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terça-feira, fevereiro 28, 2023

UM BRANCO NO BANCO, poema de Claudio Camargo Martins

 


UM BRANCO NO BANCO

 

Domingo à noite, no culto,

a igreja alegre cantava,

Exaltando a Deus.

Brados de vitória ecoavam

como rojões festivos.

Mas eu estava triste;

...era o teu hino predileto.

Igreja lotada, entupida.

Sorrisos nos olhos

explodindo sonoros

em aleluias e glórias,

Mas havia um branco num banco.

Mesmo a igreja lotada,

havia um vazio de ti.

Mesmo ocupado por outro,

havia um branco no banco,

naquele lugar sempre teu.

Onde outrora oravas com fé.

Cantavas -coração radiante.

E quantas vezes tentavas dissimular

as lágrimas teimosas,

ao ouvires a voz do Senhor.

Existe um branco no banco

e existe uma casa vazia

lá nas moradas que um dia

Jesus foi pra nós preparar.

Hoje é triste o silêncio

no lugar pra ti preparado,

onde houve um coral cantando

numa festança dos anjos,

quando aceitaste a jesus.

Maior do que o branco do banco,

Maior do que a casa vazia

é a tristeza do Pai.

olhos atentos, esperando

que, como um ponto, ressurjas,

no horizonte na estrada.

Domingo a noite no culto

a igreja cantava

o teu hino predileto.

Olhei para o branco do banco

e olhei para a porta do templo

ainda aberta. Escancarada

como um largo sorriso de esperança.


Via Recanto das Letras


segunda-feira, novembro 16, 2009

Dois poemas de Cláudio Camargo Martins

*


Um dia partirei

Um dia , ou cedo ou tarde, partirei
Pois tudo, tudo nesta vida passa
E, contra, nada existe que se faça
A morte é inevitável - Rija lei

Na terra há de ficar o que ajuntei
à mercê da ferrugem e da traça
Mas tenho meu tesouro junto à Grei
Nos céus de onde alcancei suprema graça

Da minha humilde e curta trajetória
Nenhum vestígio ou rasto há de ficar
Serei um livro em branco sem história

Um cisco devorado pelo mar
Mas no Livro da Vida, lá na glória
Enfim meu nome escrito hei de encontrar.



FARDO

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” Mt 11.28

O fardo que carregas – tão pesado!
Cansado, sem sentir o ponto norte
É jugo conseqüente do pecado
Com ele te encaminhas para a morte.

E vais por entre pedras, por espinhos
Pisadas vacilantes, passos lentos
Caminhas já sem forças, sem alentos
Até surgir Jesus nos teus caminhos.

A confiar-lhe o fardo te convida
Em troca te oferece paz, descanso
Livrando-te da atroz e escrava lida.

Liberto de teu fardo, alma remida
Com Ele, vero amigo, humilde e manso,
Irás, pelo Caminho, rumo à vida.

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