Fé
Quando eu deixar o corpo
no sepulcro
as energias todas de meu
ser
despir-se-ão das vestes
rôtas da matéria,
e, lavadas no sangue do
Cordeiro,
trajar-se-ão felizes
desse corpo glorioso
de roupagens alvíssimas do
espírito
para as glórias eternas
dos céus.
Quando eu fechar os olhos
para o mundo,
há outro mundo espiritual,
eterno,
onde serei eterno e
espiritual.
Outra cidade existe, e
permanente,
não por mãos de homens
edificada
mas, construída por Deus
antes de haver os mundos.
Se esta vida se esvai como
um suspiro,
quando eu deixar a vida
transitória,
há outra vida que não
morre mais!
Eternidade sobre
eternidade —
Que vida eterna de
felicidade;
livre das vestes rôtas da
matéria,
de perfeição em perfeição
junto de Deus!
Quando eu deixar o mundo,
dá-me a ventura de viver
numa casinha humilde
da rua menos bela da
cidade.
Não tenho nem ao menos um
merecimento,
mas, acima da miséria a
que estou preso
paira, sublime e puro, o
teu amor.
E eu guardo e tu bem sabes
com que glória
pelos teus próprios
merecimentos
uma certeza imensa de ser
teu.
Dá-me a ventura de viver
num canto humilde
da rua menos bela da
cidade.
Escutarei feliz as
salmodias
e as harpas junto ao trono
de meu Deus.
E louvarei por toda
eternidade
o nome excelso do Senhor
Jesus.
Nelson de Godoy Costa foi poeta, escritor e pastor metodista.
In O Jornal Batista #44, 02/10/1969
Originalmente no livro Vida (São Paulo: Imprensa Metodista, 1952)
Originalmente no livro Vida (São Paulo: Imprensa Metodista, 1952)
Graça e paz irmã Nelson de Godoy Costa. Linda poesia. Fui abençoado por DEUS através de teu talento. Que DEUS continue te usando e abençoando rica e abundantemente nos serviços do Reino.
ResponderExcluirAmplexos,
MArcelo GEsta