FAMÍLIAS QUE VENCEM
Benditas são as famílias que apreciam das horas o movimento,
o tempo que juntos passam no sorriso do contentamento
Ou à espera de uma longamente desejada libertação.
Grandes são as famílias que aprenderam a arte de juntos sonhar,
Sabendo que o melhor que podem pelo outro fazer
é diante do medo o seu progresso estimular.
Santas são as famílias que cultivam acreditar
Que Deus em seu alto pensamento quer
De cada um e de todos (e)ternamente cuidar.
Felizes são as famílias que vencem no padrão
De Jesus Cristo, onde não há nenhuma competição,
Porque o sucesso de um é do outro complemento.
Seus laços de sangue a história de vez não corta
E a geografia, mesmo sinuosa, não é distância que importa.
São heranças vivas mantidas pela paixão.
São desejos perenes protegidos pela oração.
Vencedoras são as famílias que se portam assim:
Se chega a doença, o desvelo permanece à porta.
Não desistem se o desvio a algum tristemente toca.
Acompanharão, cuidarão e amarão até o fim.
O PERFUME DA CRUZ
Do pomar das muitas frutas plantadas
para conhecimento e nutrição
escolheu o homem a única indevida
para selar sua partida
e deixar clara sua rejeição
à palavra divina que traz plena vida.
Seu pecado não foi escolher a liberdade:
livre já o era no nascimento.
Seu crime foi escolher a prisão,
seduzido por um sorriso de fingimento
deixado depois da tentação
na senda solitária do sofrimento.
Mas Deus, que o verbo da desistência
não conhece e não conjuga em seu coração,
fez nascer no pomar da primeira existência
a planta pequena da paz,
a que desabrocha em forma de reconciliação
e de inimigos amigos fieis faz.
Ao longo dos milênios dos dias havidos
uma semente germinava aqui
para ser morta ali
e não dar o fruto da restauração,
o único que, comido, vida faz produzir
e transforma o desencontro em comunhão.
Na plenitude dos milênios tristes transcorridos,
do alto de um monte fora da cidade
arrebenta sobre as pedras uma flor.
Tem a forma de uma cruz.
Tem a força de uma cruz.
Tem o peso de uma cruz.
Ela suporta a forma de um homem.
Ela guarda a força de um homem.
Ela resiste ao peso de um homem.
Nela, o homem justo vindo do céu é cravado
por homens que não sabiam o que faziam.
Não lhes importa que o seu sangue jorre.
(Não passa ele de um dócil animal de sacrifício.)
Não lhe interessa que o sol forte torre
o seu corpo, com uma luz firme e um pesado calor.
Melhor será quanto maior for a sua dor.
A cruz, não parece, mas é Deus em ação.
Cheia quando espoucava a luz do dia,
mas, quando a noite se punha, vazia,
a cruz tem raízes fundas no chão,
que se espalham até o túmulo da ressurreição,
Tem raízes que atravessam a nuvem sombria
diante das testemunhas tantas da ascensão.
Como os homens que olharam, no deserto,
para a haste de metal e foram perdoados,
podemos olhar para ela e receber o abraço
em que Deus nos mostra quem somos: filhos amados.
A cruz, com a ressurreição, é o Pai perto.
A cruz é a cesta de aromas sobre nós lançados
para da culpa nos livrar até o último traço.
O CONVITE DE JESUS
Não quero crianças silenciosas na igreja;
que corram, desde que conosco estejam;
sua presença é brisa saltitante que bafeja
a renovação da vida que o Pai sempre dá.
Não quero caras feias diante do choro
dos bebês, que não é escandaloso
como a melodia que estala do dedo raivoso
de quem, crescido, só quer "disciplinar".
Quero uma igreja que seja amplo lar
para as que, não tendo em quem se apoiar,
amadas, se sintam livres para desejar,
amando como eu gosto: até o fim.
Não quero uma igreja em que o martelo
esteja na mão para quebrar.
Quero uma igreja que seja castelo
onde todo garoto possa se abrigar.
Quero uma igreja que, se tiver labirinto,
seja só de brincadeira para a menina brincar.
Deixem vir os que não têm pressa.
Que a religião não os impeça
de participar felizes na festa
do Reino que vim inaugurar.
Venham, pequenos, vou lhes contar uma história
do jeito que minha mãe me contava:
"Era uma vez um pai que ao seu filho amava.
Assim mesmo o menino decidir ir embora.
Pensam que o Pai deixou de aguardar sua volta?
Depois de muitas noites, em que o Pai o esperava,
o rapaz chegou. Cheio de medo, mal andava.
E o Pai o recebeu tão gostoso com um banquete
que não durou só um dia, mas toda a madrugada".
que corram, desde que conosco estejam;
sua presença é brisa saltitante que bafeja
a renovação da vida que o Pai sempre dá.
Não quero caras feias diante do choro
dos bebês, que não é escandaloso
como a melodia que estala do dedo raivoso
de quem, crescido, só quer "disciplinar".
Quero uma igreja que seja amplo lar
para as que, não tendo em quem se apoiar,
amadas, se sintam livres para desejar,
amando como eu gosto: até o fim.
Não quero uma igreja em que o martelo
esteja na mão para quebrar.
Quero uma igreja que seja castelo
onde todo garoto possa se abrigar.
Quero uma igreja que, se tiver labirinto,
seja só de brincadeira para a menina brincar.
Deixem vir os que não têm pressa.
Que a religião não os impeça
de participar felizes na festa
do Reino que vim inaugurar.
Venham, pequenos, vou lhes contar uma história
do jeito que minha mãe me contava:
"Era uma vez um pai que ao seu filho amava.
Assim mesmo o menino decidir ir embora.
Pensam que o Pai deixou de aguardar sua volta?
Depois de muitas noites, em que o Pai o esperava,
o rapaz chegou. Cheio de medo, mal andava.
E o Pai o recebeu tão gostoso com um banquete
que não durou só um dia, mas toda a madrugada".
Fonte: Prazer da Palavra
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