terça-feira, novembro 01, 2011
Dois poemas de Marcos André
QUANDO TE ACHEI
Na noite em que todos estavam indo
você estava chegando.
Quando perdi tudo
voce me deu a tua mão.
Mas eu quase não a enchergava
e por pouco não a perdi.
Os falsos amigos me abraçaram,
mas você me exortou.
E muitas vozes me coagiam
Tudo me parecia dizer algo,
porém nada era de confiança.
Mas aos poucos nos conhecemos
e você me ensinou a não ouvir as vozes.
Para cada voz você refutava.
Até as dos falsos amigos...
Muitos deles eram como Uzá para mim
colocando a mão onde não deviam
e pensando que me ajudavam.
Mas todos se foram.
Todos e tudo falavam ao mesmo tempo.
As vozes em casa mandavam separar,
mas você mandava entender.
Você mandou sorrir e eu queria chorar.
As vozes na rua mandavam eu me vingar
mas você mandou eu ajudar.
Tinha vozes no carro que mandavam eu pizar,
mas a tua voz me disse pra acalmar.
Até o dia em que todos se foram
tanto os bons como os falsos amigos.
Nesse dia eu te vi de perto.
Não tinha mais ninguém ali.
A última amiga que saiu
deu um sorriso, fez um pedido e partiu
seu coração parou e ninguém a trouxe de volta.
Mas você estava lá, ai eu te conheci melhor.
Quando todos se foram você ficou.
Quando tudo ficou escuro e vazio eu só tinha você.
Quando só me restou você eu descobri.
Que você era tudo que eu precisava!
Te amo meu Deus.
Quero Uma Armadura Nova
Cansei na luta, o fôlego me falta
Tenho que trocar essa armadura
Os sentidos vacilam
Essas peças não aguentam outro combate.
Meu escudo que levantei em tantas lutas
Agora está todo rachado
Minha fé fraqueja nessa guerra.
Preciso de um pouco de Paz.
O capacete amassou todo
pela violência dos golpes.
A salvação é a única certeza que me resta.
Estou fraco e abatido.
Rasgaram minha couraça
como folha de papel.
Assim eu vi minha justiça posta a prova,
pelas dúvidas que levantaram sobre mim.
As sandálias perdi em algum lugar
no meio dessa guerra.
Já não tenho saído para lugar algum
no terreno do inimigo.
O cinto que prende essa armadura
ainda está firme.
Porque ainda ando na verdade
por isso não perdi o que sobrou dessas peças.
Vou orando, caminhando e chorando,
quase sem forças, quase sem vida.
No frio da noite, com os olhos cansados
É preciso lutar, sobreviver mais uma noite.
Mas a espada ainda está comigo,
de tanto que lutei, grudou-se em minha mão.
Nessa noite vigiarei a chegada do inimigo
ainda tenho a Palavra, ainda tenho a oração.
Pela manhã comparecerei à presença do Rei,
Beberei do cálice de sua mão,
Comerei do pão partido em sua mesa
e receberei do meu Rei uma nova armadura.
E lutarei mais uma batalha.
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Um comentário:
Obrigado abençoado por colocar uma parte do meu trabalho no teu espaço, Deus te abençoe ricamente.
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