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sábado, dezembro 30, 2006

Artigo sobre e-books, 'Biblioteca Evangélica Virtual', e alguns projetos

Escrevi um artigo onde falo sobre a importância dos e-books e a 'Biblioteca Evangélica Virtual' que paulatinamente está se formando na internet, e também sobre alguns projetos de e-books que tenho em mente, e nos quais VOCÊ, leitor(a), pode ajudar.
Resolvi não publicá-lo diretamente aqui, para não ocupar o espaço da poesia. Caso você queira ler o artigo, clique no link abaixo para baixá-lo.

http://www.4shared.com/file/8104082/7aeede96/Artigo_e-books_biblioteca.html

quinta-feira, dezembro 28, 2006

DOCUMENTO HISTÓRICO

Em 1974, foi publicado, pelos poetas Joanyr de Oliveira e João Tomaz Parreira, o manifesto “Por Uma Nova Poesia Evangélica”. Primeiro na revista ‘A Seara’ (Brasil), e após na revista ‘Novas da Alegria’ (Portugal, onde também assinou o manifesto o poeta Brissos Lino). O feito representou um verdadeiro marco em nossa poesia, numa época em que, se por um lado era fervilhante de experimentalismos e novidades o meio literário secular, onde a palavra vanguarda ainda tinha algum valor significante, era, por outro lado, de uma certa estagnação na poesia dita evangélica, com a maioria dos autores ainda presa às velhas correntes.
Publico abaixo, na íntegra, o texto do Manifesto, ciente de que suas proposições são válidas ainda hoje.


Por uma nova poesia evangélica

CONSIDERANDO que Arte pressupõe criatividade, pesquisa, crítica e auto-crítica, busca permanente de novas formas e fórmulas;
CONSIDERANDO que em Arte ou renovamos ou perecemos no marasmo do lugar-comum, na sensaboria do pasticho, no eco estéril;
CONSIDERANDO que o apego a escolas ou correntes estéticas ultrapassadas vem comprometendo de modo muita vez irremediável o nível da poesia, notadamente a de conteúdo religioso e particularmente a da mensagem evangélica;
CONSIDERANDO que uma linguagem renovada na expressão poética pode manter-nos em perfeita harmonia com idéias, figuras, símbolos, metáforas contidos nos textos bíblicos;
CONSIDERANDO que a pretensa “simplicidade”, defendida e praticada por muitos, é quase sempre um apelo ao fácil descategorizado, ao prosaico, ao comodismo que nada constrói nem coopera no aprimoramento a que todos devemos aspirar;
CONSIDERANDO que o pieguismo (muito próprio da alma latina, aliás), a adesão ao derramado sentimentalismo, não dignificam a Arte, já que reduzem, quando não suprimem, o exercício da serena reflexão;
CONSIDERANDO, por fim, não haver incompatibilidade entre as fontes seculares – enquanto tomadas como subsídios, pontos-de-referência, paralelos – e a religião, sendo válidos todos os dados culturais quando se realiza uma obra de Arte, importando, antes, o tratamento dispensado ao “material”, o “savoir faire” nos rumos da dignificação do não-digno, da desprofanização do profano, dentro do espírito paulino de examinar de tudo, retendo o que é bom;
DECLARAMO-NOS por uma Nova Poesia Evangélica, inconformada e irreconciliável com o decadente e o passadista em matéria de expressão (de linguagem) e de concepção; por uma Nova Poesia Evangélica dirigida no sentido de uma contínua renovação expressional, em que a glorificação a Deus e a aceitação dos valores espirituais (de ênfase bíblica e evangélica) se destaquem, de forma alta e nobre, sem hostilidades passionais ou indeferentismos ante aquilo que se aninhe no interior de cada criatura humana ou que gravite nas periferias do Homem.
Em Fevereiro de 1974
Ass.: Joanyr de Oliveira - Brasil (Brasília, DF)
Ass.: João Tomaz Parreira - Portugal (Aveiro)

domingo, dezembro 24, 2006

Um poema de Samuel Pinheiro

Em comemoração ao Natal, este belíssimo poema do irmão lusitano (da Assembléia de Deus) Samuel Pinheiro.

