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sábado, abril 19, 2025

Três poemas de Nilcéa Ferreira Barreto

 


Momento lindo, sublime!                                         

 

Que momento lindo, sublime,

aquele em que nossos olhos se encontraram

e eu pude sentir que você

era quem Deus escolhia

para acompanhar meus passos,

para preencher minha vida

com momentos de amor! De alegria!

 

Pelas estradas da vida vamos nós.

Estamos começando a caminhar!

Mantenha a minha mão presa à sua,

estejam nossas vidas como uma

e será sempre lindo nosso lar!

Não importa se nem tudo forem flores!

Não importa se o céu se turvar!

Cada dia vivido com Jesus,

fará perfumada nossa existência,

dará ao nosso céu toda luz!

 

Eu quero seguir juntinho com você,

quero sentir sua presença ao meu redor!

Mesmo que o dia nos dê rumos diversos,

ao andar dos minutos e horas,

estarmos juntos será multiplicadamente melhor!

 

Que momento lindo, sublime,

este, em que nos unimos em amor!

Possa nosso lar enfeitar-se com flores

de compreensão, de amizade, de oração,

para honra e glória do Senhor!

 

 

Somos Nós

 

Pousa a tua mão no meu ombro

pra eu sentir tua proximidade

e assim, é verdade,

ficarei como em sonho!

 

Mergulha teus olhos profundos

nos meus. Deixa-me olhá-los,

preciso contemplá-los

e beber deles toda a doçura do mundo.

 

Cadencia aos meus os teus passos.

Quero caminhar contigo.

Par a par ao teu lado amigo

não temerei perigos ou laços!

 

Dá-me teu sentimento, teu querer.

Eleva-me ao ápice do amor!

Terás o meu coração em flor

e cada dia mais lindo vai nascer!

 

Dobra os teus joelhos junto aos meus

e elevemos preces mil, cada dia,

buscando o conforto, a paz e a alegria

que emanam do trono de Deus.

 

Balbucie-me doce canto a tua voz.

Aos meus ouvidos uma festa será

e dentro do meu ser soará:

“Que delícia é sermos um! É sermos nós!”

 

 

Jesus, a Alegria do Natal

 

Todo mundo faz roupa nova,

enfeita casa com árvore e luz,

diz que comemora o Natal,

mas ainda não conhece Jesus!

 

Tem criancinha na China,

na Alemanha, Brasil, no Japão,

que passa o Natal bem tristonha,

sem Jesus no coração.

 

Vamos contar para todos,

esta história de Belém.

dizer que Cristo quer um lugar,

na vida deles também.

 

Eu posso sorrir alegre,

e cantar linda canção,

porque Jesus já nasceu,

dentro do meu coração!


sábado, janeiro 07, 2017

Três poemas de Luiz Flor


POEMA I

Ofício do pedinte: pedir.

O que mais pode fazer?

Ofício do abastado: desprezar.
É o que sabe fazer.

Ofício de Deus: retribuir.


POEMA V

(A propósito do Salmo 40)

Agora minha alma canta
Porque meu coração está alegre.
Já não tenho os pés na lama
O Senhor fez meus passos leve.

Tanto quanto proclamei minha dor
Proclamarei teus feitos Senhor.
Faça meu coração bondoso
Pra indicar a outros um final para o viver lastimoso.

Confiar em Ti com esperança
E não inventar a própria saída
É o mote feliz pra vida.


Confissão

Minha querida
Meu amor por você não é como
O de Romeu e Julieta
Eu não tenho a coragem deles
Tirar minha vida dizendo que é por amor
Talvez eu seja um fraco
Talvez eu seja um covarde
Não me ponha em teste
Quero mesmo que você
Me tenha por sábio
Portanto, quero convidar você
A morrermos juntos aos poucos
No correr dos anos
E que sejam muitos os anos
Até que cheguemos ao fim
E em cada dia espero ter você
Por muitos anos junto de mim
Viver junto de você
Aí, sim, eu tenho coragem
Quero provar meu amor assim
Querida e se os dias puderem
Não acabar tanto melhor
Tanto melhor pra nós
Tanto melhor pra mim

