segunda-feira, maio 30, 2011

Um poema de Rute Salviano Almeida



Quem é Deus?


Para a criança, é o papai do céu
A quem pede proteção.
- Abençoa papai, mamãe.
Dá a cada dia o pão.


Deus da criança inocente
Deus da mãe ocupada
Deus que consola na dor
Deus da alma enlutada!


Para o jovem é o cara lá de cima
Que não o incomoda ou intimida
Ele que fique por lá
Deixe-me gozar a vida!


Deus que está longe
Deus que não é pessoal
Deus que ama o pecado
Deus, tão banal!


Para o caboclo no campo
Deus a chuva dá
Ele ajuda a colheita
E faz a mágoa passá!


Deus que se preocupa com o pobre
Deus que sofre com o que erra
Deus que faz cair água
Na sequidão da terra!


Para o deista, Deus está morto.
Criou a terra e se cansou.
Deixou tudo nas mãos do homem
Que a tudo dominou!


Deus que já morreu.
Deus que não se importou
Com os homens e Suas obras
Deus que nunca amou!


Para o ateu, Deus não existe
Isolado em sua racionalidade,
vocifera: Que Deus é este?
Não existe eternidade.


Deus que não se revela.
Deus que não é imortal.
Deus que só existe na mente
do crédulo irracional!


Para teólogos medíocres,
Deus é um criado pessoal,
Deus que precisa de esmolas,
Deus que Se curva, afinal!


Deus a ser barganhado
Deus a quem se cobram favores
Deus que tem que servir
Aos gananciosos pecadores!


Para muitos, Deus está encoberto
Mas, Se revela ao temente.
Pois busca adoração
da alma sincera do crente!


Deus que criou o mundo
Deus que enviou Jesus
Deus que a todos ama
Deus que Se revela na cruz!


in Antologia Literária “Poemas e Poetas nova geração” Litteris Editora, 2010
*Rute é autora do livro Uma Voz Feminina na Reforma (Ed. Hagnos)

sexta-feira, maio 27, 2011

Projeto Jesus na Poesia - Coletânea de poemas evangélicos aberta a todos os interessados



O nosso irmão Nilton Nascimento, de Portugal, criou um projeto para divulgar ainda mais a poesia evangélica. Intitulado Jesus na Poesia, a idéia é criar um Fórum de poesias que seja como uma revista online, e publicar e-books com poesias evangélicas e pequenas mensagens evangelísticas enviadas pelos participantes, a partir do Fórum. Os e-books terão circulação gratuita. Conheça e participe desta iniciativa, seja escrevendo, seja divulgando. Leia abaixo o convite do Nilton, com maiores informações sobre o Projeto:


Esta iniciativa foi criada por internautas com o gosto pela poesia e a adoração do nosso Senhor Deus e de Jesus.


Venho-te convidar a participar nesta Iniciativa, seja como escritor, leitor ou simplesmente divulgando a mesma, tudo de forma gratuita sem nenhuma motivação econômica.

Se não for do teu interesse te peço que a repasses aos teus contatos (não custa nada, tantas vezes repassamos mensagens engraçadas) talvez algum deles tenha interesse em participar.



Quem pode participar?

Todas as pessoas que o desejarem.



Como posso participar?


Como Colaborador escritor:
>>> como colaborador escritor poderá incluir poemas e/ou pequenos textos de sua autoria nos E-books e demais meios que surjam oportunos gratuitos sem perder seus direitos autoriais.



Como Colaborador divulgador:

>>>Não gosta ou não quer escrever? Como Colaborador divulgador sua participação será de extrema importância, pois para que serve uma mensagem se não chega a seu destinatário (o Mundo), divulgue a iniciativa aos seus amigos, companheiros de trabalho, no seu blog/website etc...



Visite o fórum:



Links diretos do Forum:
Postar um poema:



Postar um texto:


ou entre em contato conosco:



quarta-feira, maio 25, 2011

Enquanto o Coral Cantava, poema de Myrtes Mathias



Enquanto o Coral Cantava

Enquanto a música enchia o templo,
eu vi o Rei.
Vestido de majestade, coroado de honra,
um cetro de poder e glória na mão.
Ele voltava.

