segunda-feira, abril 28, 2008
Dois textos de Charles Wesley
Oração
Ó Deus, meu Deus, tu és meu tudo:
antes que brilhe a alva do dia que
desperta, tua soberana luz ilumine
meu coração e me inunde o teu poder
que a tudo vivifica.
Por ti suspira e clama minha alma
sedenta, porquanto deva morar nesta
terra deserta; e faminto como estou,
desfalecente, só teu amor alento pode
me dar.
E uma terra seca, contempla-me,
Senhor; todo meu anelo, todo meu
desejo, deposito em ti; e mais me
regozijo em obter a tua graça, que
nos tesouros que a terra me pode dar.
Mais preciosa é a vida, e teu amor há
de ocupar em todo tempo meu
coração, meus lábios; e em
proclamar teu louvor hei de
empenhar minha paz, minha glória e
minha alegria.
Bênção
Ó tu, Senhor, que do alto
trouxeste fogo a nossa terra,
derrama em mim teu amor sagrado,
chama que o coração me acenda;
Que permaneça ardentemente, com
brilho eterno, cintilante; e em canto e
oração fervente, retorne a ti para
louvar-te eternamente.
*Charles foi irmão de John Wesley.
quinta-feira, abril 24, 2008
Um poema de J.C. Ryle
Bem longe, fora do muro da cidade
Onde nosso amado Senhor na cruz morreu
Para nos salvar a todos, qualquer que seja a idade.
Não sabemos, nem podemos dizer
Que dores teve Ele de suportar
Mas cremos que foi por nós
Que ali pendurado, as teve de levar.
Morreu para nos fazer bem
Morreu para que fôssemos perdoados
Para que ao fim pudéssemos ir para o céu
Pelo Seu precioso sangue resgatados.
Não há nenhum outro bem
Que possa o preço do pecado pagar
Somente Ele podia abrir
As portas do céu e nos deixar entrar.
Oh, quanto, quanto Ele amou!
Também nós devemos amá-lO,
E confiar no Seu sangue redentor,
Procurando sempre imitá-lO.
segunda-feira, abril 21, 2008
NOVA FUNCIONALIDADE
Agora ficou muito mais fácil localizar os textos e poetas já publicados, através do nome dos poetas, ou do tema da postagem (por exemplo: Ensaios Biográficos, E-books, etc).
Basta ir na parte à direita da página do blog, na seção de links: a lista de marcadores está lá embaixo.
Colaborem conosco, e divulguem o blog. A Poesia Evangélica agradece!
sábado, abril 19, 2008
Dois poemas de Amina Miranda
Quero fazer um poema
que se chegue a ti
e se instale em teu ser
quero mover-te
comover-te
quero que sintas o que sinto
que sonhes os meus sonhos
te iludas em ilusões minhas
quero que nos meus ideais acredites
os meus alvos idealizes
neste instante ser um contigo
quero atingir-te
como a bala atinge o alvo
quero atingir teu coração
instalar-me por lá
e não mais sair de lá
quero fazer um poema
um poema de amor
uma lição de vida
um incentivo de fé
um impulso para ideais
quero fazer um poema
um poema expressivo
um poema emotivo
um poema que te faça rir
que te faça chorar
um poema
um poema que te faça pensar
refletir
sonhar
idealizar
acreditar
duvidar... quem sabe
mas que mova o teu ser
que não te deixe indiferente
um poema
um poema sério
um pouco sério
um extremamente sério
um poema verídico
uma hipérbole
mas nunca um exagero excessivo.
quero fazer um poema
que retrate
daqueles momentos bons
daqueles não muito bons
dos alegres
dos sofridos
quero contar-te
de onde veio a força
para tudo vencer
para acreditar
para ter confiança
e estar de pé
e por fim
um poema
que fale de Cristo
da sua morte na cruz
e daquele sangue gotejando
encorrendo
para lavar o homem
lavar o escritor
que sou eu
e o leitor
que é voçê
quero fazer um poema
...Ouvindo a tua voz
Enigma decifrado...
Quando disseste-me para fazer
Aquilo
Eu fiz
Confesso que de imediato
Não o fiz
Confesso que da tua voz
Duvidei
Mas quando bem melhor e
Meio em enigma me explicaste
Acreditei
Confiei
Lembraste?
