sábado, agosto 29, 2009

Dois poemas de Ida Mae Hays

*

Minhas Mãos

Nasci com duas mãos...
Mãos simples.
Mãos úteis.
Mãos talentosas.
Mãos expressivas.
Mãos singulares.
Deus me deu duas mãos...
Porque duas mãos?
Para que duas mãos?
Quando usá-las?
Onde usá-las?
Como usá-las?
Parei, contemplei minhas mãos e
meditei...
Estão ajudando aos outros?
Estão servindo diariamente?
Estão trabalhando em qualquer lugar?
Estão expressando amor?
São dedicadas a Deus?
Ó Senhor, eis aqui as minhas mãos!



Alguém

Andei na multidão...
Senti-me só.
Ninguém me ajudou.

Cheio de problemas,
Desentendimentos,
Desapontamentos,
Tristezas.
Andei procurando ajuda...
Mas ninguém quis me ajudar.
Nem amor cristão encontrei.

Anos passaram...
Os fardos tornaram-se mais pesados.
Tropecei, caí, levantei-me.
Tropecei, caí, levantei-me de novo.

Achava que os amigos podiam ajudar;
Sim, e os colegas de trabalho;
E outros desconhecidos.
Mas nenhum deles estendeu-me a mão.

Andei na multidão...
Ainda senti-me só,
Mas, um dia, um rosto apareceu,
Alguém para me ouvir,
Alguém para me ajudar.

Os fardos caíram dos ombros,
As tristezas se tornaram em alegrias.
E eu encontrei paz no coração.

A multidão não tem rosto,
Nem sentimentos,
Nem personalidade,
Nem amor.
Ninguém tem nome.

Mas eu encontrei alguém.
Alguém tem nome,
Ouvidos para ouvir,
Coração para amar.

Fonte: Revista Visão Missionária - Editora UFMB - Jan-Mar de 1984

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