sexta-feira, dezembro 28, 2007
Um poema de Ivone Boechat
ORAÇÃO DE ANO NOVO
Senhor,
resplandece o fulgor do
Ano Novo.
Expectativas, mistério, perguntas,
ansiedades,
fazem da festa um mundo
de curiosidades.
Há, por toda parte, calendários,
previsões orçamentárias, planos de vida,
mas só tu sabes, Senhor, o que há de vir.
Neste instante de novidades e de abraços,
nesta hora de promessas e possibilidades,
dá que eu sinta o Teu poder e a Tua paz,
abrindo clarões no escuro da incerteza.
Senhor,
que nem mesmo a iminência da morte,
da despedida,
quando a dúvida rondar minha morada,
possam abalar-me a fé.
Que eu tenha vigor, paciência, perseverança,
pra recriar nas lições do desencontro,
e que eu sinta vontade de seguir em frente,
sempre que as circunstâncias me detiverem.
Senhor,
transporta meu pensamento
para os enlevos da vida,
fazendo-me contemplar
as visões de um novo mundo.
Renova minhas forças,
unge meu caminho,
abençoa o desdobrar
da página de cada dia.
Neste Ano Novo, Senhor,
habilita-me
para ser digna de entender
as missões da Tua obra,
iluminando-me cada passo.
Nas dores, que eu O encontre,
nas orações.
quinta-feira, dezembro 27, 2007
Dois poemas de Vítor Carvalho Ferolla (V. Carlos)
Pequeno intervalo
É esse ar tão puro,
e esse vento úmido.
O sol tão brilhante,
com nuvens distantes.
É esse amor que une,
e essa fé que vence.
O seu rosto aprecio,
com traços macios.
É essa vida linda,
e essa paixão nela.
O viver a graça,
com alegria sincera.
É nisso que eu espero,
nesse prazer tão belo.
Ao infinito caminho,
pois agora sou eterno.
Tudo passa, mas o amor prevalece.
Passa a noite,
Vem o dia e para onde foi
Minha alegria?
Estou cansado disso tudo,
Tudo disso que eu sinto,
Pois pensei que amor existia,
Só havia um abismo
Se um abismo atrai outro,
Cada vez maior o tombo.
Quem poderá me livrar?
De morrer eternamente?
Existia um amor maior.
Será? Não! Ainda existe.
Necessito levantar um clamor
Revolucionar o que eu vivo.
Como conseguir viver,
Se assim não existo?
A vida é simples
Complexo sou eu que insisto.
Por que lutar contra o amor?
Que me mostra o Caminho?
Pareço tolo quando quero provar,
Que amor não existe,
É como negar o que sinto.
www.amandoaoproximo.blogspot.com
sábado, dezembro 22, 2007
Um poema de Mario Barreto França
Mensagem de Esperança
Sob o pálio da abóbada estrelada,
Guardando os seus rebanhos, os pastores
Erguiam para os céus os seus louvores,
Nas asas da alegria alcandorada.
Na vigília da noite, a revoada
De um coro de anjos, em canções e flores,
Transmite aos corações dos pecadores
A mensagem bendita da alvorada.
Glória a Deus nas alturas! Paz no mundo!
Boa vontade aos homens, na aliança
Dos sentimentos, para o bem fecundo!
E os pastores, seguindo a doce luz,
Vão guiando os rebanhos da esperança
Para o aprisco tranqüilo de Jesus.
Para visitar um blog contendo mais poemas de M. B. França, [((cLIqUe AqUi])).
Sob o pálio da abóbada estrelada,
Guardando os seus rebanhos, os pastores
Erguiam para os céus os seus louvores,
Nas asas da alegria alcandorada.
Na vigília da noite, a revoada
De um coro de anjos, em canções e flores,
Transmite aos corações dos pecadores
A mensagem bendita da alvorada.
Glória a Deus nas alturas! Paz no mundo!
Boa vontade aos homens, na aliança
Dos sentimentos, para o bem fecundo!
E os pastores, seguindo a doce luz,
Vão guiando os rebanhos da esperança
Para o aprisco tranqüilo de Jesus.