Foi logo de imediato que eu cumpri
Foi difícil
Foi duro
Humana sou
Os humanos não me compreenderam
Mas com eles não me importei
Nem mesmo comigo
Me importei
Fechei o meu coração a sete chaves
Para não ouvir ele gritar
Tapei os meus olhos
Para não notar quantas lagrimas caiam
Afundei a minha cabeça sobre almofadas
Para não me ver gritar
Não quero saber dos outros
Nem de mim
Somente a tua voz quero seguir
Eu não olhei pra mim
Mas naquele momento então
Olhaste pra mim
Te apressaste em correr pra mim
Colocaste-me no colo
Enxugaste as minhas lagrimas
Sopraste em meu peito
Meu coração acalmaste
Puseste teus lábios em meu ouvido
E falaste coisas que jamais tinha ouvido
Mostraste-me o que eu nunca tinha visto
Fizeste-me viver coisas
Que eu jamais vivi
Gozo, alegria e muita
Experiência puseste
Em mim
Fizeste-me então ver
Que melhor foi
Ouvir a tua voz
E segui-la.
Visite o blog da autora: www.ammmina.blogspot.com
*Amina Miranda é angolana
sexta-feira, abril 18, 2008
POEMAS SOBRE FRUTAS
segunda-feira, abril 14, 2008
Dois poemas do Pr. Mário Mathias
O limite de Deus
Meus amigos: sabem o que me aconteceu?
Alcancei o limite que Deus me estabeleceu.
Com a graça de um Deus misericordioso,
Cheguei aos setenta anos de vida, vitorioso;
Sem canseira, sem enfado e cheio de esperança
Conservando, em mim, este espírito de criança,
Alegre, jovial, com muita temperança,
Equilibrando a vida, cheio de bonança.
Digo estas coisas com alegria e muita emoção:
Este espírito de alegria renova o meu coração.
Verdadeiramente sempre fui um vencedor;
Batalhei na vida com muita fé e ardor;
Deixo este exemplo de grande perseverança;
Quem se liga em mim obtém muita confiança,
Porque de mil novecentos e vinte e quatro,
Até mil novecentos e noventa e quatro,
São setenta anos de maravilhoso trato.
Não gosto de comer e depois virar o prato,
Reconheço o que Deus fez por mim, não sou ingrato.
Sirvo ao Deus verdadeiro e não a um estranho,
Por isso, daqui em diante o que eu viver é ganho.
Cristo, seu precioso sangue, na cruz verteu,
E uma vida muito feliz me concedeu.
A água sem tratamento é barrenta,
E a nossa vida sem Cristo é nojenta;
Mas a minha fé é esperta como pimenta,
Mesmo tendo que lutar contra a maré,
A minha cabeça, tranqüila, não esquenta,
Agradeço o grande amor de Deus manifestado;
Felicidade só tem aquele que o experimenta;
Jesus morreu na cruz levando os nossos pecados,
Por isso a minha alegria a cada dia aumenta.
Passei toda a minha vida alegre e sossegado;
Obrigado, Senhor, pelos meus lindos setenta.
Hoje estou festejando mais um aniversário;
Salve o dia 31 de maio, no calendário;
Meu signo é de rico, mas sou um proletário;
Gosto muito de dinheiro, mas não sou mercenário.
Sou um geminiano muito extraordinário,
Porque Cristo Jesus, num ato voluntário,
Derramou seu precioso sangue na morte do calvário.
Por esta grande razão sou sempre vitorioso,
Conquistei o maior perdão de um Deus maravilhoso.
Sou casado com uma mulher muito linda:
Cuidando do lar, ela é muito mais ainda.
Agradeço todo o seu amor e carinho:
Ninguém pode ser vitorioso sozinho.
Para conquistar vitórias, faço o maior empenho:
“Não tenho tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho”
Quem luta e nada consegue, não faço nenhum desdenho.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira,
Que deu essa glória muito alvissareira;
Quem nEle crê vai gozar a eternidade inteira.
"A Beleza Maior"
Queridos amigos, a quem interessar possa;
A felicidade do crente é sempre coisa nossa,
Porque, na revelação do amor extraordinário,
O filho de Deus, lá no monte do Calvário,
Mudou a significação do calendário.
