quinta-feira, fevereiro 29, 2024

Chamada para publicação: Poemas sobre o ABORTO

 


Estamos organizando uma breve antologia em defesa da vida e contra o aborto.

A mesma reunirá poemas, além de frases e pequenas reflexões, num e-book gratuito.

Se você possui - ou venha a escrever - poemas sobre o aborto, lhe convidamos a enviar sua produção para a seleção.

E, caso você conheça poema de outros autores, e queira nos indicar o texto, sua ajuda será de grande valia.

Envie textos e informações por favor para nosso e-mail: sreachers@gmail.com


quarta-feira, fevereiro 21, 2024

Três poemas de Júnior Malacarne

 


Nasce o Dia

 

Nasce a luz
Nasce o dia
E o calor
'inda a chegar

Nasce em paz
E alegria
E com frescor
Reconciliar

Em solitude
E harmonia
O meu amor
Com o que há

Com a criação
Me presenteia
O Criador
A abençoar

Finda a noite
Se inicia
Um bom temor
A deslumbrar

 

 

 

Assim o Dia Começa

 

Em meio aos caminhões
E à trégua dos motores
Eu ouço o som dos pássaros
Cantando os seus amores

São doces situações
Que paro para escutar
Um canto que me enleva
E não para de encantar

Em meio às aflições
Deus nos traz livramento
Sabedoria e paz
Companhia e alento

Como o orvalho da manhã
Enfeita a já bela flor
E o ainda tímido sol
Dissipa as trevas ao redor

Assim o dia começa
Com tantas bênçãos que me vêm
E Deus renova sua promessa
Que ao seu lado irá tudo bem

 

 

 

 

Começa Tudo De Novo

 

Toda vez que nasce um dia
Começa tudo de novo
Em tudo enxergar poesia
Renovo

Há quem sinta agonia
A começar mais um estorvo
Abra os olhos, veja e sinta
O sopro

A brisa em meio ao caos
A imensidão dos céus
As nuvens não te limitam
Convidam

Entre elas raio de sol
Um doce fio de mel
Colorindo a vida ao léu
Despertam

Enxergar as maravilhas
Ao redor de sua vida
Há tanta cor, tantas vidas
Beleza

Os passos ao longo do dia
Serão mais que uma dureza
Serão prosa e poesia
Certeza


Leia outros textos no perfil do autor no Instagram: @malacarnejunior


quinta-feira, fevereiro 08, 2024

Quatro poemas de Siegfried Zilz

 


Eis-me Aqui Senhor

 

Falarei das tuas coisas simples,

Nas quais se aperfeiçoam os teus dons divinos.

Da esperança, da fé e dos milagres,

que ocultaste aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.

Falarei de searas, de colheitas, de frutos.

De tempestades, de rios de e barquinhos.

De florestas, de estrelas, de crianças.

De migalhas que alimentam cachorrinhos.

De moedas perdidas, de ovelhas desgarradas.

 

De GRANDES pecados e de um MAIOR PERDÃO.

De doentes que foram curados,

e de famintos que encontram pão.

Falarei de feras, de pardais, e de rolinhas.

De lírios que se vestem sem tecer.

De lágrimas que serão enxutas,

e dos palácios que nós vamos ter.

TUDO o que eu fizer será com PAIXÃO,

porque te amo de todo o coração;

Pelo que me deste, e pelo que tu és.

Quero ser como aquela que fez o que pôde.

Que te ungiu com o melhor perfume,

e com os cabelos te enxugou os pés.

 

Enfim quero fazer tua obra, não como quem arrasta os pés,

nem te ofertando o que sobra.

Eis aqui Senhor o melhor, as PRIMÍCIAS,

Para que sejam as tuas delicias.

Eis nos aqui Senhor, a nossa geração:

“LIMPOS DE MÃOS E PUROS DE CORAÇÃO”

Pra fazer tua obra como quem canta ALELUIAS.

