É
necessário que eu diminua
Quão
grandes coisas falo
quando
sou vazio.
Quão
grandes milagres vejo
quando
sou nada, mas não me desvio
Quão
belos são esses mares
quanto
capitaneias meu navio
Sumo
e nada sou
para
que, servo,
trabalhe
de coração sincero
ouvindo
sempre no peito "eu sou o que sou"
Quando
a graça de pregar
o
evangelho e a cruz
deixar-me
humilhado a chorar
serei
então um como Jesus
Endireitando
a vereda
sigo
vivendo e pregando
para
que em mim Ele se engrandeça
e
eu ria mesmo chorando.
Entre
os homens o menor
no
reino dos céus de meu Senhor
Serei
menos ainda, servo sem pecado nem dor
servo
feliz no céu, como na terra, do Filho do Amor.
Uma
vez contigo, em eterna serenata
lembrarei
somente da alegria
de
cair de joelhos gritando: "Maranata".
Espelho
ao pregador
Jovem
e acanhado
sincero
de fé e coração
pelo
Velho de Tarso chamado
convocado
a cumprir a santa vocação
não
era rico nem mui-amado
tampouco
era ele de alta posição
Mas
a fé não fingida
e
a sinceridade de seu chamado
Fé
pelo próprio Deus erigida
que
não viu grandeza ou estado
intimado
foi a continuar aquela lida
do
velho Paulo, já passado.
Uma
vez que lá chegou
à
Roma do Augusto falso,
viu
choro e junto chorou
era
passado o Velho de Tarso
Mas
a carta entregue o lembrou
que
a labuta continua, aquilo seria apenas marco
À
Ásia enviado,
e
ainda mais além,
do
Norte ao Sul carregado
da
Palavra daquele alguém
que
trouxe de longe o fardo
de
pregar sem ouvir amém.
Seu
conto hoje, já terminado,
É
modelo para o pregador novo
Ainda
despreparado
que
logo mostra o evangelho ao povo
ainda
que amedrontado
e
a dor e a humilhação
Pagar-se-ão
com glória e benção
"Ouçam!"
dizem em coro
Paulo,
Timóteo e os meus,
"Ouçam
a Cruz e ao Cordeiro"
gritamos
juntos, louvando à Deus
"Pois
fomos salvos sem condecoro
Da
ira aos que não são filhos seus"
E
do exercício da vocação
nada
esperamos
senão
misericórdia no coração
no
nosso e no do Deus que amamos
que
é justo e bom com sua mão
e
dá-nos mais do que merecemos, ou esperamos.
Pirilampo Insosso
Sirvo
eu um alguém
sofrido
servo,
E
grande rei
filho
do pai ressurreto
mas
eu, vivo, morri. não sei.
De
luz e sal,
um
nos pés e no caminho,
outro
da terra, remediando o mal,
sinto-me
pirilampo insosso
Luz
fraca inconstante,
Sem
gosto de alegria humana
só
por breve instante.
Que
o Servo-Senhor tenha misericórdia
desse
pirilampo insosso que quer não ter fé leviana.
Mas
o Servo-Senhor,
misericordioso,
Fala
comigo manso, cheio de amor,
e
mesmo que por um momento,
não
sou luz fraca, tampouco insosso.
Sou
campo florido,
pirilampo
contente
ilumino
o mundo, incontido
e
tudo sinto, e tudo me sente
Ó
Senhor! Ó Senhor!
Meu
Rei!
Servo
sofredor!
Cordeiro!
Manso e cheio de amor!
Tem
misericórdia deste pirilampo
leva-me
pra casa
me
deixa brilhar um mundo, no campo
com
mais sal, mais vento nas asas
Vem
buscar-nos, já me sinto cansado
seja
feita a tua vontade, Sábio adorado
até
que venhas, me capacita
com
vara e cajado, me guia
Até
que venha, conserva-me a fé
sem
lugar para escapar de Ti
altura,
profundidade, vida, e morte até
que
eu não caia, não seja homem cheio de si
Até
lá, dá-me graça de contentar
com
brilho pouco e fraco piscar
que
seja a minha pouca luz a brilhar
que
revele Tua luz infinita, através de mim a mostrar
Que
mesmo o fraco pirilampo
quase
extinto
pode
brilhar sua luz, já cheio de Ti,
não
por escolha, por natureza; simples instinto.
Instagram: @aqueleoutrola22
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