Agora, os dias e os meses do ano são iguais;
Porém, o mês de maio, acrescenta algo mais:
Apresenta uma alegria que me satisfaz,
Conforme aquilo que consta da Mitologia
Maio é o mês de uma verdadeira euforia.
Este nome foi dado em honra a deusa Maia,
Mulher, segundo a tradição, não usava saia,
Mas proporcionava, aos homens, muita alegria.
Maio é o mês do lar; mês de muita harmonia;
Nele temos carinho, amor e grande adoração,
Porque, verdadeiramente, nesta tradição,
Comemora-se com dedicada alegria
O aniversário contagiante de Maria.
Maio é o mês da nossa mãezinha querida,
Graciosa, divina e constante na lida,
Proporcionando aos filhos, a alegria de vida.
Com grande amor, ela não mede sacrifícios,
Para oferecer à família esses benefícios.
Segundo domingo, grande acontecimento;
A nossa homenagem a esse Mito Sagrado,
E como prova do nosso reconhecimento,
Vai ficar, aqui, para sempre registrado,
A gratidão eterna de um filho abençoado.
Obrigado Mamãe! Parabéns por esse dia!
Que todos os filhos vivam em harmonia
Agradecendo a Deus esta sabedoria,
Venerando a beleza que o seu rosto irradia.
Deus criou a natureza e os jardins em flores;
Fez cascatas, os rios, passarinhos e as cores;
Mas no ato supremo de toda a criação
Fez você, mãezinha, a rainha do meu coração.
Treze de maio é um fato da nossa história:
A liberdade dos escravos, não sai da memória.
A gloriosa Regente, a princesa D. Izabel,
Desenvolvendo, na história, o seu papel,
Não fez mais do que a sua grande obrigação.
Mas tratando-se da liberdade espiritual,
Que nos liberta da escravidão infernal,
Somente Jesus Cristo nos concede essa glória
Outorgando-nos uma sublime vitória,
Tirando-nos das garras da escravidão.
Do mês de maio, só faço uma restrição:
No dia do trabalho, tem gente lutando em vão,
Gastando o dinheiro naquilo que não é pão.
Que bom seria se todo trabalhador
Dedicasse a sua vida na casa do Senhor;
Assim 1º de maio, teria maior valor.
Ora viva, agora, o nosso glorioso poeta!
Que escreveu estes versos, sensibilizado;
Embora não tendo sido um grande profeta,
Teve a honra de nascer neste mês santificado.
As coisas lindas deste mês guardo-as de cor;
Quem nasce no mês de maio, só pode ser o MAIOR.
Visite a página do autor: www.mariomathias.com
sexta-feira, abril 11, 2008
Um ensaio do poeta Brissos Lino sobre a vida e a obra de J. T. Parreira
J. T. PARREIRA, O CONTADOR DE ESTRELAS
Brissos Lino*
Percebem-se algumas influências na sua obra de toda uma vida dedicada à arte poética.
Desde logo uma influência de carácter bíblico e religioso. Trata-se da influência mais antiga do seu percurso (ex: “Do Paraíso para nenhuma direcção”, “Como Abraão”, “Mulher com cântaro”). O que é natural, num tempo em que, nos meios evangélicos, outros tipos de poesia, ou a poesia em si mesma pouco valiam, a não ser, e só, enquanto veículo de divulgação da fé. Aliás, este foi um ponto de partida do qual muitos nunca ousaram sair.
Não foi o caso de JTP, que soube explorar outros campos do Poema, percebendo a tempo que o verdadeiro cristianismo não está na declaração de fé que se faz, na temática religiosa em si, ou em qualquer espécie de imperativo proselitista, mas no testemunho da vida toda, o que inclui o uso da palavra sem fronteiras nem estreitos compromissos estéticos ou temáticos.
Por isso há também em JTP uma clara influência histórico-cultural que lhe permite fazer poesia a partir dos clássicos (ex: “Ulisses entrando em Ítaca”), assim como da cultura moderna europeia e americana (ex: “Marilyn”, “Sílvia Plath”, “Picasso”, “A bailarina de flamenco”), revelando um homem que, apesar de estribado na cultura clássica que está por alicerce da nossa identidade ocidental, não deixa de permanecer também atento à modernidade.