Visite o blog do autor: http://dicadoflor.blogspot.com.br/

quinta-feira, novembro 20, 2014

Três poemas de Hêzaro Viana Belo


Lágrimas 
A primeira gota caiu Nos primeiros instantes de vida Deixando o ventre materno Para as mãos de um médico Ao primeiro respirar
Quando ainda era uma criança O brinquedo quebrou, o maninho bateu, A saudade do colo da mãe
Pouco tempo depois um amor foi embora A decepção com o fracasso na escola Um filme romântico Uma música lenta São momentos nos quais sempre uma lágrima rola
E a maturidade não inibe a sensibilidade Na verdade a faz aflorar Um novo amor que chegou O anel que recebeu O dia do enlace com que sonhou
E novas gotas rolaram Molhando os braços que embalaram O pequeno fruto do amor
Lágrimas passadas, lágrimas sofridas Lágrimas de amor e emoção Purificaram a alma Fizeram bem ao coração
Lágrimas voltarão a rolar E contarão histórias vividas Um dia não mais existirão Pois Deus as enxugará Mas enquanto o coração pulsar Lágrimas farão parte da vida

Pedacinho do céu

Nossa casa,
Nosso ninho
Repleto de amor
E felicidade
Se estou dentro sou feliz
Feliz distante,
Mas com saudade
Nossa casa,
Nosso ninho
Lar
Quanta paz aqui sobre nós recai
Vinda de Deus
Paz que nos satisfaz
Nossa casa,
Nosso ninho
Um mundo de carinho
Onde podemos desfrutar
O melhor que Deus nos dá
Bênção mais doce que o mel
Nossa casa, nosso lar
Um pedacinho do céu



Porque tenho você
Para minha esposa Kelly Cristine Gusmão Belo
Porque tenho você Meu sorriso é mais largo Meus olhos brilham como nunca E meu coração salta de prazer
Porque tenho você Me sinto como criança destemida Meus temores desaparecem E meus sonhos podem se realizar
Porque tenho você Vejo beleza quando o dia está cinza Vejo calmaria mesmo enquanto a tempestade não se finda Vejo que o sol, vencendo as nuvens, vem me aquecer
Porque tenho você Eu creio em milagres Creio que o mar se abre Ou que sobre as águas eu poderei andar
Porque tenho você Sei que lágrimas fazem parte da vida E que após uma noite maldormida A alegria virá ao amanhecer
Porque tenho você Amo a fúria do mar A singeleza da flor E a brisa que e faz balançar
Porque tenho você Meus olhos veem o impossível E onde parecia não haver um caminho Agora juntos podemos caminhar
Porque tenho você Conheço o amor Vivo o amor
E na eternidade Sei que ainda vou lhe pertencer Porque tenho você

quarta-feira, julho 16, 2014

O Abraço, poema de Ruth Vianna



O Abraço

Abraçar é aproximar os corações! 
É envolver o outro ser inteiramente,
é acrescentar algo mais ao seu viver!
Levar você a sorrir novamente,
enfeitar sua manhã e seu anoitecer.
E ver você assim me deixa tão contente!
Um abraço seca suas lágrimas sofridas,
devolve a alegria ao seu semblante.
É capaz até de sarar suas feridas,
fazer você enxergar algo mais nesse instante,
e deixar seu coração solfejando as belezas da vida!
Um abraço pode levar você à paz tão desejada,
varrer de vez a sensação de estar isolado.
Mas, nenhum abraço será igual ao de Jesus.
Porque ESSE é especial! Foi por Deus programado
para abraçar todos os povos através daquela Cruz.
Há abraços para diferentes ocasiões:
para cumprimentar, para comemorar,
para consolar, para acalentar, e para fazer sonhar!...
Alguns são calorosos, excepcionais! 
Outros são mornos, frios, demasiadamente formais.
Mas há o abraço com poder de aquecer almas e corações,
aquele que se eterniza em poemas e canções.
 Todo abraço é de graça!
Não tem senha, nem código de barras; 
mas faz um bem enorme a quem se abraça!
Abraçar é uma excelente terapia!
Costuma fazer milagres,
quando os braços se entrelaçam 
numa mesma sintonia.




