Galardão
As
lágrimas que regam o solo,
Em
que foi lançada a semente da vida,
Farão
germinar os brotos da paz
Ao
findarem os tempos de labor e lida.
Um
cântico novo haverá nos lábios
Quando
os ídolos estiverem já tombados
E
os estandartes do pecado caírem por terra
A
fim de que o único Deus seja louvado.
Levantar-se-á
a bandeira do Altíssimo,
Do
Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
Verás,
missionário, que não foi em vão teu trabalho,
Pois
o Senhor Jesus jamais te deixou só!
Teu
nome será lembrado,
E,
por ele, glorificarão a Cristo;
Teu
galardão, guardado está nos céus!
Exulta!
Alegra-te por isso!
Naquele
dia, ao apresentar-te ao Senhor,
Levarás
contigo uma multidão de branco;
O
troféu ganho em terras distantes
Que,
por tua coragem, serão chamados “santos”.
Sangue Inocente
Eu
vejo um lago cristalino
Nesse
lago, enxergo-me como sou;
E
o que vejo? Oh, que será isso?
Um
assassino! Sim, mas pior do que os demais!
Cai
uma pedra no lago,
As
ondas fazem trepidar o reflexo...
O
espectro se mostra mais sombrio...
Sinto
medo. Quem sou eu?
O
céu fechado pelas nuvens se abre
E
raios de luz tocam a superfície das águas.
Então
vejo novamente a imagem...
“Pálida
morte que visita ricos e pobres”.
Mas
há agora diferença:
Sangue
escorre pela minha testa (a do reflexo).
Não
é sangue meu, pois não estou ferido...
É
sangue da vítima! Sangue aspergido sobre mim!
Junto
ao sangue, vejo lágrimas descerem também;
E
dessa vez choro mesmo – tão verdade que nem creio...
E
a imagem da vítima se mostra e diz:
“Entreguei-me
por amar você”.
Ajoelho-me
e clamo por misericórdia...
Quem
é esse que ressuscitou dos mortos?
Ele
diz: “Eu te perdoo, meu filho;
Sou
Yeshua: a expressão em matéria do teu Criador”.
Viver para Cristo
Tendo
por base o Senhor,
Nosso
edifício chegará aos céus;
Sua
paz nos envolverá;
Nos
dará o nosso troféu!
Fiel
é Deus aos filhos seus
E
esses, nEle, andam com fé;
Seguirão
sob suas asas
Sempre
estarão de pé.
Que
possamos ser assim,
Buscando
a Deus agradar;
Buscando
fazê-lo sorrir;
Viver,
de fato, par' o amar.
Desse
modo alcançaremos
A
tão sonhada felicidade;
Se
agora tivermos a Cristo,
O
teremos na eternidade.
Paraíso Pântano
Ah,
céu de chumbo...
Céu
de chumbo com leve frescor
Lembro-me
das lágrimas celestes
“Além
de tudo o que se diz, deve haver mais a ser dito...”
Lembro-me
do sonho, para o qual me levariam os passos
E
me deparo – em memória – com aquela praia... Aquele mar...
Caminhamos
até onde é sólido, e então nos vemos.
Sim,
nos vemos encarando o mar da Realidade.
Então
percebemos que nem tudo se abre com um “abra-te, Sésamo!”;
E,
pra ser sincero, não sei se teria fé para abrir o mar com um cajado.
Teria
eu de atravessar andando?
Sim,
eu acredito.
Mas
se Pedro andou alguns passos e, se atribulando, afundou,
Chego
à conclusão de que eu sou a própria tribulação,
Pois
mesmo antes de tocar a água, já estava afundando na areia;
Uma
areia movediça, fazendo descer os meus pés.
E,
de repente, a gélida língua do Oceano, em forma de onda,
Precipita-se
sobre nós para mostrar o peso de seu poder.
E
então nos lembramos do nada que somos
E
de que qualquer coisa existente é mais forte do que nós...
O
ruído das ondas ri de nossa humilhação...
Então
seguramos a corda que nos é jogada.
Temos
de escolher: Ficar no pântano?
(Sim!
Belas praias transformam-se em terríveis pântanos!)
Ou
deixar-nos ser libertos pela ajuda que vem do alto?
Subimos
a corda, l e n t a m e n t e . . .
Mas
tanto as ondas do mar quanto as bolhas do pântano
Estarão
sempre lá, a bramir e implorar,
Para
que a elas voltemos e sutilmente nos afogar...
/
/ / / /
Oh,
quão criativo é o mar das ilusões!
Mesmo
se estamos voando sobre as asas da Perfeição
(Que
nos arrancou do pântano de lodo),
Se
olhamos para baixo, vemos as belas imagens atrativas,
Aquelas
produzidas pelo mar das ilusões...
Seu
desejo? Saciar sua fome de sangue humano.
Atrai-nos
de nosso Ponto Seguro,
Fazendo
com que muitos de nós tornemos ao abismo,
O
abismo escuro, d’onde, um dia, fomos já prisioneiros.
Uma
vez recaídos, nada podemos fazer;
Somente
a piedade da Águia Suprema pode nos salvar
Descendo
às profundezas do proceloso mar e nos levando, novamente, às alturas.
Começamos
a embriagar-nos com as ondas do mar;
Afogamo-nos,
e morremos ao pensar que estamos no paraíso tão desejado.
É
nos esquecemos do que, de fato, valor possui,
E
que, por esse valor, a Águia Suprema desceu
E
foi capaz de mergulhar no mar / pântano, molhando suas penas,
Além
de ser ferida pelos peixes devoradores
(Até
porque, a profundidade varia de ser para ser)
Tudo
por desejar salvar de tal engano a vítima tola,
Que
é capaz de, mesmo depois de estar de novo lá em cima,
Pular
outra vez, de sorriso e braços abertos para o mar,
Sem
considerar o sacrifício por Ela feito (a Águia Suprema).
A
vítima tola sou eu...
ResponderExcluirColo aqui o que mais me impactou:
"Se olhamos para baixo, vemos as belas imagens atrativas,
Fazendo com que muitos de nós tornemos ao abismo,
O abismo escuro, d’onde, um dia, fomos já prisioneiros.
Uma vez recaídos, nada podemos fazer;
Somente a piedade da Águia Suprema pode nos salvar"
Boa noite!