Ultimamente verifica-se em JTP um interesse por fórmulas minimalistas da arte poética, como, por exemplo, a influência japonesa dos haicais, que tão bem desenvolve, com a mestria que se lhe reconhece. Neste tipo de discurso poético, a economia das palavras desnuda a força das imagens poéticas, o que torna mais exigente a sua construção e mais rigorosa a utilização da palavra, aguçando assim o engenho e a arte.
Mas como qualquer poeta JTP não dispensa uma dimensão intimista nos seus escritos (ex: ”Nocturno de mim“), através da qual discorre poeticamente sobre os sentimentos, sensações e pensamentos que fazem do ser humano aquilo que ele é, uma enorme complexidade sujeita à maior das volubilidades.
JTP extravasou já as fronteiras da língua pátria, aventurando-se tanto na tradução de autores estrangeiros como na delicada operação de transporte de poemas seus para outras línguas, entre as quais o inglês, o italiano e o turco.
Longe vai o tempo em que assinámos ambos (eu ainda muito jovem), juntamente com Joanyr de Oliveira, do Brasil (o mais velho dos três), o Manifesto da Nova Poesia Evangélica, publicado nos dois países. Estávamos em 1974, quando fizemos história, e esse documento constituiu uma espécie de texto fundador para uma nova forma de fazer poesia, que se desejava no meio evangélico dos dois países, de modo a dar lugar à Arte, e contribuir para acabar com aquilo a que o poeta Ary dos Santos chamou em tempos os “açougueiros das palavras”.
JTP, aos sessenta anos, continua a ser um esforçado contador de estrelas. Durante estes cerca de quarenta anos de amizade e companheirismo literário, nunca o vi de outra forma.
Março de 2008
* Pastor, Psicoterapeuta e Poeta
terça-feira, abril 08, 2008
Dois textos em prosa poética de dois de nossos grandes poetas
GESTO HERÓICO
w
Mário Barreto França
w
A sineta bateu convocando o colégio, a sala estava cheia, o Diretor egrégio e antigo mestre entrou, ninguém o reparara. Falavam de uma falta grave! Alguém roubara da bolsa de um aluno a clássica merenda e o castigo era grande, uma surra tremenda, vinte varadas. Qual seria o desgraçado que iria suportar o braço desalmado do velho Diretor aplicando o castigo? Talvez fosse um aluno ou um bedel antigo. Havia tanta gente ali, humilde e pobre e a aparência final muita miséria encobre. Enorme burburinho enchia toda classe:
- Silêncio – Brada o mestre – Aqui ninguém mais fala!
- Houve uma falta grave, um roubo, e é oportuno que eu lhes diga claramente que esse tão mau aluno, que cometeu tal erro, há de pagar bem caro, bem caro estão me ouvindo? E o que eu mais reparo é ver que foi debalde o esforço de ensinar-lhes caminho do bem, da retidão, mostrar-vos que se deve vencer por força de vontade e que acima de qualquer febril necessidade se coloca o dever. Mas eu vejo que essas virtudes, não orientam mais as vossas atitudes.
O murmúrio aumentou, todos se entreolharam e numa singular atitude calaram, como para mostrar a força que os fazia, solidários na dor, na culpa ou na rebeldia.
Mas num canto da sala, humilde, magro e pálido, levantou um menino. O seu aspecto esquálido bem claro demonstrava a miséria sem nome que lhe vibrava no olhar, as convulsões da fome e num gesto de quem se vota a um sacrifício, como um santo a sorrir no instante do suplicio confessa:
- Diretor, tinha uma fome cega e por isso roubei o lanche do colega, fiz mal, ninguém tem culpa é verdade o que digo, estou pronto, portanto, a sofrer o castigo.
E seguiu cabisbaixo em direção do estrado em que todo faltoso era sentenciado e o rude diretor lê o código interno:
- O aluno que roubar um lanche ou um caderno, nas costas levará vinte fortes varadas.
E isso dizendo, despe as costas maceradas do pequeno réu, vibra o primeiro açoite, um gemido se ouviu como um grito na noite, outra pancada estala, as pernas do garoto começam a tremer dentro do calção roto e o seu olhar voltado ao azul da imensidade parecia implorar um pouco de piedade e uma onda de horror, de revolta e protesto, brilhava em cada olhar, vibrava em cada gesto.
