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quinta-feira, junho 15, 2017

Três poemas de Luís Guerreiro


Êxodo

Disse o Senhor a Moisés,
Que fez o cego, o surdo e o mudo,
Temos de ter fé,
E usá-la como escudo.

Moisés e Aarão foram enviados,
Para trazer o povo do Egito,
Mas o Faraó ficou indignado,
Dizendo: «Não os deixo ir. Tenho dito!»

E o Faraó ainda piorou,
A situação de Israel,
Então Moisés ao Senhor tornou,
«Porque nos foste infiel?»

Então disse o Senhor,
Que os resgataria,
Ouviria a sua dor,
Os seus prantos todo dia.

Então foi prometido,
Fazerem-se maravilhas,
Mas o Faraó com o coração endurecido,
Não as compreendia.

Faraó de coração obstinado,
Recusou deixar partir,
O Israel sacrificado,
Para o Egito servir.

As águas em sangue foram tornadas,
Mas o Faraó não reconheceu,
E voltou para sua casa,
E assim se sucedeu.

E muitos sinais foram executados,
Para exaltação do Senhor,
Para Israel ser libertado,
Do Egito opressor.

Então chegou a altura,
Da desejada libertação,
Dia que até hoje perdura,
Sem o fermento no pão.

Foi o dia dos pães asmos,
Em que Israel se apartou,
Com muito entusiasmo,
Do Egito se livrou.


Exortações

Escolhes bem as tuas palavras,
Medes todos os passos que dás,
No meio de lanças e espadas,
Não podes olhar para trás.

As palavras são apenas palavras,
Mas as palavras podem destruir,
Se ditas por gente amada,
Se forem boas podem construir.

Nem sempre te dás ao mundo,
Na honestidade tu vives batalhando,
Antes da resposta está o prelúdio,
E o diamante que se vai gastando.

Pensas que tens de ser bom para todos,
E de facto deves ser sempre cordial,
Mesmo que te tratem de maus modos,
Mostra-te o actor principal.

Na escuridão do mundo,
És pedra branca que reluz,
Não é pela cor da pele mas pela de fundo,
Que por ti morreu Jesus.

Mostra amor aos que ódio têm,
Assim não têm com que te acusar,
É pela força que eles se mantêm,
Mas tu é pela franqueza do amar.

Acham que brandura é fraqueza,
E ternura um defeito,
Fiam-se na sua esperteza,
Que por ninguém tem respeito.

Deixa-os andar no seu caminho,
Não te dês com gente má,
Jesus teve coroas de espinho,
Mas ele é o Leão de Judá.


Beber do Evangelho

Evangelizar é partilhar a Palavra
Aquela que um dia habitou entre nós
Sejamos nós de oliveira mansa ou brava
Ele enxerta-nos se ouvirmos a Sua voz.

Indo por caminhos à descoberta
Damos aos povos a conhecer
A Palavra que nos liberta
Acreditando com o nosso ser.

Dê-mos nós o que nos foi dado
De graça a Palavra que acolhemos
Perdoados somos do pecado
Se da sua fonte bebermos.

É importante partilhar a Boa Nova
E também é importante a recebermos
Mas teremos de passar numa prova
Durante a nossa vida toda
Para eternos um dia sermos.

Para matar a sede de quem se perde
Partilhemos o Evangelho
Para nos salvar a Palavra serve
Desde o mais novo até ao mais velho.

2 comentários:

  1. Sammis, parabéns pela publicação, são poemas lindíssimos! você poderia por favor disponibilizar o link do blog do Luiz Guerreiro se ele tiver? Te agradeço desde já!

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  2. Olá Daniela, obrigado querida. Infelizmente o Luiz não possui blog. Mas caso queira o endereço de e-mail dele me avise que eu lhe passo.

    Deus lhe abençoe!

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