A Resposta
Quando todas as portas da vida se mostrarem fechadas
E as respostas achadas não trouxerem sentido aos vazios
E fugirem os alívios no ardor das emoções dilaceradas
Sendo as forças sugadas para o fundo dos precipícios!
Quando a horda dos ditos amigos for inútil ou mesmo
fingida
E a injustiça da vida resolver esmagar a semente da fé
Quando as ondas revoltadas da maré arrastarem a energia
da lida
Quando a angústia convida a esperança a passear em
marcha-a-ré!
Quando a perda for tanta e o pranto rolar em sangria
E a noite reinar sobre o dia no inverno eterno da alma
Desamparo a julgar que mais nada se salva, tempestade a
rondar cercania
Quando o pão for feito de agonia e a sede por paz virar
trauma!
Haja em ti a certeza de que sempre haverá um oposto pra
tudo
Toda lança pode esbarrar num escudo, toda treva é menor
que a luz
Mesmo a dor para algo conduz, há uma porta em meio ao
sintoma agudo
Se o mundo é espinho, o céu é veludo – basta crer no
Cristo da Cruz!
A Última Viagem
Quando meus olhos se abriram ainda na debutante ocasião
Ao me embalar a primeira meiga mão, ali então passei a
viajar
Por incidentes impossíveis de enumerar, por rios e vales
de emoção
Por crises e miragens da ilusão, por tudo que a paixão
injeta no sonhar!
Pelas projeções de conquista de todo o mundo que me
rodeava
Pela aventura que me assediava, mas que somente ao nada
me levou
Pela fé no alguém que me decepcionou, pelo remorso que me
condenava
Na ponta da adaga que me apunhalava, nas asas da mentira
que me lesou!
Andei sincero nos andores infrutíferos dos deuses
imaginários
Pelos sorrisos temporários, sentindo o cheiro da
felicidade tão distante
Insatisfeito irrequieto viajante, buscando o norte em
ventos contrários
Navegando frios oceanos vários, igual corsário errante!
E viajei até levar meu corpo, alma e espírito ao cume da
exaustão
Nos ápices da ilusão - qual sensação de um chão que se
reduz
Até que o horizonte mostrou-me um sol em cruz, que
iluminou-me o coração
Na derradeira estação, onde mora a salvação do Príncipe
da Paz - Jesus!
Sonata
Pra mim tu és uma canção instrumental de suaves
movimentos
Bailando aos ventos, enaltecendo meu olhar e coração
A própria exaltação da primavera, usando flores como
pavimentos
A fonte de todos os meus alentos e o sol nascente da
inspiração!
Há mais lirismo em teu olhar que na riqueza vernacular da
poesia
E a sincronia da perfeição com teus ritmos, são nota
incomparável
De consonância sobremodo agradável, de inebriante magia
Que une a ensolação do meio-dia com a luarada de uma
noite memorável!
Nos beijos teus um som de paz invulnerável costuma visitar-me
Soando o íntimo alarme, fazendo crer meu coração no que o
seduz
Ao ver-te ele contempla a magna luz fugindo de teus
lábios escarlate
Gerando o disparate que afoga meu fascínio no céu que lhe
induz!
Que tu és música completa, eu sempre soube e já
testemunhei
O que não sei é como mensurar e traduzir tão ímpar
melodia
Sonata que me contagia e mesmo quando não te conhecia,
sempre te amei
Tu és canção por quem me apaixonei e a forma física de
toda poesia!
Visite o site do autor: http://www.reinaldoribeiro.net
Bom dia Sammis...graça e paz!
ResponderExcluirVim te visitar e saborear com a alma estes poemas lindos e inspiradores...Parabéns pelas divulgações.
Deus o abençoe...bjinhos
Meu querido irmão Sammis, que o Senhor te abençoe e te guarde e recompense esse gentil gesto para comigo. Muito obrigado e fique na paz!
ResponderExcluirOlá queridos, obrigado pela presença e pelo carinho. Estamos juntos no grande Corpo, juntos pela sua expansão!
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