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quarta-feira, agosto 07, 2013

Um poema de Felipe Wagner


Dores

Senhor,
Muitas são as aflições da vida
Muitas dores eu sinto no peito
Angustias que me fazem sangrar

Sinto meu peito arder
Pela vontade insistente de fugir
Mudar, me desligar.
Afundando-me dentro de mim

Todas as cores são cinza.
Todos os sons nulos.
Apenas sinto e sofro
Dentro de minha própria solidão.

A tristeza que tenta me parar
Coloca espinhos nos meu caminho
E os ventos da vida tentam
Fazer-me desviar da esperança da Vida

Mas eis que vem...

Uma vida cercada por pequenos sonhos
Desejosos de sair do pequeno mundo
Que meu coração construiu
Para tentar sobreviver em um mundo todo corrompido

Ainda um sonho me resta
Em pé em meio aos outros mortos em batalha
E este resiste bravamente
Mesmo todos os dias com novas feridas.

E meu peito arde intensamente
Por sustentar este sonho dentro de mim
É minha esperança além das esperanças perdidas
É minha vida além da vida que matou todas as outras.

Mas eis que Ele vem...

Agora choro lágrimas escondidas
Nos ombros Seus, Meu Senhor.
Onde reside o Sonho que outrora não existia
Mas então em Ti, posso chorar.


Hoje só tenho o suportar
Ouvir o silêncio dos passos
Na caminhada fria da vida
Sorvendo pequenos sulcos de calor

A esperança da luz que vem
Do fim enfim
Que trás consigo o alento eterno
De viver sempre e para sempre

E Suportar essa dor latente...
Enquanto se não é chegada a hora
Na única esperança que tenho
A de que Ele vem.


(E se não vier logo, até Ele, eu vou.).

(Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.).
1 Coríntios 15:19

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