Nisto um jovem robusto e com porte de rico, levanta-se resoluto e diz:
- Eu vos suplico que permitais senhor que eu sofra o seu castigo, a merenda era minha e ele foi sempre amigo, mas se é lei, que se cumpra a lei.
E sobranceiro seguiu para o lugar do pobre companheiro, tirou o paletó, curvou-se resignado e deixou que o castigo em si fosse aplicado.
Quando a ultima vasgarda estalou como um ai nas costas ensangüentadas do inesperado herói, o pequeno poupado abraçou seu protetor amado, beijou-o humildemente e disse-lhe baixinho, num gesto fraternal e cheio de carinho:
- Foste meu salvador, meu nobre e bom amigo, pois sofreste por mim as dores do castigo, que mereci bem sei, mas não agüentaria, dada a minha profunda e crítica anemia. Fui culpado de tudo e nunca o desejará, suplico-te perdoa a minha ação ignara, eu saberei ser grato ao bem que me fizeste, implorando ao Senhor a proteção celeste, sobre ti e o teu lar, na certeza em que o mundo será em tua vida um roseiral fecundo e onde eu me encontrar exaltarei o estóico e sublime esplendor desse teu gesto heróico. Nós somos neste mundo uns míseros culpados, criminosos, infiéis e cheios de pecado, roubamos nosso irmão, o próximo enganamos, perseguimos o justo e a trânsfuga exaltamos e tudo que é de mau fazemos sem piedade para satisfazer a nossa perversidade. Por isso, o Mestre amigo, que sofreste por mim as dores do castigo, recebe o meu afeto humilde, mas sincero e a minha gratidão profunda, pois te quero exaltar em meu ser e em toda minha vida, nessa consagração de uma alma agradecida, que vê no teu amor e em teu suplício estóico, a glorificação de um sacrifício heróico.
O meu Cristo!
Thiago RochaHá Cristos para cada gosto, cada objetivo, cada projeto.
Há o Cristo das belas artes, um motivo como tantos outros para expressar uma forma ou exibir uma escola, pelo próprio homem criada. É o Cristo só para se ver, analisar ou criticar, para exaltar o autor, o seu talento, sua invencionice.
Há o Cristo da literatura, da prosa, do verso, da fama, do estilo famoso, do bestseller. É o Cristo de pretexto, que serve de texto dentro de um contexto, que ajuda o seu autor a faturar mais, ser mais lido e procurado.
Há o Cristo das cantigas, deturpado, maltratado e irreverentemente tratado. Aparece na crista das ondas, estoura nas paradas. É cantado nos salões e circula aos milhões como mercadoria para enriquecer a muitos. É o Cristo de algibeira, fabricado como produto de consumo.
Há até o Cristo do cinema e do teatro, sucesso absoluto de bilheteria. É a expressão da arte moderna fazendo a caricatura do maior personagem da história. É o Cristo musicado, martirizado, encenado. É o Cristo para o espetáculo, para os olhos, para os ouvidos, para o lazer, para a higiene mental.
Há o Cristo do crucifixo, de pedra, de mármore, de madeira, de metal, de ouro e até mesmo de cristal. É o Cristo para a aparência, para o colo da mocinha, para o peito piloso do rapaz excêntrico. É apenas ornamento ou simples decoração, embora, alguns lhe prestem culto, ele não vê, não ouve e não entende.
Há, também, infelizmente, o Cristo de certos cristãos que ainda o tem no túmulo, e ainda conservado na tumba dura e fria. É o Cristo que não vive porque os seus adoradores ainda estão mortos, sem despertar para a vida nova, a vida do próprio Cristo, da qual, ainda, lamentavelmente, não se apossaram.
O meu Cristo não é nenhum desses! O meu Cristo é o Filho de Deus que nasceu, cresceu e sofreu, foi condenado à morte e sepultado por causa dos meus pecados. O meu Cristo não ficou preso na sepultura escura! Ele ressuscitou, subiu ao céu e reina à direita do Pai!
