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Bendito Pão
Ao cair em mim, lembrei-me
De onde saí e de onde eu vim.
Sobrava pão, a fome logo ia embora.
Todos nutridos e bem servidos diziam:
Que homem bom é o nosso senhor!
Bendito pão, bendito patrão.
Por ser generoso tem provisão.
Não falta, até sobra...
Este é o segredo da multiplicação!
Na minha mesa sobrava.
O pão não era problema.
Hoje a fome me devora.
Falta pão, meu estômago chora!
Não tenho outra saída:
Voltar é a melhor escolha.
Tomei o caminho de volta,
Cheguei à casa do pão.
A mesa foi preparada.
Que bom estar onde tem coração!
Pão de trigo. Pão de amor,
Pão de carinho...
Pão de um pai que deixa o filho que saiu,
Voltar para o seu ninho!
Radiografia da Alma
Cheguei agora do campo.
Ainda não entrei;
A casa está cheia,
O clima é de festa.
Minh’alma vazia,
Sem brilho, sem graça, dizia:
Que música é essa?
Teu irmão voltou!
Todos celebram;
A minh’alma chora.
A inveja se apresenta, e me diz:
Chegou a tua vez; vai embora.
Atrás de mim, logo percebo
A presença daquele que me gerou.
Há um brilho em seus olhos,
Enquanto minh’alma reclama,
A dele festeja, canta e, de alegria, chora.
Vamos, meu filho.
A festa reclama sua presença.
Vença a mesquinhez,
Pise no orgulho,
Despreze a inveja,
Deixa a luz entrar em tua alma.
É tempo de alegria, júbilo e festa.
Não sei se entro ou vou embora.
Perdi o rumo, estou sem graça.
Sei que preciso entrar,
Mas não consigo aceitar.
A festa não é minha.
Eu prefiro aqui fora esperar.
Filho, tudo o que é meu lhe pertence.
Entrar ou não, você decide.
Se escolher aqui fora ficar,
Uma marca você vai deixar.
“Quem não vence a inveja,
Torna-se um escravo da mediocridade!”
Extraídos do livro “Poderia me vingar, preferi abraçar”, Pr. Josué Gonçalves, Editora Mensagem para todos
Via site da Igreja Batista do Braga
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