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sexta-feira, agosto 11, 2017

Quatro poemas de Louraini Christmann


A mina da esperança

Termina
 A mina da esperança
Quando a preciosa pedra
Cansa de esperar
Valiosa pedra quebra
Poderosa esperança
De esperançar...

Mas o garimpo
Tem que continuar
Garimpar esperança
É dom
É missão
Mesmo quando a mina
Parece terminar.

 Carece garimpar...


Dissabor?

Tem o dissabor
Mas também
Tem sabor

E como tem!!

Tem que
Saborear bem
Quando tem
Pra se reforçar

Pois bem, dissabor
Vem!
Vem que não tem!!!



Um ramo que brota do toco

(Is 11.1)

...um ramo que brota de um toco,
Um broto que surge das raízes...

Um toco, que de nada parece
Que não se dá valor
Que se esquece!
Um toco apenas
Apenas um pouco
Mas dele aparece
Um broto
Um broto novo
Renovo!

De novo há esperança!
De novo há vida!

Um broto que surge das raízes
Das raízes da humildade
Das raízes da simplicidade
Fidelidade de Deus

É Deus que vem
E vem qual ramo
Que brota de um toco
Qual broto que surge
Entre as raízes...

Brotos...
Tocos...
Muitos tocos nunca brotam.
Muitos, quando brotam,
Têm seus brotos esmagados
Pisados, aniquilados:

Crianças abandonadas sem colo, sem pão
Pessoas portadoras de deficiência sem amparo, sem amor,
Pessoas idosas sem carinho, sem companhia,
Doentes sem socorro,
Pessoas desesperadas, sozinhas
Estas, em especial,
deixadas de lado nos festejos de Natal.

O ramo que brota de um toco
Brotou para a humanidade toda viver.
O broto que surge das raízes
Surgiu para todo ser


Encarar a cruz de Jesus

Olhar para a cruz
É ter que reconhecer
Que ela tudo tem a ver
Comigo
E contigo

Encarar a cruz
É ter que perceber
Que ela tem algo a dizer
Para mim
Para ti
Para nós, enfim.

E vivenciar a cruz
É crer
Que o crucificado morre
Ao meu lado
Ao teu lado
Ao nosso lado
Para que ele possa viver
Ao meu lado
Ao teu lado
Ao nosso lado
Ressuscitado!

(in A  Vida em Poesia, pág. 52)


Leia mais poemas no blog da autora: 

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