quarta-feira, abril 27, 2022

O Cerrado secou?!, poema de Silas Figueiredo Nunes


 O cerrado secou?!


Terra muy seca,

Cascalhos habitam o meu coração.

Calor a beça, galhos tortos, peno nessa insolação.

.

Semente lançada a sorte,

Não sou robusto, médio porte.

Suportando a faísca da morte,

Felizmente não passei pelo corte.

.

Sofrendo na sequidão,

quieto, quebro e choro;

Por apenas uma gotícula 

de salvação!

.

Árvore de casca dura,

folhas secas ao vento.

Orvalho pode ser a cura.

A espera do alento.

.

O Criador de mim não esquece,

O guardião manda torrentes de paixão.

As raízes se firmam, engrandece.

Brotos, flores e frutos da renovação.

.

Secou a sequidão.

O amor inundou.

Alagou o coração.

E o Cerrado abundou!


Um comentário:

Touché disse...

Tem uma poesia que diz : "Não ignore a força da natureza. Ela reage em legítima defesa.". é isso. Abração.

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