segunda-feira, outubro 29, 2007

Um poema de José Britto Barros

ELE DEU A SUA VIDA POR NÓS
E nisto conhecemos o amor, que Jesus deu a sua vida por nós.
(I João 3. 16)

Ele deu a sua vida por nós...
E nós, o que damos por Ele?
Paremos a pensar...
Por nós Jesus deu a sua vida ...
Vida completa, inteirinha, total...
Vida sem mácula , perfeita , santa , justa e dadivosa ...
E nós, que vida é que vivemos para Ele ?

Ele deu a sua vida por nós...
O seu grandioso amor sem par,
Amor perdoador, intenso, permanente ,
Amor redentivo, singular , transformador...
E nós, que de amor mostramos a Jesus?

Ele deu a vida por nós...
Sua capacidade intercessora,
Sua misericordiosa graça salvadora,
A perfeita compreensão dos nossos males...

Ele deu a vida por nós...
Suas virtudes positivas, os seus atos de amor,
As suas palavras eternais...
E nós, o que lhe damos?

Ele deu a vida por nós...
Aquelas mãos divinas,
Benfazejas mãos que tocaram leprosos,
Mãos que descerraram o véu de pobres cegos
Fazendo-os mirar as belezas da luz...
Mãos que repousaram sobre os aleijados,
Mãos que serenaram vagas e escarcéus,
Mãos que por amor fizeram cessar prantos,
Mãos que abençoaram crianças descalças,
Meninos sem ninguém e filhos prediletos...
Mãos que multiplicaram os pães e os peixes,
Mãos que tocaram mortos, trazendo-os à vida....
Mãos, aquelas mãos pregadas no Madeiro,
Levantadas assim entre a terra e o céu
Para unirem o pobre pecador
Ao Deus supremo e forte...

Mãos feridas, tocadas por Tomé
Para desfazer a incredulidade.
As mãos da doce paz que podemos fruir...
Ele deu essas mãos tão santas e tão puras
Para lenir nossas dores
E suavizar da vida os nossos dissabores...
E nós... que lhe damos então?
Ele deu a vida por nós...
Os olhos de bondade capazes de mirar
Os campos branqueados para a ceifa...
Olhos de ternura que viram multidões abandonadas,
Ovelhas sem pastor, perdidas, maltratadas...

Olhos que miraram a dor dos infelizes
Oferecendo-lhes a suavidade dos cuidados
E o doce lenitivo do amor...
Olhos que invadiram a alma e penetraram o coração,
Ora compungindo e repreendendo,
Como o fez com Judas,
Ora advertindo e restaurando, como o fez com Pedro...
Ele deu a sua vida...
Um olhar voltado para as nossas dores,
Para tantas mazelas de pobres pecadores...
E nós, que lhe damos enfim?

Ele deu a sua vida...
A voz serena e clara,
Replena de poder e de revelação,
Voz terna, para acalmar aflitos e inquietos,
Voz firme, para convidar os indecisos,
Voz suave, para aliviar os oprimidos,
Voz leal, para atingir os infelizes,
Voz segura, para libertar os cativos,
Voz confiante, para dar garantias da eternidade!
Ele deu a vida por nós...
A voz que tudo disse: as vibrações da esperança,
Os deslumbres de glória, os ensinos de Deus , As venturas do céu , os deleites sem par ,
As alegrias sem fim e os gozos e t e r n a i s! ...

Ele deu a sua vida por nós...
E nós, o que lhe damos, irmãos?

Ele deu a sua vida por nós...
Na humildade da manjedoura,
Na fuga do Egito,
Na singeleza de Nazaré,
Na tentação do deserto,
Nos caminhos da Palestina,
Nas regiões de Tiro e de Sidon,
No Mar da Galiléia,
Nas terras de Gadara,
Nas praias de Genezareth,
No solar de Betânia,
Nas alturas do monte Tabor,
Na tranqüilidade do Horto das Oliveiras...

