quarta-feira, novembro 08, 2006

Um poema do teólogo Karl Barth

Durante minha vida, tenho lido centenas de milhares de textos. Sempre tive a mania de ler tudo o que me vinha às mãos, principalmente quando mais jovem. Mas foram pouquíssimos, com certeza, os textos que sequer se aproximaram, em beleza e luminosidade, a este que transcrevo abaixo, escrito pelo teólogo protestante Karl Barth. Julgue você mesmo, leitor:


O AMOR AO PRÓXIMO

O amor não é Eros, que sempre cobiça, mas Ágape, que jamais acabará.
A novidade, a originalidade do amor é ele não participar do círculo vicioso
que vai do mal ao mal e da reação à revolução.

O amor é "justiça equalizadora eterna" (Kierkegaard),
porque a ninguém justifica segundo o próprio desejo;
O amor edifica a comunidade porque unicamente procura comunhão;
O amor nada espera porque já atingiu o alvo;
nada procura, porque já encontrou;nada quer porquanto já realizou;
nada pergunta, pois já sabe;
não luta porque já venceu.
O amor não contradiz e, por isso, não pode ser refutado;
não concorre e, portanto, não é vencido;
não busca decisão e, conseqüentemente, ele próprio é a decisão.

O amor destrói os ídolos
porque não cria outros.

Karl Barth


Texto extraído do site da União Missionária Brasileira (Visite: www.umbet.org.br)

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