Dia dos Namorados

 Deus me deu um coração para amar!
          Ir além da razão!...
         Apagar tristezas, sem jamais parar.
         Deus me deu um coração para amar!
         Ornamentar o mundo!...
         Sempre na ânsia de o transformar.
        No meu peito pulsa forte esta verdade,
        Aumentando mais e mais minha esperança;
        Meu desejo de amar, sem falsidade,
        O outro coração que o meu alcança.
        Rosas de amor eu quero hoje receber!
        Autografadas num buquê sobre a janela.
        Dentro de mim irei guardá-las;
        Ou então adubá-las como doce lembrança...
        Sem, jamais, desse dia me esquecer.

Ruth Vianna é membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. 

sábado, maio 11, 2013

Três poemas de Myrtes Mathias


Enquanto És Jovem

Quando na cidadela de tua alma
se digladiam a voz da consciência
e a atração do mundo,
nessa batalha tão mais terrível
porque travada no silêncio e na solidão,
Alguém participa de tuas lutas,
compreende tua limitação.

Quando estendes a tua mão direita
para fazer alguma coisa boa,
sem que o saiba tua mão esquerda,
Alguém vê teu gesto e abençoa.

Ainda é o mesmo, Aquele que no templo
olvidou ruídos e sábios fariseus,
para abençoar duas moedas
que caiam no gazofilácio,
como um hino no coração de Deus.

Não te preocupes a opinião do mundo,
à tua própria opinião;
entrega teus bens e tua vida,
duas pobres moedas diante dos homens,
preciosas para Aquele que vê o coração.

Acende tua chama e parte a iluminar o mundo,
enquanto és jovem,
enquanto tua luz tem mais fulgor.
Deus te deu a salvação e a liberdade;
distribui esses bens com a humanidade:
Amor se paga com amor.

Se a ordem for gastar os teus talentos
entre gente estranha que nunca te agradecerá,
para enxugar teu suor e tuas lágrimas
os teus passos Alguém precederá.

Se lá vieres a morrer incompreendido,
em nome desse ideal, sem um adeus,
Aquele que te viu e guiou em cada passo,
trocará tua renuncia e teu cansaço
por um lugar de honra entre os heróis de Deus.





Quando se perde um grande se perde amor.



O que é que a gente faz 
quando perde um grande amor?
Primeiro, 
queira ou não queira, 
a gente chora.
Depois, então, 
a gente ora e louva ao Senhor 
pelo tempo que durou.
Mas se a gente realmente crê, 
sabe que depois do choro
vem a alegria.
É só esperar por mais um dia: 
o amanhã de Deus.
Quantas vezes esse dia se repetirá?
Não sei.
Só sei que coloquei meu coração 
nas mãos de Deus:
meu presente, 
meu futuro, 
e até o passado que é,
principalmente, 
o que mais faz sofrer, 
faz chorar,
porque a gente fica a se perguntar:
- Por que comigo? 
O que foi que eu fiz?
Onde foi que errei?
Eu não sabia que era tão feliz...
Por que não previ e evitei?
Por que? 
Por que?
Não sei.
Sou apenas um ser humano 
preso aos limites do tempo,
do espaço, 
das formas de expressão.
Mas, aleluia! 
O meu Deus, não!
É eterno, 
numa dimensão de tempo 
tão abrangente que,
de repente, 
em Suas mãos, 
sinto passado, 
presente, 
futuro,
numa unidade, 
que é bondade, 
felicidade, 
beleza, 
riqueza,
companhia, 
paz, 
alegria.
Essa alegria que a vida não tira 
porque está além dela.
E agora, talvez, 
já esteja delirando, 
não mais sentindo,
não mais sofrendo,
não mais chorando, 
não mais me culpando
pelo que aconteceu.
Antes cantando: 
“Pela graça do Senhor,
sou o que sou”,
és o que és: 
nem superior,
nem inferior.
E assim, 
mais uma vez, 
tomo minha vida, 
tomo tua vida
e as coloco unidas 
nas mãos de Deus que nos fez.
Que é que a gente faz 
quando perde um grande amor?
Primeiro, 
queira ou não queira, 
a gente chora.
Depois, então, 
a gente ora
e escreve uma canção
que outros cantarão, também, 
quando seu amor for embora...



