, 2011

Dois poemas de Sidinei Bühler Kauer




Até a Morte


Tentei ganhar o mundo,
Mas ele me ganhou.
Não quis ser humano,
Mas a humanidade me conquistou


Eu era alguém até ganhar o dom,
Agora sou poeta.
Não sou gente, pois sou diferente.
Não sou alienígena, pois minha mente é vívida.


Mas sou normal,
Mesmo não querendo ser.
Sou gente,
Mesmo não querendo parecer.


Descobri que o único jeito de viver
É morrendo.
O único jeito de ser diferente
É sendo igual.


Alguém sempre está a procurar,
Mas poucos conseguem achar.
Espero ser uma vela,
Para na busca ajudar.


Mas se não puder ser,
Quero ser a faísca que acende a chama.
Quero é ajudar,
E, se não puder, ao menos não atrapalhar.


Enquanto existirem as estrelas no céu,
Quero continuar a expressar minhas idéias.
Caso impossível isso seja,
Vou escrever até o dia que meu dom perder.


Até o dia que meu espírito falhar.
Se minhas mãos não puderem escrever,
Vou ditar.
Se minha voz acabar, vou arranjar outro jeito de profetizar.


Mas, de onde cheguei não voltarei.
O que criei, criei.
O que fiz está feito.
Só Deus pode mudar o que já fiz.
Só ele pode permitir que eu faça mais.


Do livro 'Nem todas as perguntas têm respostas; mas todas as respostas têm perguntas'.




Papai É Meu Herói


Papai está limpando o potreiro
E eu pequenino
Brincando debaixo das vassouras...


Mamãe novinha ainda
Pega no pesado com o Pai.
Ela é criativa
E me dá uma jarra


Eu colho as hortelãs
Papai abre a emenda da mangueira
Enche a jarra
E então faço meu chazinho.


As horas passam e fico com fome
Mamãe tão querida trouxe uma trouxinha
Lá dentro está a comida
E um café gostoso.


Depois de encher a barriga
Continuo ajudando.
Piso em um cupinzeiro
E de dentro sai um cobra dançando.


Mamãe leva um susto
Papai seguro pisa a serpente.
E dou um pulo
Nosso herói me deixou contente!


Depois de findar o dia
Voltamos para casa.
Atravesso a pinguela
E visito a vovó.


Sentada do lado
De seu fogão a lenha
Chama-me para o colo:
- Meu neto venha!


Sonda como foi o dia
E eu feliz conto
Que passei o dia limpando
O nosso campo.


Conto minhas peripécias
E ela lembra a bondade de Deus.
Antes de voltar
Tenho que dizer ao vô “schlaf gut”.


E assim termina o dia,
Onde meus pais trabalharam
E ainda me fizeram pensar
Que eu também estava trabalhando.


E de fato fui parte do trabalho,
Dei alegria a meus pais!


Papai do céu,
Quero te fazer feliz!
Obrigado por me deixar estar contigo
Enquanto o Senhor trabalha.


E depois de tudo,
Ainda poder achar que fiz alguma coisa.
E fiz,
Eu te fiz sorrir Papai!


Te amo Papai.
Eu sei que você me ama.
Cuida pra cobra não me pegar,
Tudo que quero é Te ajudar.


Vamos limpar o potreiro
Tirar tudo que é inço.
Ele ficará lindo
Quando for limpo por inteiro.


E então vamos brincar...
E falar para sempre
Sobre meu Papai herói
Que me salva!


Ef 5.1 "Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados..."


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