Ele deu a vida por nós...
Nas canseiras e enfados
De não ter onde reclinar a cabeça,
No suor do Gethsêmani,
Na agonia do Calvário,
No vitupério da Cruz,
Na vergonha do Monte da Caveira.

Ele deu a vida por nós...
Sem restrições e sem adiamentos,
Sem reservas quaisquer,
Para remir e salvar e para dar garantias!
E nós, que lhe damos nestes dias?
O mundo é que recebe as nossas atenções?
O mundo é que recebe todo o nosso amor?
O mundo é que recebe as nossas energias?

Silêncio...
Aí está toda a verdade?
Oh! tragédia cruel!
Oh! ferina ingratidão!
Oh! triste compensar!
Se Ele deu a vida, o tudo, a perfeição,
Se por nós nasceu, viveu, morreu e fez ressurreição,
Que faremos então?
Curvemo-nos em prece humilde, e arrependidos,
Banhados no chorar, sinceros, convertidos,
Prometamos de novo real consagração
A quem nos libertou das garras do pecado,
A quem nos redimiu e fez-nos transformados!

Jesus deu a vida por nós...
Resolvamos então
Viver para o servir, viver para o amar ,
Até que o bom Senhor resolva nos chamar!

Ele deu a vida por nós...
E nós, o que lhe damos?
Submissos, fiéis , humildes , dedicados ,
Deixando para trás o mundo e seu valor
Consagremos a Cristo todo o nosso amor!

Lembrança da Cruzada Algo Maravilhoso
Conferencista Pastor José Britto Barros
(Consagrado ao Ministério em 31-10-1954)


Baixe um pequeno ensaio sobre a vida e a obra do poeta e pastor batista, José Britto Barros, escrito pelo nosso colaborador Filemon F. Martins - Para baixar, [CLIQUE AQUI].

quarta-feira, outubro 24, 2007

Um poema de Norma Braga

Veias, ou: poeminha protestante

Trago em minhas veias o legítimo sangue protestante.
Quando era pequena, meus pais me chamavam “a contestadora”.
Não é um título ruim diante de um mundo apodrecido.
A tradição dos tempos não pode definir as coisas.
Só Deus é; só Ele define.
Seus remidos o seguem humildemente
desprezando as ordens em contrário.

Quem dera eu fosse protestante
mais do que a carne o deixa.
Quem dera dizer não
a tudo que ofende a Deus.

Só Jesus pôde, ao mesmo tempo,
amar e protestar perfeitamente.

Fonte: www.normabraga.blogspot.com

terça-feira, outubro 23, 2007

Dois poemas do pastor Ari Pinheiro


Nunca morrer assim

Nunca morrer assim
De tédio se há tanto remédio
Nunca morrer de tristeza
Se existe tanta beleza
Nunca morrer de trabalhar
Se há tanta hora de folgar
Nunca morrer de amor
Que viver é suplantar a dor
Nunca morrer de chorar
Que a vida está no gargalhar
Enfim, nunca morrer
Que o mistério da vida
Reside em... Viver!!!


Talvez

Talvez você tenha pedido para que Deus lhe desse um avião, mas você recebeu uma bicicleta;

Talvez você tenha pedido para que Deus lhe desse uma mansão nas Bahamas , mas você recebeu uma casinha em Ribeirão do Nunca;

Talvez você tenha pedido para que Deus lhe desse o dom de pastorear, mas você recebeu o dom de cura divina;

Talvez você tenha pedido para que Deus lhe desse uma conta bancária com um saldo de milhões, mas você recebeu a salvação da alma e a vida eterna!!!

Lembre-se, Deus, uma vez que outra pode não dar o que você pede, mas sempre dá o que você precisa!!!