NASCER 1

(em
BELÉM
-ano primeiro da nossa Esperança-)

MENINO FOSTE
de carne e osso (e não de papelão ou de bolas de sabão
e não apenas de barro
como alguns ainda te querem).
Menino
nasceste para Matar
a Morte do homem-sobrevivente
a Morte aos nossos pés das nossas mãos dos nossos miolos, Estavas cansado de ver homens
a caminharem o caminho largo da Morte
a fabricarem a sua Morte
a pensarem a Morte.

Menino
acordaste para acordar
trazendo a geometria dessas estrelas de sermos novos
que batiam insistentemente à porta das nossas veias.
Quando tudo ao Teu redor
era sono era silêncio era pedra
Tu acordaste.
E os céus e a terra e o mar
bateram as palmas de contentamento.
Nasceste para Matar
acordaste para acordar
e as camas e os berços e as campas
dos negócios mesquinhos da feira da vaidade
não adormeceram nem Mataram
a Tua decisão de acordar os que dormiam resolutamente
embalados pela Morte.
Nasceste para Matar
acordaste para acordar
e eras o arado
que rasgaria o chão da noite
um caminho da Vida-que vale-a-pana-viver.
Menino
entre o Alfa e o Ómega
uma lágrima eras na frente da batalha
contra os monstros da mentira.
Uma lágrima de pé límpida transparente
a quebrar todos os seixos e todas as navalhas arrogantes
do orgulho.
Uma lágrima salgada. Uma lágrima de sol.
Uma lágrima a arder chorada das alturas.
Uma lágrima que beberia do nosso rosto
as nossas lágrimas plenas de sepulcros e grades.
Um sorriso eras sem o bolor que têm as palavras doentes
e os discursos siflíticos dos fariseus
e o olhar cheio de muros dos levitas.
Um sorriso emigrado das planícies macias do vento
que a nossa triste—tristeza
de não sabermos degolar a tristeza-de-tristes-estarmos
iria estrangular impiedosamente.
Foste Tu que vieste dizer-BASTA!
-BASTA
de homens escravos.
-BASTA
de homens secos.
-BASTA
de homens podres por dentro
e manequins
por fora.
Uma ave nascias para abrir as pedras.
Uma ave de puríssimos contornos (a subir)
o espanto dos fantasmas.
Uma ave de espessas madrugadas
de Vida de trabalho de bom combate!
A alegre-alegria que procurávamos!

Menino
eras a pólvora exacta de suor e sangue
contra o arame farpado das nossas antigas fronteiras
das nossas antigas chagas
o antigo abismo entre Deus e os homens
entre os homens e os homens
vinhas sepultar definitivamente.
Sendo ponte
ditando sangue
transitando pela luz
trazendo mão de sal
abrindo o habitáculo de todo o verde
transpondo os engenhos e os púlpitos tuberculosos
da tradição.
Vieste! Viveste! Em Veste de fogo!

Menino
eras um vulcão enorme de justiça e verdade que nascia
mesmo no meio da praça dos homens
investindo arrojadamente
contra os minuetes dos abutres
contra as nossas muralhas de estúpida jactância
e os cemitérios do irracional poder
contra as frias esculturas das falsas religiões
e os calhaus da vingança regados de muitas palavras.
Não te vendeste nunca
ao medo à mentira
ao poder dos frágeis senhor desta terra.
Nunca Te calaste
porque Tu és o grito que ninguém pode abafar.
Os Teus silêncios
eram punhais pelos ouvidos dos juizes vendidos.
Eram fogueiras ardendo nos olhos das discípulos.
As Tuas palavras
eram avalanches de luz pelo peito dos teus amigos.
Os Teus gestos gestos longos profundos
eram sóis que nenhumas nuvens se atreviam a cobrir.

