quarta-feira, novembro 27, 2024

Três poemas de Mizael de Souza Xavier

 


Questão de fé

 

Eu vejo cada pessoa vivendo como quer

Escolhendo o caminho que vai andar

Decidindo de que jeito vai crer em Deus

E achando que dele pode zombar.

 

Eu vejo velas acessas e procissões

E tantos homens de terno sobre o altar

Uma multidão sedenta, dizendo a Deus:

“O Senhor prometeu, agora vai ter que dar”.

 

Mestres e profetas falsos já profetizados

Falsos crentes com coceira nos ouvidos

Atrás de qualquer doutrina agradável

Preocupados apenas com seu umbigo.

 

Eu vejo a Bíblia esquecida e rejeitada

Trocada pelo pragmatismo sem valor

Eu ouço uma pseudolíngua angelical

Que promete vitória, mas não pede amor.

 

Eu vejo pessoas culpando o diabo

Por suas fraquezas e seu instinto mau

Comendo do pão e tomando do cálice

Vivendo a hipocrisia como algo normal.

 

Eu vejo também onde tudo isso vai parar

No Dia do Julgamento não tem apelação

De um lado as ovelhas serão separadas

Enquanto os bodes irão para a danação.

 

O Deus de misericórdia estende a mão

Enquanto há vida há chance de se salvar

Na cruz do Calvário, Cristo determinou

Que aquele que crê com Ele irá morar.

 

Eu vejo a esperança do Evangelho

E insisto em pregar e defender a verdade

Crer ou não crer é uma questão pessoal

E de onde você quer passar a eternidade.

 

 

 

Eu vou amanhecer

 

A noite está escura

Eu ouço os meus passos

Mas não enxergo o meu caminho

Para onde o meu coração está me conduzindo?

 

As flores da noite

Escondendo o tempo

Não serão as mesmas

Quando a manhã voltar.

 

Onde eu estarei?

Quem eu serei?

E que histórias eu viverei

Para contar?

 

Eu sou o desconhecido

De terras distantes

O meu nome, a minha face, as minhas palavras

Foram com o vento.

 

Oh, Deus, eu estou aqui

Só o Senhor pode mudar

O destino que meus passos construíram

E que me levaram para longe.

 

Eu estou aqui, meu Senhor

Perdido na sombra da noite

Mas se a tua luz brilhar em mim

Eu vou amanhecer.

 

As trevas torturam o meu corpo

Enquanto os meus passos vão para longe de Deus

O vazio do meu coração enche meus dias

E meus sonhos se transformam em coisas impossíveis.

Mas Deus não abandona os seus filhos

Ele estende as mãos para mim

E o seu amor me leva para fora das trevas

Para viver para sempre em sua maravilhosa luz.

Sim, meu Deus, eu vou amanhecer em seus braços.

 

 

 

A igreja avivada

 

Uma igreja avivada

Cheia do Espírito e unção

Não dá pulo, não dá grito

E nem rola pelo chão.

É uma igreja que entende

A vontade do Senhor

Ensina e vive o amor

Crê na sua salvação.

 

Uma Igreja avivada

Não complica o linguajar

Não fala só em mistérios

Nem vive a profetizar.

É uma igreja fervorosa

Que tem um só coração

Prega o Reino dos Céus

Tem teologia e oração.

 

Uma igreja avivada

Não pertence ao pastor

Não tem objeto ungido

Nem ameaça do devorador.

É uma igreja que oferta

Com alegria e liberalidade

Não é cega de entendimento

Mas obedece a verdade.

 

Uma igreja avivada

Onde há o poder verdadeiro

Está fora das paredes

O seu chão é o mundo inteiro.

Ela é cheia de misericórdia

Evangeliza o pecador

Tem espírito de adorador

E apressa o dia derradeiro.

 

Numa igreja avivada

Somente a Bíblia a conduz

Rejeita os falsos profetas

Luta com as armas da luz.

Nela não tem apóstolo

Apenas um único Senhor

Uma igreja que tem valor

É serva do Senhor Jesus.


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