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sábado, abril 19, 2014

Jesus, Nazareno, três dias morto - Poema de J.T. Parreira



Jesus, Nazareno, três dias morto

Jesus, Nazareno, três dias morto
Entre lençóis com os aromas
Do seu corpo reúne o ar
A mirra e o aloés
Sua alma desceu ao fundo
Dos velhos mortos, esqueceu
O grito da multidão
E milhares de olhos judeus
Esqueceu as mãos inúteis de Pilatos
Cobrindo-se de água inútil
Três dias morto
Até ao romper da pedra da manhã
Apenas o silêncio
Dentro do seu coração
Um corpo apenas fechado em sossego. 

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