Meninoo Teu combate era beber a nossa sede.
As Tuas lágrimas eram o Suicídio das nossas lágrimas.
Tu
eras o único preço de resgate
da nossa loucura.
Tinhas o coração
da forma de uma cruz!
Tinhas nos lábios
a espada bigúmea de seres a verdade!
Tinhas nas mãos
searas e searas de fogo.

MENINO FOSTE
sem mancha
E
AINDA HOJE NASCES!
E
ainda hoje
as montanhas de medo que temos nas veias
ficam arrepiadas e tremem ante o mar do Teu sangue
quando Tu entras de rompante na nossa vida!
E
ainda hoje
nos visitas na figura de consolo e paz guerreira
de uma pomba!
E
ainda hoje
despedaças as penhas do orgulho!
Agora
QUEM PRECISA NASCER
SOMOS NÓS!
EU.
NÓS.
ÉS MEU CRISTO O NOSSO NATAL
AINDA HOJE!
NASCESTE
PARA NÓS PODERMOS NASCER-DE-NOVO!


www.samuelpinheiro.com

quarta-feira, dezembro 20, 2006

E-book gratuito: Sermões e Devocionais de Charles Spurgeon


Amados amigos, está disponível gratuitamente um excelente e-book reunindo alguns sermões, e dezenas de estudos e devocionais do grande Charles H. Spurgeon, considerado o "príncipe dos pregadores".
Para fazer o download do livro, clique no link abaixo:
http://www.4shared.com/file/7690327/9b12c9bd/Sermes_e_Devocionais_Charles_Spurgeon.html

Para ler muitos outros textos de Spurgeon, e também de outros gigantes da fé como John Bunyan, Richard Baxter, J.C. Ryle, John Owen, John Knox, William Perkins, Arthur Pink, traduzidos para o português, acesse o site:
www.monergismo.com

domingo, dezembro 17, 2006

4 poemas do Pastor Ricardo Gondim

Sopro Divino

Sôpro, sibilar suave,
som sutil e silencioso.
És o Espírito que nos sustêm.
Substituto do Soberano ausente.
Sensível sentinela.
Semelhança do Salvador.



O pão do céu

João 6.53-58.

Tu és o pão que produz paz
Tu és a paz que provém do Pai
Tu és o Pai presente em Espírito
Tu és o Espírito que me preenche

Quero entrar no rio de Deus.
Quero beber da vida do Filho
Quero comer das palavras do Pai
Quero viver a vida do Espírito

Dá-me de ti – através do teu sangue
Dá-me da tua palavra – através do teu corpo
Dá-me de tua vida – através do teu Espírito
Dá-me mais do Senhor – através de Jesus.



Vozes.

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz”. – Jesus de Nazaré.

Há muito meus ouvidos se fizeram surdos;
não distingo o imperceptível som de tua voz.
Peço-te que só mais uma vez fales “Efatá”
e se abrirão os meus ouvidos.

Quero ouvir teu chamado
para seguir a imponderável senda dos profetas
que mesmo debaixo de chuva de granizo,
defendem a viúva e o órfão.

Quero saber ouvir tua voz de dentro
das delegacias sujas,
dos manicômios de muros altos
das enfermarias esquecidas.

Quero ouvir teu lamento
sobre as nações
que rejeitam os pacificadores,
que apedrejam os esfomeados de justiça,
que se esquecem de abrigar o estrangeiro.

Quero ouvir teus conselhos
sobre os perigos da riqueza,
sobre os religiosos que guardam a letra
como ortodoxolatria,
sobre a estupidez de ganhar o mundo
e deixar a alma entrevada.