Para visitar um blog contendo mais poemas de M. B. França, [((cLIqUe AqUi])).
Um poema de Madame Guyon
Um Pássaro na Gaiola
1. Sou um passarinho, sem campos sem ar
Na minha gaiola sento-me a cantar
Para Quem aqui me aprisionou.
Bem satisfeito prisioneiro sou
E assim, meu Deus, quero te agradar.
2. Aqui, nada tendo para realizar,
Todo o longo dia só posso cantar.
As minhas asas Ele amarrou,
Mas o meu canto muito O agradou,
Inda se curva pra me escutar.
3. Tu tens paciência para me escutar,
E um coração pronto para a mim amar.
Gostas de ouvir meu rude louvor
Pois sabes que o amor, quão doce amor!
Inspira todo esse meu cantar.
4. Preso na gaiola não posso sair,
Mas minha prisão não pode me impedir
A liberdade do coração
Que sempre voa em Tua direção,
Minh´alma livre, a Ti vai se unir.
5. Oh! Que gozo imenso poder me elevar
Para as alturas a Ti contemplar.
Tua vontade e desígnio amar
Minha alegria neles encontrar,
Livre, em teus braços me aconchegar.
Para saber quem foi Madame Guyon, [CLIQUE AQUI]
segunda-feira, dezembro 17, 2007
Um poema de Rosana Steimbach
Stop!
Desligue o som e ouça
Ouça o som da criação
Ouça o ruído da expectativa
Desligue a pregação e ouça...
O clamor da alma sedenta...
O barulho das cidades
A sede da criação
Os ônibus as arvores, cada detalhe...
Com grande expectativa, cada um com seu ruído.
Um sorriso, um pranto,uma conversa, o som do beijo, o vento do abraço.
Não é possível sentir, não é possível ouvir, se não tirarmos o fone de nossos ouvidos.
Como nos ouvirão?
Para sermos ouvidos precisamos primeiro ouvir
o som da necessidade que ecoa em todos os cantos.
Não é possível abraçar os doentes sem antes sair da sua área de conforto.
Para ouvir precisa-se estar em silêncio,
que som você quer ouvir?
Se continuar parado aí certamente ouvirá o som que quer ouvir
e não o som que precisa ouvir.
Qual é o som que Jesus ouvia?
Preferia ele uma tenda em cima do monte ou
um lugar no coração da multidão?
Onde ele estava, onde estava sua atenção?
Na pregação dos templos ou no coração do Pai através dos famintos?
Ouvimos o que queremos, o que queremos determina
onde chegaremos, só chegaremos se quisermos,
só seremos fartos se estivermos sedentos,
só ouviremos se estivermos em um silêncio de despreocupação conosco mesmo.
Visite a página da autora: www.vamosparaoleve.blogspot.com
Dois poemas de Josué Ebenézer
O CHAMADO
A Cleir Gonçalves dos Santos
Uma voz. De onde vem?
O pequeno Samuel não sabe.
É diferente, soa grave, forte.
E o discurso que contém
É conteúdo que não cabe
Num coração em corte.
Sangra. A dor é grande.
A voz que fala conclama
Tímpanos não acostumados...
A emoção no imo expande
E no pequeno ser a chama
Arde. Conceitos abalados.
A voz o chama pelo nome
E ele a sente bem audível
Naquele leito revolvido.
O menino, de Deus tem fome.
Sonha o sonho que é possível
No peito arqueado, comovido.
A voz é repetitiva, faz eco.
Ouve-a chamar de novo
E Samuel pensa que é Eli.
Sente aperto com o repeteco
Mas sabe que para o renovo
Precisa dizer: “Eis-me aqui!”
E o homem de Deus orienta:
“Volta ao silêncio da comunhão
E quando ouvires a voz a falar
Diga: Fala Senhor!” Tenta!
É melhor não andar na contramão
Quando a voz de Deus chamar.
Então, se submete tranqüilo,
Esperando um Deus pessoal
Relacionar-se com a Criação.
Sem entender direito aquilo
Parte em busca de um ideal
Que acalenta em seu coração.