Livre dos sapatos e dos preconceitos,
da doença e da fadiga.
Feliz, como uma criança que se atira
na direção do Pai – depois de uma ausência
que só fez maior o amor e a necessidade
de ver – eu corria no meio da multidão,
que erguia palmas brancas
em saudação Àquele que voltava.
Lá estavam Livingstone, Carey, Bratcher,
Corinto, Miranda Pinto...
Lá estavam os vultos frágeis,
Ana de Ava, Noemi Campelo, Caíta,
Lotie Moon...
Os missionários de todas as raças.
Os grandes que se fizeram pequenos,
os pequenos que a fé tornou gigantes:
Bagby, Taylor, D. Chiquinha,
que eu conheci
quebrando coco babaçu,
para sustento da obra
que eles começaram.
Lá estavam D. Maria e D. Carmen
- um corpo perfeito no lugar daquele
que a lepra deformara.
Lá estavam Darito e os companheiros
de enfermaria que ele levara a Cristo,
livres do balão de oxigênio
e do terrível clima de segregação.
Lá estavam meus amigos cegos,
com olhos enormes de luz
e expectativa;
Meus priminhos mudos, entoando,
mais alto que todos,
o canto de vitória e gratidão.
Livres de grades
e de cadeiras de rodas,
lá estavam muitos que eu conhecera
prisioneiros da doença e do pecado.
Lá estava meu irmão
que Deus levou tão cedo.
Lá estavam os mártires de todas
as épocas, do tempo dos césares
e das cortinas de ferro e de bambu.
Lá estavam homens de pele escura
e alma cor de neve;
índios de brilhantes cabelos,
crianças de todas as raças,
cantando hosanas, como na entrada
triunfal em Jerusalém.
Lá estavam os meninos do Tocantins,
os barqueiros do São Francisco,
a gente do Araguaia,
os colonos da Transamazônica,
que se haviam tornado súditos
do Caminho maior.
Num milagre sem explicação,
a multidão de mil cores,
que entoava hinos em mil línguas
e dialetos,
era absolutamente igual, no sentimento
que fazia de todos
uma só corrente de alegria,
formada por mil elos de amor.

Eu disse que todos estavam lá?
Não sei. Parece-me que havia lacunas
na multidão e no coração do Rei.
Muitos estavam ausentes,
presos a cuidados terrenos,
deixando a escola suprema
para um amanhã inexistente,
oferecendo a Momo um último holocausto,
como se fosse possível
servir a dois senhores,
abraçar o mundo, sem desprezar o Rei.

E foi assim, enquanto o coral cantava,
que pude sentir o quanto amava ao Rei,
o quanto meu coração agradecia,
por estar entre os salvos;
por chamá-lo pelo nome que Madalena usou
quando o reconheceu:
- Voltaste, Raboni! Aleluia!
Bem-vindo sejas, meu Senhor, meu Deus!

Myrtes Mathias
No livro Encontro Marcado (JUERP)

terça-feira, maio 24, 2011

Domingo da Igreja Perseguida 2011 - Participe e envolva a sua igreja!


O Domingo da Igreja Perseguida, conhecido como DIP, é um dia em que as igrejas separam seus cultos, ou parte deles, para falar da causa dos cristãos perseguidos. É uma mobilização em massa das igrejas brasileiras e também de outros países, que promovem o evento para que os membros de sua comunidade saibam mais sobre a realidade da perseguição, orem e se engajem, não só neste dia, mas na causa da Igreja Perseguida.
O DIP é patrocinado pela Missão Portas Abertas e os organizadores são voluntários. O evento dá a oportunidade para que os cristãos brasileiros conheçam e vivenciem a realidade de milhares de irmãos. Este dia, entretanto, não é apenas mais um evento para sua igreja. É uma oportunidade para divulgar e relatar os testemunhos e experiências de pessoas que nos ensinam a cada dia como ser um cristão perseverante e cheio de fé.
A data varia de ano para ano, pois é marcada para o domingo seguinte ao de Pentecostes. Esse critério foi adotado porque no relato bíblico de Atos 4, o início da perseguição aos cristãos acontece logo após a descida do Espírito Santo, com a prisão de Pedro e João. Simbolicamente, pode-se dizer que essa foi a “fundação” da Igreja Perseguida.
Em 2011, o Domingo da Igreja Perseguida será dia 19 de junho. 

Divulgue, ore, participe!

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sexta-feira, maio 20, 2011

Dois poemas de Cineide Machado Coelho



EM MINHA CAMINHADA


Em minha caminhada,
Tento seguir os passos de Jesus.
Não quero apenas sacrificar,
Quero aprender -
Aprender a obediência,
A humilhação,
A humildade,
O bem-querer.