COM PODER PROPÓSITO E PAIXÃO.

 


SE O FARDO É PESADO


Se o fardo é pesado, Deus dá maior Graça,

maior fortaleza se é grande o labor.

Se a prova é mais dura, maior o consolo;

mais quentes as chamas, mais perto o Senhor.


E quando os recursos em nós se esgotarem,

e a força faltar-nos pra mais suportar;

As fontes eternas da Graça divina,

terão começado somente a jorrar.


Amor sem limites, poder sem fronteiras,

e Graça infinita e inefável tem Deus.

E destes tesouros guardados em Cristo,

Dá sempre e sempre, dá a todos os seus.

 

 

Deus Usa Pessoas Comuns


Deus usa pessoas comuns;

Tão comuns como você e eu.

Pessoas que lhe deem tudo,

não importando, quão pouco

esse tudo possa ser.

Porque esse pouco se torna muito,

quando submetemos esse pouco,

ao toque da mão do Mestre.

Como aquele garoto, lembram?

Tudo ele deu a Jesus.

E a multidão faminta

foi saciada com poucos pães e peixes.

Pode não ser muito o que você tem,

mas entenderás ao submete-lo

ao toque da mão do Mestre,

pois o mesmo você nunca mais será.

 

  

JESUS, A PÉROLA DE GRANDE PREÇO

 

Jovem! A vida está diante de ti

Todo um caminho, escolhas e decisões.

O mundo terá suas ofertas,

E fantasiosas soluções.

Jovem, o futuro é logo ali;

Por isso levanta os olhos,

E escolhe com grande apreço,

A Jesus “a pérola de grande preço”

 

O caminho é duro e sempre estreito,

Mas perfumado e cheio de flores,

Plantadas por deus a seu modo e seu jeito.

Com graça, beleza e mil odores.

Assim é mais que tudo o que conheço,

Jesus: “a pérola de grande preço”.

 

Jovem, logo ali é o futuro,

De passagem pelo mundo escuro,

Mas muito bem sinalizado,

Por infalíveis fachos de luz.

Emanados das sagradas escrituras,

Indicando o caminho das alturas,

E o doce e sublime endereço

De Jesus “a pérola de grande preço”.

 

Por tudo isso e muito mais,

De sonhos, metas, coisas, abre mão,

Tomando a grande e sábia decisão:

Nada sou, nada tenho, nem mereço,

Mas sou dono e pertenço ao mesmo tempo,

A Jesus “a pérola de grande preço”.


Visite a página do pastor e missionário Siegfried no Facebook: https://www.facebook.com/siegfriedzilzpoemas


sábado, fevereiro 03, 2024

IBGE contrapõe número de templos religiosos à de hospitais/escolas, e expõe seu preconceito institucional

  

 O título da imagem acima é um chamariz. Utiliza a burla do ridículo e do óbvio para atrair.

Outra burla, igualmente obscena, tem sido utilizada pelo órgão oficial, e reproduzida por entes de imprensa e pessoas por todo o pais, na última semana. Ela, a burla, soa literalmente assim:

Brasil possui mais templos religiosos do que escolas e hospitais somados.

Você eventualmente deve ter visto essa "notícia", em suas redes sociais ou sites noticiosos.

O preconceito aqui é axiológico, nasce com a expressão, o próprio "raciocínio" que ela promove.

Religião é coisa de foro íntimo, particular. Templos religiosos, do terreiro de candomblé ao templo budista, passando pelo motivo velado fundamental do ódio, os templos evangélicos, são erigidos com o dinheiro dos fiéis, ou de seus idealizadores. Sim, muitos templos sequer "se pagam", e aquele que os mantém o faz por fé. Outros sim, excedem-se no lucro, e malversam algo que deveria ser sagrado. Mas em ambos, em todos esses âmbitos, eu e você, que dirá o poder público, temos pouco ou nada a ver com isso. 

