segunda-feira, outubro 21, 2024

Ele não prevaleceu - Poema de Elizabeth Fischbacher



 Ele não prevaleceu ... Gn. 32:25

Era noite. O patriarca estava completamente só.
De repente, nessa apavorante solidão,
Aproxima-se um homem - inesperadamente - um desconhecido,
De suas intenções, nada se sabia.


Logo estavam os dois face a face,
Homem contra homem - num acirrado combate,
Nenhum dos combatentes cederia um milímetro,
Eles lutaram até que das estrelas se enfraqueceu a luz.


Foi o Estranho quem lho atacou,
Mas foi o próprio Estranho quem ficou tão firmemente preso.
Ele não tinha opção, senão admitir Sua deficiência,
Era como alguém que suplicava, alguém que por Sua liberdade implorava.


Mas Seu oponente não O deixaria partir,
Exceto nas condições que ele mesmo impusera:
Uma bênção desejava ele receber, e ele precisava saber
O nome daquele Estranho para atender Sua súplica e dar-lhe a libertação.


Duplamente contrariado o Estranho estava,
Por tal oponente feito do barro comum!
Seja qual fosse a Sua nobre causa,
Qual dos dois valentes perderia esse conflito?


Retém o julgamento, vê o patriarca retirar-se!
Ele está encurvado, não pode mais manter-se ereto!
Um homen quebrado, manco, quem o poderia admirar?
São esses os traços de vitória?


Observe bem o que ele diz: "Vi Deus face a face."
Aquele Estranho, poderia ser
Que Ele, tão familiarizado com a desgraça,
Era Deus - o mais estranho de todos os estranhos-Ele?

Sim, o próprio Deus em Seu Filho revelado.
Seria o que vimos uma simples encenação,
Uma ilustração através da qual os mistérios celestiais
Poderiam ser desvendados para a terra?


O Filho de Deus, para satisfazer o desejo do Pai,
Tornando-se o Filho do homem, sobre a terra foi achado
Em ato e verdade um Homem, na verdade Escravo,
O Senhor da criação preso pela criação.


Tão verdadeiros foram os resultados de Sua vida
Unido ao homem, não foi um ato vazio
Quando o Filho do homem, preso ao homem num terrível combate,
Permitiu-se a Si mesmo ser vencido; este foi um fato.


Mas o homem, triunfante pelo mero poder humano,
Por aquele mesmo poder foi totalmente libertado.
O Filho de Deus sucumbiu, mas na hora de Sua tristeza
Do homem para Deus um príncipe, um Israel, conquistou.


Embora, uma vez estranho, não é mais estranho,
Embora sobre o homem não pudeste prevalecer,
Nós Te devemos, Senhor, adoração e louvor,
Bendito sejas, Filho de Deus! Bendito sejas Filho do Homem!

Bendito sejas!

 
Campo de Concentração Japonês Xangai, China, 17 de janeiro de 1944

Via 
http://www.amen99.com/khway/khwaybr/emag/ccpoem.htm

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