Juan Gris
Foge o Tempo Coisa estranha me acontece
Fico aqui a meditar
Porque o relógio das horas
Gira horas num piscar
Do jeito que a coisa anda
Você não se espante não
Se de manhã você planta
E a noite já colhe o grão.
Sem ritmo, sem pausa
Num louco pulsar
O tempo, sem contratempo
Parece não vai parar
Dia nasce, dia morre
E eu mal posso acompanhar
O correr alucinado
Do calendário lunar
Na virada da semana
Não dá nem pra reparar
Se é sexta ou segunda-feira
Só vejo o domingo passar.
Já é hora de dormir
Hora de dormir já?
Mal me deito, já levanto
Pra de novo me deitar.
Chego a ficar mesmo tonta
Com tanta abreviação
E já não mais faço conta
Se é inverno ou verão
Ao fazer assim, poesia
Posso por força parar
E o disparar louco do tempo
Não pode me atropelar
Não posso compreender
Toda essa alteração
Ou mudou o seu compasso
Ou será só impressão?
De toda coisa que faço
Tenho mesmo a sensação
Que muito do tempo gasto
Já passou de antemão
Talvez porque sem sentido,
Não vejo a hora passar,
E tenho então por perdido
O tempo que não vai voltar
Quem sabe se a cada marca
Do ponteiro eu conquistar
Algo de novo na vida
Tudo ao normal voltará
No girar vertiginoso
Horas e minutos se vão
Meu coração bate ligeiro
Apressado em aflição
Se não é o meu amado
Que me espera logo mais
Com certeza eu queixaria
Deste tempo tão fugaz
Tudo sentido alcança
E as horas não contam não
Quando fico meditando
Nas obras de tuas mãos
Dias, semanas e meses
Anos e anos também
Vão passando sem descanço
E nenhum sentido tem
Apenas pra mim que te amo
E vejo este tempo passar
Anseio ver neste ano
Um outro depressa chegar
Cada dia é um a menos
E chega a dar aflição
De encerrar logo esse tempo
Esperando a salvação
Minha ansiedade, se vê
É o tempo depressa passar
Pra logo bem depressinha
Com Jesus poder ficar
E aí, na eternidade
Não importa o tempo não
Que felizes para sempre
Alegria gozarão!
Por falar agora em tempo,
vou por aqui encerrar
Essa prosa tão comprida
De nunca mais acabar
Logo acima o derradeiro verso
Pra dizer assim adeus
A você que gastou tempo
Mas nada comigo aprendeu!
Fogo e Água
Fogo que lambe
Fogo que incendeia
Fogo que rastreia
Por todo o meu ser
Águas claras
Águas cristalinas
Fogo que ilumina
E que me faz arder
Chama viva
Que queima e não consome
Eu sei qual é Teu nome
E agora vou dizer
Fogo e água
Chama e ardor
Teu nome é Deus vivo
Teu nome á amor
Aquele que diz amar Deus e não ama a Seu irmão é
mentiroso.
Um comentário:
Que belo trabalho, um reflexivo poema sobre a correria da presente Era. Deus te abençoe!
http://omacrostico.blogspot.com.br
Postar um comentário