domingo, maio 02, 2010

Dois poemas de Aroldo de Souza Chagas

*

O céu do céu

Árduo
e estreito
É o caminho
Que leva ao céu.

Mas
Os que persistirem
Vencerão e chegarão
ao grande pátio.

E estarão
Entre vozes de arcanjos
no imenso Alpendre
Ao redor do Espírito.

E reencontrarão
O abraço afetuoso
E as palavras adocicadas
do Filho amado.

E depois se assentarão
Diante do trono
Aos pés do Pai
Para ouvir
suas divinas histórias.

E se alegrarão
Sem culpa
Num tempo
Infinito de paz.

E do jardim indiviso
Com o olhar radiante
Próprio das crianças felizes,
Contemplarão as cores jamais vistas
do céu do céu.



Homilia

Vai batendo, vai pregando
Repreende martelando
O mentor do desengano

Seu martelo escarcéu
Verga letras feito pregos
Só penetram no chapéu

Falta o verbo divinal
Falta o óleo
Falta o nó essencial

Entretido, entremeio o alguém
Jaz alheio na fronteira do altar
Até quando no alhures do amém?

Visite o blog do autor: http://jimdasselvas.blogspot.com/

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