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domingo, outubro 14, 2012

Visões da Eternidade, poema de Daria Gláucia



Visões da Eternidade

Vai Jacó pensativo e triste estrada afora
Sob as bênçãos do céu que exala nesta hora
Uma infinita paz que não há descrever.
A tarde reclinara, há paz, suavidade,
A alma lhe tortura uma infinda saudade
Do lar que está distante, e ao qual não pode ver.

O cansaço lhe abate a força e robustez,
No solo, pois, deitou-se, a descansar de vez,
Em cima duma pedra o pensativo rosto.
E adormece a sorrir, como quem repousasse
Em coxins de veludo a dolorida face,
E a solidão abranda o seu fundo desgosto.

Ele pôs-se a sonhar: Uma fulgente escada
Ia da terra ao céu, de paz iluminada,
De ouro, de rubis, de flores perfumosas.
Por ela eis que desciam os anjos do Senhor,
Tributando a Jeová um perfeito louvor,
Em suaves canções, sublimes, maviosas.

No caminho da vida aos pedregais extensos
Das brumas da aflição aos nevoeiros densos
De tredo desengano e esperanças fatais;
Quantas vezes, ai sim, heis de ficar calados,
Com a alma opressa de dor e os olhos tão magoados,
Vendo ao longe a ilusão que não vos volta mais.

É preciso lembrar que ao correr dos dias,
Entre alegres volatas e breves melodias
O vosso coração de Deus se esquecerá.
Então heis de voltar ao céu o pensamento,
Vereis “Visões de Deus”, vereis nesse momento,
A escada do Ideal que ao céu vos elevará.

Cansados, tiritando, à margem dos caminhos,
Entre apupos cruéis e rudes escarninhos,
Aos empurrões da Vida, eis que muitos estão.
Porém, não vos deixeis ficar ali parados,
Enquanto, a claudicar, ou em passos apressados
Vai passando, passando, a grande multidão.

Segui pois meus irmãos, segui estrada a fora
Sob as bênçãos de Deus que do céu nesta hora
Vosso Ideal anima e vossos passos guia.
Segui, pois, ó segui. E vereis transformada
Em tapetes de rosas a aridez da estrada
E mudar vosso pranto em doce melodia.

Segui, pois meus irmãos! E se um dia, adiante,
Vosso passo falhar... Coragem! Sus! Avante!
Cristo – a Escada do Céu – bem depressa galgai,
E qual novo Jacó em rude soledade,
Possais sim contemplar VISÕES DA ETERNIDADE,
E com Deus, para sempre, avançai! Avançai!

In O Jornal Batista #44 – Nov 1950

domingo, agosto 05, 2007

Um poema de Dária Glaucia


Ó minha Bíblia, ó livro precioso! Quando velha ficares, bem velhinha
e eu também envelhecer contigo,quando recordações de erros passados
e glórias e torturas e pecados...se projetarem diante dos meus olhos...
Quem me dará a mão na hora derradeira quando o passo falhar nessa fatal carreira?
Quem me trará de novo as energias moças quando o corpo e a alma estiverem sem forças?
E quem me dirá na hora extrema o verso derradeiro de um poema que me fez doce a peregrinação?
Oásis de consolo ou de esperança, bússola a apontar-me o norte,
arrimo, escudo, vida e segurança e o cajado apoiado ao qual irei ao vale da sombra da morte?
Tu, somente tu, ó minha Bíblia, abrir-me-ás as portas de ouro e jade por onde entrarei
no céu dos céus, e aqui na Terra, ficarás ó Bíblia para guiares outra alma como eu
para os portões da Luz, à Paz, à Vida, para a Imortalidade e para DEUS!


*Nota: A foto que ilustra este poema é de um Monumento à Bíblia, localizado no bairro Teixeira de Freitas, aqui em Niterói - RJ. O monumento foi inaugurado no Dia da Bíblia do ano passado (10 de Dezembro 2006) pela Igreja Assembléia de Deus em Teixeira de Freitas.
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