MEU CANTO DE ETERNIDADE
Nesse instante de fé, a gênese da vida
Principia a clamar numa força incontida:
- Subi, olhai a cruz. Se sois humanidade,
Vede ali retratada a vossa eternidade! –
Amar é renascer. Jesus, não és um mito,
Uma figura de arte, um emblema de precito,
Mas, na verdade, o vivo, o eterno Salvador,
Presente onde estiver o abrigo ao Teu Amor.
O Companheiro bom de humildes pecadores,
Vem perto, vem curar todas as tristes dores.
- ETERNO, ETERNO PRÊMIO! – O canto ao meu ouvido,
Sim, escuto milhões de vezes repetido!
Recebo o Teu tesouro, sem merecimento,
Porque és a eternidade! E o fraco pensamento
Pousado em Ti, ó, Mestre, fá-lo puro e forte,
Sem mais temor da vida e nem temor da morte.
Enxuga o pranto d’alma e dá que na oração,
Meu alento se torne a Tua habitação.
Que os males não o atinjam e nem o abalem as penas
Do passageiro caos das ilusões terrenas...
Dos dias que tiver no rotineiro andar,
Que a Tua eternidade em mim possa cantar.
E o pequeno dever, então, hei de cumprir,
Tecendo, com o minuto, o manto do porvir.
Que o jasmim orvalhado e a palma que flabela
Esbocem, ao meu olhar, a eternidade bela.
Na cascata febril do esplêndido gorjeio,
Perceba essa Alegria plena em que me enleio.
Nesse instante de fé, a gênese da Vida,
Principia a clamar, numa força incontida:
- Subi, olhai a Cruz. Se sois humanidade,
Vede ali retratada a vossa eternidade!
Depois dessa visão, pôs-se a minh’alma em pé,
Tornando-se, ela mesma, o seu altar de fé.
Por isso hei de cantar (e o gozo não fenece
No cenário do bem que jamais esmaece),
O nome universal, o nome Salvação,
Que liga a terra ao céu, na antena do perdão.
E, morto para a morte, o salvo por Jesus
Entra, raio de luz, dentro da Sua Luz.
Sincronizada a alma à do seu Criador,
Liga-se, eternamente, ao Seu eterno Amor.
Se as horas vão fugir, quais pássaros em bando,
Cantarei a viver e viverei cantando:
- Sopro de Deus, ao Lar! Contempla o Novo Dia,
Sem noite que interrompa a sua melodia,
A língua universal das harmonias santas,
Cujos ecos reboando tantas vezes, tantas,
São convites na voz de louras madrugadas,
De poentes estivais, de noites estreladas:
Subi, olhai a cruz. Se sois humanidade,
Vede ali retratada a vossa eternidade!
O céu desceu à terra. Alma, acorda, levanta!
Há glórias no Calvário! A eternidade canta!
do livro Ramalhete de Mirra
terça-feira, fevereiro 13, 2007
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Um comentário:
mesmo morando em Sao Paulo faço questão de estar ligado nas boas coisas da minha querida Bahia. Sou cantor evangelico e em 1977 gravei com meu mano Rumem Cavalcante um hino que é de autoria da grande Stela Camara Dubois que aprendemos quando crianças na pequenina Igreja Batista de Coaraci(hino quando penso no calvário).
Prof Dagno Cavalcante /pib em Barueri SP
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