Já escolas e hospitais dizem respeito a todos, pois são pagos com impostos. Seus gestores, funcionários públicos em sua maioria, estão a serviço da sociedade e por esta remunerados. Perdão, sei que essa pedagogia chega a ser ultrajante. Mas é para dar a dimensão da situação a que chegamos.

Como comparar a esfera particular com a esfera pública? Qual a relação que se busca promover ao comparar a existência de templos religiosos com a de escolas e hospitais? Fica implícito o caráter maniqueísta, de contrapor algo "positivo" a algo "negativo"; ou necessário/desnecessário, ou qualquer outra maniqueismada que se queira.

Vamos deitar um outro vestido ao raciocínio. Você viu alguma postagem ou reportagem (já não são a mesma coisa, diluídas na sopa de ideologias espúrias de seus veiculadores, uns pagos e diplomados, outros entusiastas de sofá?), sim, você viu por acaso reportagem ou postagem (que dirá recenseamento), seja do próprio IBGE, da Folha, de seu primo ateu, de seu professor marxista, nesta linha:


BRASIL TEM MAIS BARES DO QUE ECOLAS E HOSPITAIS


Viu?

Falo agora aos evangélicos. Já é tempo de levantar do canto do ringue e combater o preconceito aberto e velado que muitos vomitam ou excretam sobre nós, dia após dia. O comentário judicioso no grupo de família, escola, trabalho; a postagem tendenciosa do amigo, dO Globo ou do IBGE; o olhar repetidamente atravessado (foco no repetitivo, é sintomático) em qualquer ambiente, da empresa aos coletivos...

Eu costumo aplicar um método desconstrutivo para explicitar o preconceito das falas, preconceito que mal conseguem esconder. O truque, quase socrático em sua rusticidade, consiste na simples substituição de palavras e expressões.

Quando ouvir: "Pastor é tudo ladrão" (vários o são, conheci alguns pessoalmente) troque o "pastor" por "preto", e pergunte à pessoa se ela concorda com a mudança. "Preto é tudo ladrão". Dá até cadeia, hum? Sim, e muito justificadamente. Mas o que muitos não sabem ou não querem fazer valer é que o primeiro comentário e congêneres também. Para o bom funcionamento (e exposição do preconceituoso) vale qualquer substituição, por opção sexual (gay, lésbica, hétero, etc.), por etnia, classe profissional, nacionalidade. A ideia é a de que, quando atingida, a pessoa reflita sobre a própria intolerância que, acredite, muitas vezes é semi-voluntária e segue o abjeto padrão mental do pre-conceito: Economia mental, esforço simplificador para não esforçar-se em raciocinar, em pensar por si mesmo. Sem desconsiderar o ódio gratuito ou pago, mas execute a manobra ao rigor da Lei: presuma inocência.

Além da antiga Lei que protege a liberdade de culto - e o respeito à fé alheia, há poucos dias se comemorou o Dia de Combate à Intolerância Religiosa, firmado pela Lei 11635/07. Tal lei ou data surgiu num contexto de proteção aos cultos de matriz africana, que têm sofrido preconceito histórico, desde sua introdução (ou criação, no caso da umbanda) em nosso país. Mas a primeira Lei não protege apenas estes, assim como a segunda não visibiliza apenas a sua causa. Toda intolerância religiosa deve ser judicializada. E judicializar, você sabe, segue o mesmo processo: Gravam-se falas, "printam-se" comentários, arregimentam-se testemunhas. 

Emitir opinião contrária não é crime. A intolerância se mostra quando os termos são agressivos, quando o ódio vaza do canto das bocas, quando o padrão se repete.

O mal se combate em campo. Tomemos a iniciativa, pois a bovinidade só interessa aos açougueiros, aos carrascos. 


Sammis Reachers

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Publicado originalmente no blog Cidadania Evangélica. A reprodução deste texto é liberada em qualquer meio e plataforma, desde que creditada a fonte.


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