DESEJOS ESPIRITUAIS
- Vai, Alma cansada das lutas do mundo,
em busca de alento, um pouco de paz...
Ao encontro de Deus, seu caminho refaz
buscando na vida um sentido profundo!
Ei-la peregrina e bem próxima a Deus,
da angústia se despindo diante do Amor.
No Sagrado buscando encontrar seu favor
para livre, serena, voar para os céus.
- E assim ao crente a Palavra falando,
em coração que ama o jeito mudando
e por fora presente um largo sorriso.
Essa alma voeja nos céus da comunhão
com um Deus que mora em seu coração
e antecipa na Terra o seu Paraíso!
Visite a página do autor: [CLIQUE AQUI]
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Dois poemas de J. T. Parreira
A Segunda Vinda (II)
À espera do Amado
como uma casa que espera
um ladrão gentil
que saltará
na casa
como um perfume
Ele verá esta
pálida
casa
Ele tomará
este bocado
de nada
Ele moverá meus pensamentos
dobrará as sombras
das coisas ignóbeis.
O HÓSPEDE
Depois da noite se instalar
ao redor do fogo, abrir
sobre a cama um espaço
para o corpo se atirar
e lençóis que ainda trazem
os perfumes da manhã
alguém chega, entrou
pela noite com olhos indecisos
e sonhos de distância
traz sono e estremece
à mais pequena folha
que cai na noite fresca
esse alguém onde o vedes
pode trazer um coração
lavado, uma metáfora
dissonante, molhos
de palavras, e partindo
o pão, abrir os nossos olhos.
15-10-2007
www.papeisnagaveta.blogspot.com
Um poema de William Vicente Borges
CRIANÇA ENGATINHANDO NO TEMPLO
A criança engatinha no templo,
passa por entres os bancos,
passa no meio de nós,
passa entre os anjos.
A criança que engatinha no templo
se sente em casa.
Engatinha e ri para todos,
e os anjos riem pra ela.
Que vontade me deu,
de engatinhar com a criança
que engatinha no templo,
os anjos ririam de mim.
Bendita é a criança que
engatinha no templo.
Eu que estava ali notei,
e os anjos também.
A criança engatinha no templo,
passa por entres os bancos,
passa no meio de nós,
passa entre os anjos.
A criança que engatinha no templo
se sente em casa.
Engatinha e ri para todos,
e os anjos riem pra ela.
Que vontade me deu,
de engatinhar com a criança
que engatinha no templo,
os anjos ririam de mim.
Bendita é a criança que
engatinha no templo.
Eu que estava ali notei,
e os anjos também.
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Dois poemas de Avaniel Marinho
Betesda
Eu procuro uma casa de misericórdia,
Onde existam muitos - como eu - ,
A mercê de complacência!
Betesda talvez exista, na terra.
- Tenho esperanças que sim...
Sei que há tantos ansiosos de uma cura.
Nessa casa
Deve haver um tanque de água miraculosa
(semelhante à água do Jordão).
- Quem sabe darei, ali, sete mergulhos!
Será que haverá misericórdia, entre os homens,
Na casa de misericórdia?
Ou a indiferença humana ainda insistirá em Betesda?
Oxalá que nós – pecadores - sejamos honestos,
A fim de que a graça, de súbito, cubra os fracassos!
Eu procuro uma casa de misericórdia
Que atenda a demanda
Do sofrimento da alma humana...
Onde haja cooperação entre os homens;
Aonde vá, nessa direção,
O milagre do Espírito do Deus Trino.
Um Legado de Fé
Certamente não somos como Daniel.
Perdemos a visão do irrepreensível!
Não temos, a exemplo do Profeta,
janelas abertas na direção de Jerusalém,
de onde poderíamos orar, ao menos ao entardecer!
Quem se dispuser a assumir sua crença,
a despeito das injúrias
- quaisquer que sejam estas -,
conquistará valor e respeito autênticos.
Determinadas vezes o preço é alto
para se firmar um conceito;
um testemunho de coragem!
Qual de nós se mostrará firme
na perspectiva de ser jogado
numa cova de leões famintos?
Daniel deixou um legado de fé.