Quero ouvir tuas histórias
sobre aquele homem bondoso
com um desconhecido caído na calçada
sobre aquele Pai que esperava no alpendre
seu filho cansado da orgia,
sobre aquele anfitrião que catou
os menos nobres para seu banquete.

Quero ouvir tua advertência
de que teus filhos não são poupados
das inclemências do mundo,
não desceste para estar conosco numa redoma.

Quero ouvir tua promessa
de que estarás ao nosso lado
em toda circunstância até que tudo termine,
de que enviarás teu Espírito que será
um leal conselheiros na verdade.

Quero ouvir teu sussurro
me confortando de que falta muito pouco
para festejarmos numa grande festa
para dançar e beber vinho de qualidade.

Se tuas ovelhas percebem tua voz,
quero, mais do que tudo,
que fales e responderei:
Teu Servo ouve.

Soli Deo Gloria.



Prece por todas elas.

Senhor,

lembra-te das mães que amamentam suas crianças especiais, elas nos ensinam o amor mais verdadeiro;
lembra-te das mães que esperam, domingo pela madrugada, nas calçadas das penitenciárias, a oportunidade de beijar os filhos encarcerados, elas nos avisam que todo amor faz sofrer;
lembra-te das mães que, sem dormir, aguardam seus filhos chegar, elas demonstram que zelo nasce do querer bem;
lembra-te das mães viúvas, elas se fazem de pais e são elas que tiram da morte seu poder de matar;
lembra-te das mães abandonadas pelos maridos, nelas está o eliminar pelo ódio ou o curar pela doçura;
lembra-te das mães solteiras na hora em que estão parindo, delas jorra o antídoto que enfraquece a culpa;
lembra-te das mães enlouquecidas confinadas em hospícios públicos, nelas a litania do amor dispensa qualquer nexo;
lembra-te das mães que agasalham seus filhos com jornais em calçadas urbanas, nelas o amor se transforma em teimosia;
lembra-te das mães que amamentam em campos de exilados, nelas reside a esperança, a barbárie e a indiferença humanas não conseguem relaxar a força do abraço;
lembra-te das mães que acabaram de enterrar seus filhos, delas se ouve o lamento mais dolorido e com elas ninguém esquece que é pó;
lembra-te de todas, todas as mães e outros órfãos como eu, não se sentirão esquecidos.


Homem de sólida cultura, o pastor Ricardo Gondim é um dos melhores articulistas evangélicos do Brasil. Vale a pena conhecer a obra deste servo de Deus. No site há estudos, artigos, poesias e muitos outros recursos. Vá ao endereço:
www.ricardogondim.com.br

Dois poemas do amigo João Tomaz Parreira

UM SALMO 121

«Elevo os meus olhos para os
montes.
De onde me virá o
socorro?»



Não vou deixar que os montes

me tornem pequeno

para não ver as alturas acima deles


os pássaros pousados

no ar, as estrelas

no meio de um mar obscuro,

o fogo

penetrante do sol


não vou deixar que eles

me ceguem

para não ver o sol


que se abatam sobre mim

como paredes

não deixarei que os montes

resumam os meus olhos

a duas poças da alma.




CHAMO-OS

(Uma conversação sobre Hebreus
11, 4, ss )


Os ombros de Abel, de longe

voltam-se para mim

e um cordeiro emana

como nuvem de lã

E Enoque, que saía do chão, volúvel

transparente

para a alegria celeste

Era Noé no silêncio

da sua janela, no meio de escura água

e olhava para cima, movido

pelas fontes do céu

Abraão, quando chamado

viu ao longe, desafiou os olhos

para a luz suave das estrelas


Em algum sótão do sono

Jacob necessitava de um pouco

de sonho

E pelas pegadas do gado Moisés,

pelo deserto, regressa

até mim.

Chamo-os, enquanto

Raabe do corpo

desenlaça

um fio escarlate.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

BIOGRAFIAS DE POETAS

Acesse, através dos links abaixo, as biografias de três de nossos maiores poetas evangélicos, redigidas pelo escritor, poeta e pesquisador Filemon F. Martins (que é um grande colaborador deste blog).

