A BATALHA DE DEUS
Do alto dos céus Deus
brada.
Sua voz é como o som de
muitas águas.
Seus gestos são como
ventos terríveis
Que varre seus inimigos
para o nada.
Essas metáforas, tão
presentes
No Velho Testamento,
Nos faz lembrar do poder
de Deus.
Mas quando Ele se encarna
e sua vida é vista,
Nas ruas, nas praças, no
mercado,
Nas casas e até no templo,
O que se percebeu foi a
Sua doce voz,
A Sua verdade proclamada
em amor,
Seus abraços desfazendo a
dor,
Seu olhar repreendendo o
inimigo,
Sua fala de acusação à
hipocrisia,
E a alegria do convívio,
especialmente,
Na presença daqueles que,
por perto,
Ninguém queria.
O Deus Pai no Velho
Testamento
É o mesmo Pai de Jesus
Cristo no Novo.
Mas, o Pai mesmo usou
profetas para dizer
Que um novo tempo viria,
Que o coração de pedra dos
homens,
Por coração de carne
trocaria.
E em leito de morte Davi
profetizou:
Haverá um justo que domine
Sobre os homens no temor
de Deus,
E será como a luz da
manhã,
Quando sai o sol, na manhã
sem nuvens.
A guerra declarada de Deus
sempre foi
Contra o Diabo, o mundo, o
pecado
E as vontades da natureza
caída, ruim,
Que, desde Adão habita os
homens.
Hoje, vivemos em constante
batalha,
Mas, a guerra está
vencida,
Exatamente porque Ele se
fez gente
E habitando entre nós
revelou-nos
O caminho a seguir.
A partir da sua morte,
Ressurreição e ascensão
Temos esperança eterna.
A glória do Pai nos
garante vitória.
Foi através do Amor
Que Ele nos conquistou
E nos sentimos livres
Sendo escravos desse
Senhor.
DEUS DE MADRUGADA
Deus está quando ninguém
vê,
Quando ninguém sente,
Enquanto a cidade dorme,
Enquanto, debaixo dos
lençóis,
O corpo se encolhe.
Deus está enquanto o mundo
gira,
Diante da densa treva,
Durante o medo do sozinho
Deus cria a luz.
Mesmo enquanto da tragédia
Pela fresta fina que
resta,
Deus, sobriamente, vê,
Vela, vigia, Ele está.
Na tarde morena,
Na manhã pequena,
Na noite sombria.
Deus não perde o controle
de nada.
Nem dos barulhos da
passarada,
Nem do corre-corre do
meio-dia,
Nem do tilintar dos copos
Na madrugada.
Deus vê. Deus está. Deus
é.
E segurança tem quem lhe
confia a vida.
Aquele é o Seu pastor
E este não precisa de
nada.
POESIA DO NATAL
Hoje é 26 de dezembro
E, pelo que me lembro,
Deus nasceu em Belém.
Não do Pará, mas da
Judeia.
Ninguém sabe a data.
Dizem, que foi dezembro,
Aqui no ocidente.
Mas, no oriente,
Dizem que foi abril.
Mas, para os da cultura
semita
Não existe nem dezembro,
nem abril.
Entendem que foi no
Mês de abib (ou nissan),
Mês em que se colhem
Os primeiros frutos.
Naquele mês
Foi quando o menino,
Pela primeira vez,
Chorou entre os humanos.
A gente que só sabia que
Deus tinha um texto,
Depois desse evento,
A sua voz foi ouvida.
Primeiro dentro de casa
Onde aprendeu a falar,
Ler e escrever com Maria.
Começou a ler o Tanack,
A Bíblia que o judeu lia.
E depois, sua voz foi
sendo ouvida
Na rua, na praça, na
feira,
No mercado, nos caminhos,
E até no templo, às vezes.
E ainda hoje, Ele fala.
E quando isso acontece
O coração se aquece
E a pessoa sente
Uma coisa diferente.
Então o Natal não é uma
data,
Mas a entrada de Deus,
Através da sua encarnação,
Na história do crente.
Hoje é 26 de dezembro
Aqui no ocidente,
E ainda hoje, Deus está
Nascendo, falando,
convertendo
Muita gente que
Agora mesmo está crendo.
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