A lição é valiosa e inequívoca:
devemos adorar a Deus por aquilo que Ele é,
e não Por aquilo que Ele pode nos dar!
Para visitar a página do autor, clique aqui.
quinta-feira, dezembro 06, 2007
Dois poemas de Myrtes Matias
Se todas as gentes se dessem as mãos
Pessoalmente, não posso fazer feliz toda a humanidade;
são bilhões de pessoas, de almas aflitas e apáticas
que em mil línguas e dialetos trazem-me à mente a tragédia da minha limitação.
Habitam o cume dos montes, o fundo do abismo, isoladas ilhas no grande mar da vida,
onde só se chega pela estreita ponte da renúncia,
pelo incômodo barco da tolerância para com as fraquezas do próximo.
Mas, atravessando a ponte, tomando o barco ou usando as cordas da boa vontade,
posso levar felicidade àquele que está perto de mim.
Basta, às vezes, um alegre bom-dia, um sorriso amigo, um elogio sincero,
um "era exatamente isto que eu desejava",
ao receber mais uma peça para meu acervo de lembranças sem utilidade prática, boa para o coração.
Pessoalmente, não posso fazer feliz toda a humanidade,
mas, louvado seja Deus, posso estender a mão ao que está perto de mim
e, passar-lhe um pouco de felicidade que me enche o coração.
Bastará que o gesto seja imitado para que a felicidade passe adiante,
a corrente se estabeleça ao redor da terra,
fazendo o fim das guerras, dos preconceitos de raça, das divisões em castas, línguas e religiões.
Até seria possível quais crianças felizes,
"brincar-se de roda em volta do mundo se todas as gentes se dessem as mãos".
No Silêncio
Ajuda-me, Senhor, a ser silenciosa,
fazer tua obra sem ostentação;
ensina-se a dar com a mão direita,
sem que o saiba minha outra mão.
Sei que falas no fragor da tempestade,
no bramido selvagem do mar,
Mas prefiro ver teus dedos nas estrelas,
numa noite silenciosa e de luar.
Sei que falas no tufão que amedronta,
na montanha que se explode no vulcão,
Mas prefiro ver-te no silêncio da planta,
quando tiras uma flor de um botão.
A carroça vazia é que faz mais barulho
ao rodar sobre as pedras da calçada:
a ser um palácio vazio,
ser choupana pobre, porém habitada.
Do livro Encontro Marcado
sábado, dezembro 01, 2007
Dois poemas do Pr. Caio Fábio
O ACASO É O CASO DE DEUS
As engrenagens do amor de Deus são infinitas.
É um vento, uma brisa,
um passarinho que nos desvie o olhar,
uma parada para dar lugar a alguém que passa,
um minuto perdido, um dia adiantado,
uma semana de atraso,
um desconhecido, um incidente, um acidente,
um tropeção, uma queda, uma topada,
uma gripe, uma farmácia, um enfermeiro,
uma senhora idosa sem ninguém pra carregar as compras,
um jovem sorridente, uma bela menina triste,
uma impressão, um surto, uma viagem,
um mundo que acaba,
uma morte, outra morte, uma estação de mortes,
um amigo, um livro, uma musica,
uma cor, um cheiro, um perfume, uma canção,
um sonho, uma cicatriz, um dia “deja - vu”,
uma visão, um desejo súbito,
uma estranha certeza,
um sentir único, um único sentir,
uma dor, uma, duas, três, muitas perdas,
um nascimento, dois, três, um sonho novo,
um espírito que se ergue,
vozes sem som que ecoam,
vontades sem dono que se levantam,
força surge da morte,
o espírito em nós se arrepia - um anjo nos ministra,
uma luz sem origem,
um sol no ser, uma esperança que vence,
um dia que esquece o mal,
um mal que não sabe quem é mais,
um mais que não é mais e nem menos,
pois, é de tudo isto e muito mais,
que o que soma não acrescenta
e o que se tira não faz falta,
quando a vida é Deus,
e quando tudo nela só nos leva a Ele.
PARA QUEM GOSTA DO QUE É SIMPLES
Não se preocupe com Deus. Ele cuida de Si mesmo.
Ele se defende. Ele é maior de idade.
