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quinta-feira, agosto 02, 2018

Dois poemas de Laercio Borsato



Uma melodia

Milhões de flores nos esperam nos jardins;
As searas, os campos, breve, estarão floridos;
Aves voam alto, nos folguedos divertidos;
Vislumbra-se, ao longe, a imensidão dos confins...

Da casa da colina, o riacho coleia o monte.
Suas águas cristalinas refletem o sol poente...
Nuvens brancas contrastam o azul do horizonte;
A noite veste o véu, a terra dorme contente...

Ouve-se, nas alturas, mavioso coral.
Louva e entoa o seu canto angelical.
Parece que essas vozes aos céus vão subindo...

De repente, a melodia fica quase inaudível.
Transforma-se num sussurro: doce... incrível!
Anjos fazem sinal: Jesus estava ouvindo!


Para minha mãe

Mamãe mostrou-me a primeira borboleta!
Estava do meu lado, observando-a voar...
Meus primeiros passos, tombos e piruetas
Foram para ela algo espetacular!

Mostrava-me o sol, estrela, lua, cometa:
Obras de meu Deus, Senhor da terra e mar...
Ministrava modos, costumes, etiqueta;
Em dado momento, como devia me portar,

Na igreja, na rua, na escola, na sociedade,
Com vizinhos, colegas, ou nova amizade...
Conhecia o mundo, "meu desconhecido!"

Por crer no amor supremo, ao certo previa:
Se não soubesse tudo, Deus lhe proveria
Bem maior conhecimento que dos entendidos!

Via Revista Alvorada

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