Para ler mais poemas deste autor, [CLIQUE AQUI].

quinta-feira, outubro 18, 2007

Reportagem da Revista Graça destaca blog Poesia Evangélica


A Revista GRAÇA Show da Fé deste mês de outubro (número 99) traz uma reportagem sobre blogs evangélicos. "A fé viaja na rede" é o título da matéria, realizada pelos repórteres Marcelo Santos e Viviane Castanheira. E um dos blogs destacados na reportagem é o nosso querido Poesia Evangélica.
Parabenizamos a revista pela relevante e oportuna matéria, e agradecemos pela divulgação de nosso humilde esforço, que é feito por amor à obra de Deus, o qual tem nos guiado e suprido, direcionando-nos para os trabalhos a serem realizados, quer sejam grandes, quer pequeninos. Afinal, é Ele quem opera tudo em todos. A Ele seja dada toda a glória!
E registro aqui meu agradecimento especial ao repórter Marcelo Santos. Valeu, amado! A literatura evangélica agradece.
A Revista pode ser adquirida em qualquer filial da Igreja Internacional da Graça de Deus, ou através do site: www.ongrace.com

Um poema de W. H. Auden

Lutero

Tradução de José Paulo Paes

Consciência pronta a ouvir o ronco do trovão,
Viu o Diabo no vento, todo atarefado
Entrar em campanários, passar sob o vão
Da porta de freiras e doutos em pecado.

O desastre, de que modo evitá-lo, como
Aparar o espinheiro dos enganos do homem?
Carne, um cão silente a morder o seu dono;
Mundo, um lago mudo que os filhos seus consome.

O estopim do Juízo queimava em sua mente:
“Fumiga esta colméia de abelhas, Senhor:
Tudo – obras, Sociedades, Grandes Homens – mente.
O Justo viverá pela fé...” gritou, temente.

E quem, homem e mulher do mundo, o temor
Ou zelo nunca atormentou, ficou contente.

Nota: Embora o poeta e crítico inglês W. H. Auden não fosse um poeta evangélico, vale a pena publicar este texto excepcional aqui. E lembramos ainda que este mês, no dia 31 de outubro, comemoramos 490 anos da Reforma Protestante, iniciada por Lutero.

Fonte: www.profetaurbano.blogspot.com

segunda-feira, outubro 15, 2007

Dois poemas de William Vicente Borges


AMIGOTERAPIA

Em qualquer circunstancia
Comigo andas e me entendes.
Tuas mãos me apóiam quando
meus pés tropeçam e vacilam.

Quero te agradecer amigo
Por gastar tanto tempo comigo.
Por recolher minhas lágrimas
e gentilmente levá-las ao criador.

Nestes meus momentos de dor.
Onde até uma simples oração
Não consegue sair de meus
lábios tão feridos. Oras por mim.

Como é bom ser participante nesta
“amigoterapia” e também dar
o meu ombro como abrigo ao que
precisa tanto de compreensão.

Ter a facilidade de aceitar as
diferenças sem nada cobrar.
Ouvir os segredos mais íntimos
Sem jamais a alguém revelar.

Apenas estar junto.
Apenas ouvir.
Apenas compreender.
Apenas amar.

Jesus um dia disse aos
Discípulos: “Chamo-vos amigos.”
Será que nós entendemos
o que isso significa mesmo?

É uma dádiva esta amigoterapia.
Que muitos a possam praticar.
Para que este mundo seja melhor.
Quem sabe, tudo não pudesse melhorar.


QUERO VÊ-LO MAIS SENHOR

Quero vê-lo mais Senhor.
Vê-lo em cada pássaro que canta.
Vê-lo em cada brisa que refresca minha face.
Vê-lo no sorriso da criança que brinca.
Vê-lo em cada flor que perfuma a vida.
Quero vê-lo mais Senhor.
Vê-lo no nascer do sol que embala o dia.
Vê-lo no prateado da lua que inunda a noite.
Vê-lo no rosto feliz da pessoa amada.
Vê-lo no nascer da criança mais querida.
Quero vê-lo mais Senhor.
Mas principalmente quero vê-lo
mais em mim mesmo.
Quero vê-lo em meu falar.
Quero vê-lo em meu andar.
Quero vê-lo em meu agir.
Para que quando os outros
Olharem para mim
Possam, ao menos, ver
um pouco de ti.
Quero vê-lo mais Senhor.