Gióia Júnior - http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=3575&cat=Ensaios&vinda=S

Mário Barreto França - http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=3503&cat=Ensaios&vinda=S

Jonathas Braga - www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=4533&cat=Ensaios&vinda=S

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Palavras que inspiram e consolam (Pegadas na Areia)

Uma noite eu tive um sonho.
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e, através do céu,
passavam-se cenas de minha vida.
Para cada cena que se passava, percebi que eram deixados dois pares
de pegadas na areia; um era meu e o outro, do Senhor.

Quando a última cena de minha vida passou diante de nós, olhei para trás,
para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes,
no caminho de minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e
angustiosos do meu viver. Isso entristeceu-me deveras, e perguntei,
então, ao Senhor: "Senhor, tu me disseste que, uma vez que eu
resolvera te seguir, tu andarias sempre comigo em todo o caminho,
mais notei que, durante as maiores tribulações de meu viver, havia na areia
dos caminhos da vida apenas um par de pegadas. Não compreendo
por que, nas horas em que mais necessitava de ti, tu me deixaste".

O Senhor me respondeu:
"Meu precioso filho. Eu te amo e jamais te deixaria nas horas de tua
prova e de teu sofrimento: Quando viste na areia apenas um par de
pegadas, foi exatamente aí que eu, nos braços, te carreguei".

Nota: Muitos acham que o poema acima, mundialmente conhecido como 'Pegadas Na Areia', é de autoria anônima. Mas ele tem autor reconhecido, ou melhor, autora, a evangélica canadense Margaret Fishback Powers. Conheça um pouco da história dela (e do poema) clicando no link abaixo:
http://www.jesussite.com.br/acervo.asp?Id=1046

domingo, dezembro 10, 2006

3 Poemas do Pr. Airton Evangelista da Costa

A FONTE INESGOTÁVEL

Bela e indomável
Fulgurante e esplendorosa
Como és dadivosa, filha da Natureza!
És diáfana e vaporosa!
Não se fartam meus olhos
De ver tua dança álacre
Donde tiras tanto vigor?
Qual o segredo de tanta energia?
De qualquer ângulo, és bela!
Lindo ver-te cingida pelo arco-íris!
Que envolve teu corpo irrequieto!
Teu vestido longo é presente de Deus
Tua voz, voz de muitas águas
Como anseio subir nos teus braços!
Como desejo beijar tua fronte!
Como desejo adormecer no teu canto!
Mas quem te alimenta dia e noite?

- Não está em mim a minha realeza
- Vem, sobe, vou revelar meu segredo
- Veja! É esse o rio que me alimenta
- Ele me sustenta, me fortalece
- Vem dele a minha formosura
- Ele é a minha Vida

Ó doce cachoeira! Amiga minha!
Como são parecidos nossos caminhos!
Também tenho minha Fonte Inesgotável
Sacio minha sede em águas cristalinas
Rios de água viva fluem de mim...



Minha carne, minha alma

MINHA CARNE DE LAMA, BARRO E CHÃO
CANSADA, PÁLIDA, FÚTIL, VENCIDA
NA BATALHA DURA DO MUNDO CÃO
SEM NO AMOR NUNCA ENCONTRAR GUARIDA

ENFRAQUECIDO SANGUE, NERVOS TENSOS
ABATIDO ESQUELETO TENEBROSO
ARRASTANDO MEU CORAÇÃO, MEUS MEMBROS
AO MEU DERRADEIRO E EXTREMO ESFORÇO