Em minha caminhada,
Quero aprender a Graça,
Quero, de Deus, depender...
Para isso preciso de você,
Preciso ser para você.
Preciso ser com você.


Em minha caminhada
Quero olhar outros povos
E neles ver meus irmãos!
Ver raças, tribos, outras nações
Pelo olhar fraterno da comunhão:
Agregados, abrigados nos braços do Pai Celeste,
Daquele que nos fez justificados
E que nos outorga a plena salvação.


Em minha caminhada não há espaço para teorias infinitas,
não há tempo para esperas não resolvidas,
não há coisas e coisas a serem possuídas,
não há valor para quimeras,


porque o outro está a se perder
na dor da fome,
da doença,
da sede,
do não pertencer,
do ser culpado pelo seu não poder,
do ser incapaz de se resolver...


Em minha caminhada
quero abrir meus ouvidos,
meus olhos,
quero reaprender
a ver o que me cerca,
quero poder acabar com a seca
garantida pela opressão,
pela injustiça,
pela violência,
pelos desmandos do poder.


Em minha caminhada,
Quero me arrepender
E, levada por Jesus,
Misericórdia saber viver.
Em minha caminhada,
quero ser, tão somente, e para sempre,
aquela em quem Deus possa ter prazer.




Revela-Te


Nas puras águas de tua fonte sempiterna


Venho minha alma banhar e me dessedentar.


Faz-me despojada de mim mesma, ó Senhor!


Faz-me compreender de teu puro e santo amor!


Quebra as cadeias que me impedem o desenvolvimento...


Rompe as amarras de minha mediocridade, de inatividade...


Dá-me tua força, tua unção, tua bondade,


Revela-te a mim.


Que em cada momento de vida permitida


Possa eu ver teus prazos dilatados,


por longanimidade excelsa, estendidos,


Por misericórdia plena, concedidos.


E, que, por gratidão sincera, os possa aproveitar


no exercer daquilo que, a mim, me compete realizar.


Visite o blog da autora: http://edienic.blogspot.com/

domingo, maio 15, 2011

Poesias do Coração - Livro do Pr. Laérço dos Santos



O nosso querido amigo, o poeta e pastor Laérço dos Santos, de Alagoas, acaba de lançar o livro Poesias do Coração. São 160 páginas de doce poesia, num livro ilustrado, onde o poeta discorre sobre os mais diversos temas.
Para aqueles que desejarem adquirir o livro, é só entrar em contato com o poeta através do e-mail  laysantos58@hotmail.com 


Abaixo dois poemas do autor:

De Braços Abertos

Use seu gesto do bem
procure exemplo tomar
do homem, como ninguém
deixou seu gesto de amar!

Na maior singularidade
Em seu ato e expressão
deixou lição de bondade
vinda de seu coração,

Trilhou caminhos corretos
brilhante e de plena luz
de ternura, amor e fé...

Morreu de braços abertos
alcançando-nos numa cruz,
O bom Jesus de Nazaré!




Meu Manifesto

Vejo o futuro
De boa mente
Com muito alento
No coração.
Sinto-me forte
Se estás comigo
És meu amigo
Meu guardião!

Por densas trevas
Se estou andando
de vez em quando
És minha luz;
Quase que morro
Mas és socorro
quando em perigo,
És meu Jesus!

Senhor te amo
És meu tesouro
Maior que ouro
Melhor irmão
Ó Cristo eterno
Trago por certo
Meu manifesto
Minha canção!

Visite o blog do autor: http://oagape.blogspot.com/

terça-feira, maio 10, 2011

Três poemas de Julia Lemos


Rafael - A Cura do Aleijado


LEVANTA E ANDA


Não tenho ouro nem prata
mas trago a ternura
desta palavra - espada:
- levanta!


Soube que vivias
entre os pórticos
e as calçadas
como um apátrida
e que no Templo
nada mais sonhavas:
-anda!


Hoje mesmo os teus sonhos
estarão em letras grandes
nas telas do universo
onde também estarão grafados
para tua memória
estes versos.






O SILÊNCIO


Comecei a buscar a Deus


e vi que meus lábios eram impuros;


busquei encontrar a Deus


e vi que meu coração estava triste.


Continuo a buscá-Lo


com a sede dos animais marinhos


e como as corças suspiram


pelas margens.


Salva da tempestade,


paredes do meu quarto


guardam o silêncio


em que Ele começa


a falar comigo.






