De mim para Ti
Lembro-me das madrugadas
frias
Do silêncio que gritava
calmamente
Afugentando a correria
insistente
Que vencia fácil os
espíritos ansiosos
Momentos em que minha voz
cansada
Balbuciava palavras
caladas.
A origem? A profundez da
minha alma
Triste, exausta,
amargurada
Das violentas pedradas.
E sem julgamentos ou
apontamentos
Trouxeste a mim um
acalento
Dado a mim por teu
tormento.
Vestido de mim e dos meus
erros
Sofreste em ti meu
desespero
Enquanto recebias a paga
pelo que fiz
Recebi na tua morte a
liberdade enfim.
Opressões
Ventos agitados de
tristezas finitas
Soprem longe sua fúria
opressora
Que intenta inconsciente
Tirar a esperança
onipresente
Que eu, pobre vivente,
Tenho no Autor onipotente.
Ventos agitados de força
contínua
Enfraqueçam sua raiva
voraz
Que amedronta minh’alma
valente
Com ondas sempre
imponentes
Que eu, pobre insistente
Venço co’a fé veemente
Um abraço, Deus!
– Um abraço, Deus!
Divino toque sem aviso
Suplico com meu íntimo
quieto
Calado pelas inquietudes
deste século
Exaurido, abatido e
abjeto.
– Um abraço, Deus!
Meu clamor ressoa
Ecoa, pulsa, enche os
espaços
Da minha mente, suprime o
cansaço
Esperançoso por estar em
teus braços
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