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quarta-feira, outubro 10, 2007

Dois poemas de Glicério Montes


TEU PERDÃO

Nesta vida, o comodismo
representa um grande abismo.
Eu sei disso, meu Senhor.
Mas, contrito, enfim, me humilho.
És meu Pai; eu sou teu filho.
Oh, me livra, por favor!

As marés tempestuosas
nada têm do mar de rosas
que avistei num sonho lindo,
pois aos poucos, aos pedaços,
resumida a mil fracasssos,
minha vida vai ruindo.

Eis o preço, não me iludo,
de não ter levado tudo
ao Senhor em oração.
Hoje vejo tudo claro.
Sim, e além do teu amparo,
também quero o teu perdão.


O MUNDO JAMAIS FOI O MESMO

Em tempos distantes, um jovem
pregava aos judeus
mensagens que ainda comovem
e levam milhões a Deus.
Às praias, aos montes e vales,
muitos iam lhe rogar:
Queremos, Senhor, que nos fales
desse amor sem-par!
E tantos que andavam a esmo,
desde então ele conduz.
O mundo jamais foi o mesmo
depois de Jesus.

Um dia, mandaram prendê-lo
em Jerusalém,
e os guardas foram com zelo
cumprir seu dever, porém,
voltaram sem ele, dizendo:
Nunca alguém falou assim,
de um jeito tão lindo, tremendo
e tão meigo, enfim!
Ninguém tem amor tão profundo
como o desse galileu.
Palavras tão sábias o mundo
jamais conheceu.

Para ler outros poemas deste autor, [CLIQUE AQUI].

sábado, outubro 06, 2007

Dois poemas de João Tomaz Parreira


A SEGUNDA VINDA

Ele levará os nossos medos
como um ladrão a meio da noite
como um rio que leva
nossos reflexos
A escuridão cairá gota
a gota dos nossos olhos
algures na areia do deserto
a forma de um meteoro
apontará para um céu remoto
e as pedras acordarão do sono
no interior das grutas
as coisas caem ao lado, o centro
já não as atrai
Este mundo já não será para nós.


O QUE VIU A MULHER DE LOT

A terra não acolheu
o repouso da mulher de Lot: de pé
ficou de pé a emergir
das ínfimas moléculas de sal
o sonho branco
afundado no silêncio
não houve manhã seguinte, nem
o emergir da alva.

11/8/2007

www.papeisnagaveta.blogspot.com

segunda-feira, outubro 01, 2007

Um poema de Mário Barreto França



VEM CONOSCO!

Amigo, nossa gente
É simples como a choça de Belém;
Mas Jesus, nosso guia, vai na frente;
Vem, vem conosco e te faremos bem!

Se é grande a tua luta;
Se não consegues nada de ninguém,
E a tua própria casa não te escuta;
Vem, vem conosco e te faremos bem!

Se a existência madrasta
Entre angústias e mágoas te mantém,
E tu mesmo descrês de tudo, basta!
Vem, vem conosco e te faremos bem!

O mundo é sempre ingrato;
Por mais que faças, nada lhe convém,
A não ser explorar-te; sê sensato!
Vem, vem conosco e te faremos bem!

Se os homens e as mulheres
Na glória humana te olham com desdém
Ou te perseguem, nunca desesperes!
Vem, vem conosco e te faremos bem!

Se tu sofres ainda
Pela renúncia pérfida de alguém;
Na crença tu verás que a vida é linda!
Vem, vem conosco e te faremos bem!

Então, no mundo vário,
Tudo o que é bom e puro sobrevém
Àquele que se abriga no Calvário;
Vem, vem conosco e te faremos bem!

***

Amigo, nossa vida
Começa no presépio de Belém
Onde Deus-Revelado te convida:
- Vem, vem conosco e te faremos bem!


do livro Primícias da Minha Seara
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