Não se angustie por Deus. Ele não se transtorna e nem se abala.
Não defenda Deus. Se Ele não defender a Si mesmo, por que haverá você de fazê-lo?
Você tem melhores argumentos?
Não se aflija em fazer Deus compreensível. Isto não é possível.
Ele revela a Si mesmo ou nada é discernido.
Fale de Deus como Ele fala de Si mesmo.
Fale de Jesus como Jesus falou de Si mesmo.
Fale do Evangelho como ele fala em si mesmo.
Nunca discurse Deus.
É obra de artífice de ídolos de linguagem.
Nunca filosofe Deus.
É a louca-loucura dos sábios, que é a maior insensatez para Deus.
Nunca doutrine sobre Deus.
É melhor oferecer bula de remédio a um doente analfabeto.
Confie sempre na verdade. Ela é invencível.
Confie sempre no amor. Ele é de Deus; pois Deus é amor.
Confie sempre que a paz é a melhor arma e a melhor defesa.
Creia simples e tudo será maravilhoso.
Creia complexo e você jamais terá alegria.
Creia, apenas creia, e tudo passará a ser possível.
Mas, sobretudo, seja sincero com Deus e com você mesmo,
pois, sem isso, nada acima é verdade.
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Um poema de Mário Machado
Diamante
Um homem íntegro é como um diamante!
É formado pelo tempo
Sob calor intenso,
Sob pressão constante.
No ostracismo, longe dos holofotes, oculto pela escuridão, pelo silêncio;
Como meu tio Eliseu, meu tio Luizinho, meu amigo senhor Fulgêncio.
Ali ele forma sua resistência,
Seu caráter, seu coração, sua essência.
Amalgamado a rochas profundas, porém, bem mais denso, sólido.
Protegido pela solidão, envolto em lavas, num ambiente tórrido,
Até ser encontrado por mãos dispostas a dar a vida pra vê-lo brilhar.
Trabalhado por artista, ostentado por princesas, está pronto pra deslumbrar.
Agora todos o apreciam, Todos conhecem o seu valor!
Porém, ele ainda é o mesmo; os adornos jamais afetaram seu teor.
Quer na escuridão da terra, ou num endereço famoso duma vitrine imponente,
Nas mãos de um mineiro assustado e ainda quente.
Deus sabe de onde ele veio e por que está lá!
Tudo é parte do seu plano desde o começo.
Um homem íntegro é como um diamante raro!
Sua história, sua formação, são coisas que não têm preço.
Ele é eterno, como eterno é o seu pai.
Sabe de onde veio e pra onde vai.
Seja através da escuridão, quer sob os holofotes em salões cheios de luz,
Um dia será adorno na coroa de Jesus!
www.irmaos.com
Um homem íntegro é como um diamante!
É formado pelo tempo
Sob calor intenso,
Sob pressão constante.
No ostracismo, longe dos holofotes, oculto pela escuridão, pelo silêncio;
Como meu tio Eliseu, meu tio Luizinho, meu amigo senhor Fulgêncio.
Ali ele forma sua resistência,
Seu caráter, seu coração, sua essência.
Amalgamado a rochas profundas, porém, bem mais denso, sólido.
Protegido pela solidão, envolto em lavas, num ambiente tórrido,
Até ser encontrado por mãos dispostas a dar a vida pra vê-lo brilhar.
Trabalhado por artista, ostentado por princesas, está pronto pra deslumbrar.
Agora todos o apreciam, Todos conhecem o seu valor!
Porém, ele ainda é o mesmo; os adornos jamais afetaram seu teor.
Quer na escuridão da terra, ou num endereço famoso duma vitrine imponente,
Nas mãos de um mineiro assustado e ainda quente.
Deus sabe de onde ele veio e por que está lá!
Tudo é parte do seu plano desde o começo.
Um homem íntegro é como um diamante raro!
Sua história, sua formação, são coisas que não têm preço.
Ele é eterno, como eterno é o seu pai.
Sabe de onde veio e pra onde vai.
Seja através da escuridão, quer sob os holofotes em salões cheios de luz,
Um dia será adorno na coroa de Jesus!
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