O meu Cristo é cultuado, admirado e adorado porque está vivo e bem vivo! Meu Cristo vive nas parábolas que proferiu! O meu Cristo vive nos ensinos que deixou! O meu Cristo vive nos atos que realizou! O meu Cristo vive nas almas que salvou!
sexta-feira, abril 04, 2008
E-book para download
Amados irmãos, disponibilizamos aqui um belo livro, "JESUS a Luz da Vida", escrito por Cleviton Neves. O livro narra, através de versos, a trajetória do autor, que foi viciado em drogas, e era atormentado por entidades malignas. Um belo testemunho do poder de nosso Salvador de resgatar e transformar vidas. O livro é ilustrado com belas fotos, e foi disponibilizado gratuitamente pelo autor, na internet.
Para baixar o e-book, Clique Aqui.
Fonte: www.letrassantas.blogspot.com
quinta-feira, abril 03, 2008
Dois poemas de Lêda Sellaro
MARAVILHOSO PRÍNCIPE DA PAZ!
Como na ceifa, alegre, exultará
Um povo que em trevas tem andado
A escuridão não prevalecerá
O jugo do opressor será quebrado.
Em Belém um menino nos nasceu
O Filho anunciado se nos deu
E o seu nome será Maravilhoso
Conselheiro Deus Forte e grandioso.
Haverá paz no trono de Davi
O Rei da Eternidade está aqui
Aquele que a justiça satisfaz
Maravilhoso Príncipe da Paz!
Preparai o caminho do Senhor!
E batizai para o arrependimento!
Elevai vossa voz com mais vigor,
Que é sem igual este acontecimento.
Na profecia em parte realizada
Foi uma nova era iniciada
Deus nos falou por meio do Seu Filho
Da Sua Glória, o resplendor, o brilho...
A expressão exata do Seu Ser
Que sustenta o universo em Seu poder
Mostrando em Si, o amor que nos refaz...
Maravilhoso Príncipe da Paz!
Para o homem remir do vil pecado
À semelhança de homem se tornou
E o homem, ao ser, na cruz, justificado,
O que era Deus, de Deus se esvaziou.
O que dizer de um mundo sem lugar
Para quem veio o mundo resgatar?
De um berço/manjedoura e um nascimento
Que é, da História, o mais excelso evento?
Nossos pecados, sobre Si tomou
Por Suas pisaduras nos sarou,
E ao ressurgir, a morte Ele desfaz...
Maravilhoso Príncipe da Paz!
Como na ceifa, alegre exultará,
Seu povo, já das trevas resgatado,
A escuridão não prevalecerá
O jugo do opressor já está quebrado!
Glória a Deus! Paz na terra! proclamemos
Neste Natal, noutros natais também.
Um mediador, perante Deus, já temos
Em Jesus Cristo – o Amado, o Sumo Bem.
A BOMBA
Como um pequeno “deus” se avaliando
E ufano das vitórias que alcançou...
O homem esquece o quanto de nefando
Essa escalada sempre acompanhou.
Parar? Como fazê-lo? É impossível!
E, dominado pelo que inventou...
Ele admite como irreversível
O processo que desencadeou.
Em diabólico invento, algo insano
E absurdo fica evidenciado:
Destruirá somente o ser humano
E o que é material será poupado! *
Na luta do poder, do ter, do ser...
“Os fins farão justificar os meios”
Mesmo que violentem o humano ser
Mesmo que contrariem seus anseios!
Como objetos peças de engrenagem...
Entorpecidas, pobres criaturas!
Destroem-se a si mesmas não reagem...
Coisificadas pelas estruturas!
Como levar à mente empedernida
De temporais poderes carregada
O amor de Cristo que transforma a vida
E que renova a alma destroçada?
Comecemos por nós, em nosso lar,
Nosso trabalho, nossa vizinhança...
Uma “bomba” de amor a deflagrar
Que encha o mundo de luz e de esperança!
Que os “raios” poderosos desse “invento”
Mostrado há tanto tempo, lá na cruz
Destruam todo o torpe sentimento
SEJA INFLAMADO O MUNDO POR JESUS!
NOTA: BOMBA DE NÊUTRONS - É antipessoa, ou seja, mata pessoas sem provocar grandes danos às instalações. Lançada sobre uma unidade de tanques mataria os soldados, porém não danificaria os veículos, uma vez que os nêutros passariam através da blindagem. Todavia, os nêutros seriam detidos pela terra e pela areia. As radiações atingem um raio de 1.700 quilômetros, acabando rapidamente sua periculosidade o que a faz ser considerada uma arma limpa.