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sexta-feira, fevereiro 10, 2017

Três poemas de Newton Messias


Pescar, semear
para Sammis Reachers Cá onde a rede é o mar rede vou lançar de largo trançado que apanhe o peixe já cansado Já fora do mar ácido vento chama o pássaro (ou peixe voador) que seja também pescador Lá onde o campo é o mundo deserto profundo importa lançar semente em tudo que é lugar Vá no mundo que é vasto na rede que é mar cumprir o chamado: o amor de Jesus encarnar



Igreja, corpo nu


Ora, a igreja é o corpo (nu) de Cristo!

Nosso pudor o vestiu de pedras, panos, gestos ensaiados, maquiagem.
Nossa covardia o trancafiou no templo, nas redomas, nas trincheiras, nos guetos.


É preciso libertar o corpo de Cristo!
Deixá-lo nu. 
Deixá-lo errante no mundo.

(Lembra que ele sofreu e morreu nu e fora dos muros?)

Vestimos o Corpo - ele não causa Escândalo.
Prendemos o Corpo - ele não provoca Revolução.

Ora, o corpo de Cristo é justamente isso: escândalo e revolução!


Saga de fruto

Tu vês a beleza e a doçura que um fruto carrega?
Carrega o que nele também foi processo e espera
Espera paciente do grão semeado na terra
Na terra que é mãe do processo que a todos encerra

Encerra essa saga do fruto uma grande lição
Lição repetida nas dores de cada estação:
Que o fruto que surge após a beleza da flor
Todo ele carrega na carne uma história de dor
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