quinta-feira, março 13, 2025

Três poemas de Felipe Rodrigues





De mim para Ti

 

Lembro-me das madrugadas frias

Do silêncio que gritava calmamente

Afugentando a correria insistente

Que vencia fácil os espíritos ansiosos

Momentos em que minha voz cansada

Balbuciava palavras caladas.

A origem? A profundez da minha alma

Triste, exausta, amargurada

Das violentas pedradas.

E sem julgamentos ou apontamentos

Trouxeste a mim um acalento

Dado a mim por teu tormento.

Vestido de mim e dos meus erros

Sofreste em ti meu desespero

Enquanto recebias a paga pelo que fiz

Recebi na tua morte a liberdade enfim.

 

 

Opressões

 

Ventos agitados de tristezas finitas

Soprem longe sua fúria opressora

Que intenta inconsciente

Tirar a esperança onipresente

Que eu, pobre vivente,

Tenho no Autor onipotente.

 

Ventos agitados de força contínua

Enfraqueçam sua raiva voraz

Que amedronta minh’alma valente

Com ondas sempre imponentes

Que eu, pobre insistente

Venço co’a fé veemente

 

 

Um abraço, Deus!

 

– Um abraço, Deus!

Divino toque sem aviso

Suplico com meu íntimo quieto

Calado pelas inquietudes deste século

Exaurido, abatido e abjeto.

 

– Um abraço, Deus!

Meu clamor ressoa

Ecoa, pulsa, enche os espaços

Da minha mente, suprime o cansaço

Esperançoso por estar em teus braços


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