A VISITAÇÃO


Deus esteve aqui.


-Onde?


Onde o perdi.


Dele sei ser apenas o princípio,


Daquele por quem vim e busco,


Como Ele busca a mim.






- Ver Deus é o sonho prometido ao mundo.


Para Ele as paredes estão vestidas de cortinas


e na sala de visitas Sua presença é incontida.
Ah , tua presença enorme


-onde agora?


com as rosas,


-medidas de Teu carinho.


Caminhos a Ti me levam


à solidão dos palácios


em que as résteas apenas avisam


que cheguei muito depois de Tua partida.

Visite o blog da autora: http://wwwmybloguer.blogspot.com/

domingo, maio 08, 2011

Para Você Mamãe - Poema de Norma Penido




PARA VOCÊ MAMÃE


Para você mamãe, que um dia recebeu do Senhor a sublime missão de gerar um filho, e por algum tempo o abrigou em seu ventre, alimentando, protegendo, e dando a ele o crescimento através do seu amor...
Que durante este tempo de espera, muitas vezes sonhou acordada imaginando como seria o seu sorriso, a cor dos seus olhos, dos seus cabelos e cada detalhe do seu corpinho...
Que orou por este pequenino ser que ainda não conhecia, mas que o senhor contemplava e escrevia no seu livro cada um dos seus dias...
Que após passar por tantas expectativas e emoções, viu chegar aquele tão sonhado dia e entre sorrisos e lágrimas, você o tomou em seus braços e ouviu o seu primeiro choro...
Que passou noites em claro velando pelo seu sono, cuidando de uma febre persistente, ou simplesmente cantando para ele aquela antiga canção de ninar...
Que chorou de alegria quando ele ensaiou os primeiros passos, quando nasceu o primeiro dentinho , ou quando meio embaralhado, pela primeira vez ele chamou “mamãe”...
Que com tanto jeitinho cantou para ele, “sou uma florzinha de Jesus” e com o mesmo jeitinho ensinou que o papai do céu lhe deu a vida, que criou as estrelas do céu e os peixinhos do mar...
Para você mamãe... Incansável e guerreira! Que apesar dos grandes desafios do dia a dia, ainda encontra ânimo e tempo para ensinar ao seu filho o caminho que deve andar...
Mãe, que educando seu filho faz brotar nesta terra a boa semente, que fará deste mundo um lugar melhor, um lugar onde haja paz, amor e respeito ao próximo.
Para você mamãe... um Feliz Dia das mães!

Visite o blog da autora: http://normapenido.blogspot.com/

sexta-feira, maio 06, 2011

Um poema de Nilton Nascimento




PARA MEU SENHOR V

São tantos os rios que cruzar, tantas barreiras.
Tantas muralhas que saltar, tantas fronteiras.
Tanta indicação pra deste caminho sair,
Tantas luzes e festas para me distrair.

Presentes e promessas e oferendas traiçoeiras…
Ofertas de encher estas minhas algibeiras.
Na berma são manjares, ouros pra me atrair,
Para me poder fazer deste caminho cair.

Tenho medo de parar, e ficar sentado…
Medo de perder forças e ficar cansado.
Ter fome e dos manjares ser mais um provador.

Por isso peço Deus meu, meu Guia, meu Provedor
Que nunca jamais me falte Teu alimento,
Tuas poderosas forças, em nenhum momento.


Visite o blog do autor:  http://nilton.soy.es

domingo, maio 01, 2011

Dois poemas de Carlos Nejar



SEM ESTRELA

A morte ia comigo e eu, com ela.
E vi o seu ridículo vestido,
o andar desajeitado e sem sentido,
o rosto com penteado de donzela,

sendo tão velha, velha, no ruído
de suas meias e sapatos de heras.
Então não resisti e me ri dela,
caçoava de seus gestos confundidos.

E desta sisudez que nada espera,
mas sabe que na vida um só gemido
pode fazê-la emudecer. Insisto

em rir de sua passagem sem estrela,
sem grandeza nenhuma. E se resisto,
é porque está em mim quem vai vencê-la. 




CETRO


Tens de meu reino, o cetro.
Tudo o que me sucede
é futuro em tua rede.

Estás no princípio
e fim. Mais forte
que as coisas
que estão em mim. 


Do livro “Todas as Fontes Estão em Ti”, Editora Eclesia



Via blog http://eliotkalamos.blogspot.com/
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