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sábado, julho 21, 2007
Dois poemas de J. T. Parreira
VOZ DO QUE CLAMA NO DESERTO
Era como a voz de uma pessoa que passava
como se nunca tivesse
sido
outra coisa senão voz
Nos diferentes lugares
como se
voasse, não exercia
o peso do seu corpo
Deixava a sua voz
apenas
à roda do silêncio
não era como toda a gente
nada
impunha, senão a sua voz
como se não tivesse nada.
Uma longa água
fresca nos
ouvidos.
20/6/2007
Lição de Música
Mas quando David enviava os sons da harpa
para os céus, a harpa seduzida
pelos seus dedos, um sorriso
assomava aos olhos de Saul.
Os olhos baixavam ao coração sanguíneo
via dentro de si o tranquilo
rio que a música fazia, como
água que traz o cheiro dos jardins.
Ao mesmo tempo que as pombas
voavam das cordas
assim velava a harpa de David.
www.papeisnagaveta.blogspot.com.
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