PORÉM, MINH’ALMA, MINHA FORÇA IMENSA
DA CAVERNA DO MEU CORPO SE AGITA
TAL RAIO DE LUZ PERENE, FORTE, INTENSA

A ILUMINAR TRÔPEGOS PASSOS MEUS
A ENCHER DE FELICIDADE A VIDA
A LIGAR MEU CORPO AO SUPREMO DEUS



Vencendo barreiras

O que me enleva é a paisagem que vislumbro. O som vem
apenas do marulhar das ondas que teimosamente se comportam
indecisas : chegam barulhentas e se debruçam sobre a areia,
parecendo que ali farão morada; um segundo depois, retornam
e se desfazem.
A luz vem apenas da lua, uma luz doce e tênue, tênue e divina,
divina e bela. Luz que realça as brancas franjas das ondas faceiras...luz
que se reflete no manso mar, a começar da linha do horizonte longínquo
e escuro. De vez em quando a lua brinca de se esconder
por trás de nuvens solitárias.
Coqueiros, um pouco atrás, agitam suas bandeiras ao sabor de
uma brisa forte e constante.
Ao longe, perdido na escuridão, um farol pisca que pisca, orientando
os navegantes. Sentimos a presença de Deus
em cada centímetro daquele lugar.
Estamos ali sentados na praia contemplando esse pedaço da Natureza.
Somos cinco filhos de Deus. Estamos ali para falar com Deus.
Mas, como sempre acontece, Ele fala conosco.
Os demais irmãos estão acostumados. Estou ali pela primeira vez...e
apaixonado à primeira vista.
Não raro passamos anos e anos - ou até a vida inteira - desejando que algo
assim aconteça, mas somos vencidos pelo desânimo.
Ali estou vencendo uma barreira. Sinto-me um vencedor, apesar de morar
a quinze minutos desse lugar maravilhoso...
Não resisto. Começo a falar com Deus em voz alta. Esforço-me para não chorar.
Mas se as lágrimas não descem, o coração é só pranto. Nada pedi a Deus. Somente
glorifiquei o Seu nome e manifestei meu agradecimento por
tudo, porminha vida, minha salvação, minha família... e pelo esplendor daquela paisagem, reveladora da Sua existência.


Visite o site do Pastor Airton. Lá, além de belas poesias e prosas poéticas, você encontrará dezenas de excelentes estudos bíblicos, textos apologéticos, testemunhos e muito mais. Vale a pena conferir: http://www.palavradaverdade.com/

quarta-feira, dezembro 06, 2006

De autor desconhecido

Jesus, Tu és diferente

Tu ficaste ao lado da mulher adúltera,
quando todos se afastavam dela.
Tu entraste na casa do publicano,
quando todos se revoltavam contra ele.
Tu chamaste as crianças para
junto de Ti,
quando todos queriam mandá-las embora.
Tu perdoaste a Pedro,
quando ele próprio se condenava.
Tu elogiaste a viúva pobre,
quando todos a ignoravam.
Tu resististe ao diabo,
quando todos teriam sucumbido à sua tentação.
Tu prometeste o paraíso ao malfeitor,
quando todos desejavam-lhe o inferno.
Tu chamaste Paulo para Te seguir,
quando todos temiam-no como perseguidor.
Tu fugiste do sucesso,
quando todos queriam fazer-te rei.
Tu amaste os pobres,
quando todos buscavam riquezas.
Tu curaste enfermos,
quando foram abandonados pelos outros.
Tu calaste,
quando todos Te acusavam, batiam em Ti e zombavam
de Ti.
Tu morreste na cruz,
quando todos festejavam a páscoa.
Tu assumiste a culpa,
quando todos lavavam suas
mãos na inocência.
Tu ressuscitaste da morte,
quando todos pensavam que estavas derrotado.
Jesus, eu te agradeço porque Tu és único!
(autor desconhecido)

Extraído do e-book “Conheça @ Jesus: Único, Incomparável, Maravilhoso”, de Robert Lieth, disponível gratuitamente no site do Ministério Chamada da Meia-Noite (www.chamada.com.br).

