quinta-feira, julho 14, 2016

Três poemas de Maria Ignez Menegatte


No Hospital: Aos meus irmãos que se encontram enfermos

No silêncio da manhã,
Aquele coração descansa,
Forçosamente quieto
À espera de um milagre.
Nada a fazer, nada a reter,
Apenas confiar, crer e se entregar.
E nas asas da esperança
Se transportar, voar,
Permanecendo no mesmo lugar.
Ali está um ser sem vigor,
Enfermo, dependente
Mas, acima de tudo, um crente
No Salvador e Senhor Jesus.
Tendo a fé por companheira,
Entre o alívio e a agonia
A esperança como acompanhante fiel
E o consolo do Santo Espírito
O remédio que vem do Céu.



Pela Fé


Ao Monte Moriá
Subia o Pai Abraão
Levando Isaque ao altar
Oferta de maior valor.
Silencioso, pensativo,
Sem entender o porquê
De Iavé requerer
Isaque como sacrifício.
Abraão obedece
E caminha monte acima
Pois a obediência ao Pai do Céu
Não conhece interrogação
Ela é sempre uma resposta
A uma determinação
De alguém que pode tudo
Tudo vê e exige fé.
Abraão sabia disso,
Vivia a esfera dos céus,
Caminhava ao encontro de Deus
Com um filho que já não era seu.
Levando um “riso” como sacrifício
Pra alegrar o próprio Deus.
Deus honrou tamanha fé
E Isaque devolveu a seu pai,
Um homem que obedeceu.
E do Monte Moriá,
Um novo Abraão desceu.



Uma Chave Mestra

Perdão...
Preciosa palavra
Que conforta, anima,
Abre portas, aproxima
Desfaz o mal-entendido
E liberta o sorriso represado.
Perdão
É uma decisão
Que conduz braços a um abraço
Destranca punhos cerrados
Encurta distâncias,
Preenche vazios.
O perdão
Faz o pródigo voltar
O lugar à mesa ser preenchido
O pão voltar a ser repartido
E a felicidade inundar corações.
 
O perdão
é uma chave mestra
Que pode abrir salas diversas
E fechar muitos porões.


Via Prazer da Palavra

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