Eis o link para download direto:
http://www.ajesus.com.br/downloads/aJesus.pdf

Um excelente livro para evangelizar e edificar. Copie e distribua!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Alguns poemas de Deusdedit Rocha

SE

Se tudo posso em Quem me fortalece
Se entre nós vive o nosso Redentor
Se poucos somos para a grande messe
Por que deixarmos o primeiro Amor?

Se se comove o Pai com nossa prece
Se o Filho temos como intercessor
Se o Espírito Divino nos aquece
Por que tardar em sermos do Senhor?

Se as pedras clamarão se eu me calar
Se Dele nada vai nos separar
Por que não segui-lo e ser feliz?

Se a volta de Jesus é coisa certa
Se prepare, irmão, vigie e fique alerta
Porque Ele é pai, mas é também juiz.



“Confiteor”

Aqui estou, ó Deus, arrependido
Suplicando perdão humildemente
Das inúmeras faltas que imprudente
Por ser tão fraco, tenho cometido.

Espero que me vejas comovido
Pois bem sabes o que meu “ego” sente
Sei que há tempos atrás já fui mais crente
Mas mesmo assim te faço este pedido.

Tal qual Davi os salmos seus cantando
E ao mesmo tempo o seu pesar chorando
Numa homenagem terna ao seu Senhor,

Também eu te louvando choro e canto
No íntimo do meu ser que está em pranto,
Para dar evasão à minha dor.



A TRINDADE
Lc 3.21,22

E
es-
tando
Ele a o
rar, acon
teceu que o
céu se abriu,
e, descendo so-
bre Ele, em forma
corpórea de pomba o
Divino Espírito Santo
uma voz do alto se ouvi
a: “Tu és o meu filho ama
do, em Ti eu me comprazo.”



Trovas

Sem arma alguma na mão
Josafá e seus cantores
destruiram um batalhão
só co’a força dos louvores
2 Cr 20.21-23

Quem com lágrimas semeia
com júbilo ceifará;
é partícipe da ceia
que o Deus Triúno dará.
Sl 126.5

Indulgências, água benta,
purgatório, limbo, terço...
ai de quem tudo isso inventa
porque vai pagar o preço.
Pv 30.5,6

Aconteça o que aconteça
com a figueira que plantei
mesmo que ela nem floresça
no Senhor me alegrarei.
Hc 3.17,18

O dia da ira está perto
examinai vossas faltas
porque ele vai do deserto
até as torres mais altas
Sf 1.16

A fé encontrou-me, acho,
quando eu mais dizia não
entrou-me de ouvido abaixo
e foi parar no coração.
Rm 10.17

Se queres contar teu tempo
Não contes com o de Deus;
Para Ele qualquer tempo
É tempo dos planos seus.
2 Pe 3.8
Do livro Maria Madalena e outros poemas bíblicos

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Um poema de João Tomaz Parreira

As virgens prudentes

As virgens prudentes não têm olhos
para si
próprias, olham
o firmamento
o brilho das suas lâmpadas
olham o
escuro e o dia
derramados -
o leite da aurora e o rosal do ocaso -
esperam o perfume
que é a suavidade
dos passos do noivo
que já
se aproxima.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Antologia de Poesia Cristã em Língua Portuguesa




Após dois anos de diligente pesquisa, eis que está pronta e disponível a todos gratuitamente a Antologia de Poesia Cristã em Língua Portuguesa, reunindo poemas de caráter genuinamente cristão de grandes nomes da literatura lusófona, desde Camões até os dias atuais, passando por escritores e poetas como Machado de Assis, Fernando Pessoa, Alexandre Herculano e muitos outros. Poemas de mais de 80 autores, dentre brasileiros, portugueses e africanos. Textos belíssimos, selecionados a partir de uma perspectiva evangélica. Um verdadeiro presente aos leitores, sejam eles cristãos ou não.

Para baixar a Antologia no formato PDF, CLIQUE AQUI.