MÃOS DE OPERÁRIO

Cruzadas,
inertes,
brancas,
cansadas,
maltratadas,
cheias de calos,
repousam tranquilas,
na imobilidade absoluta da morte.

Mãos que construíram casas humildes,
edifícios luxuosos,
templos de Deus.
Cansaram-se de construir edifícios tão grandes
que prontos,
sequer ousaram tocá-los.

Humildes mãos de operários,
irão para sempre
deixando suas marcas
nas paredes dos barracos,
das casas ricas,
dos templos,
onde o povo buscará seu Deus.

Tão ocupadas estiveram,
que nada ajuntaram.
Voltam ao Criador
leves como chegaram,
levando apenas as marcas que abençoam,
dignificam.
Lembram outras mãos
que vieram ao mundo para construir.
Mãos de um outro operário,
que se entregaram por mim.
Tingiram-se de vermelho,
nos braços da cruz,
para se destacarem no azul,
para o qual apontam:
Mãos de outro operário,
mãos de Jesus.


Muitos outros poemas da autora na página a ela dedicada, no Facebook: http://www.facebook.com/MyrtesMathias?hc_location=stream

terça-feira, março 05, 2013

Três poemas de Reinaldo Ribeiro



 A Resposta

Quando todas as portas da vida se mostrarem fechadas
E as respostas achadas não trouxerem sentido aos vazios
E fugirem os alívios no ardor das emoções dilaceradas
Sendo as forças sugadas para o fundo dos precipícios!

Quando a horda dos ditos amigos for inútil ou mesmo fingida
E a injustiça da vida resolver esmagar a semente da fé
Quando as ondas revoltadas da maré arrastarem a energia da lida
Quando a angústia convida a esperança a passear em marcha-a-ré!

Quando a perda for tanta e o pranto rolar em sangria
E a noite reinar sobre o dia no inverno eterno da alma
Desamparo a julgar que mais nada se salva, tempestade a rondar cercania
Quando o pão for feito de agonia e a sede por paz virar trauma!

Haja em ti a certeza de que sempre haverá um oposto pra tudo
Toda lança pode esbarrar num escudo, toda treva é menor que a luz
Mesmo a dor para algo conduz, há uma porta em meio ao sintoma agudo
Se o mundo é espinho, o céu é veludo – basta crer no Cristo da Cruz!


A Última Viagem

Quando meus olhos se abriram ainda na debutante ocasião
Ao me embalar a primeira meiga mão, ali então passei a viajar
Por incidentes impossíveis de enumerar, por rios e vales de emoção
Por crises e miragens da ilusão, por tudo que a paixão injeta no sonhar!

Pelas projeções de conquista de todo o mundo que me rodeava
Pela aventura que me assediava, mas que somente ao nada me levou
Pela fé no alguém que me decepcionou, pelo remorso que me condenava
Na ponta da adaga que me apunhalava, nas asas da mentira que me lesou!

Andei sincero nos andores infrutíferos dos deuses imaginários
Pelos sorrisos temporários, sentindo o cheiro da felicidade tão distante
Insatisfeito irrequieto viajante, buscando o norte em ventos contrários
Navegando frios oceanos vários, igual corsário errante!

E viajei até levar meu corpo, alma e espírito ao cume da exaustão
Nos ápices da ilusão - qual sensação de um chão que se reduz
Até que o horizonte mostrou-me um sol em cruz, que iluminou-me o coração
Na derradeira estação, onde mora a salvação do Príncipe da Paz - Jesus!


Sonata

Pra mim tu és uma canção instrumental de suaves movimentos
Bailando aos ventos, enaltecendo meu olhar e coração
A própria exaltação da primavera, usando flores como pavimentos
A fonte de todos os meus alentos e o sol nascente da inspiração!

Há mais lirismo em teu olhar que na riqueza vernacular da poesia
E a sincronia da perfeição com teus ritmos, são nota incomparável
De consonância sobremodo agradável, de inebriante magia
Que une a ensolação do meio-dia com a luarada de uma noite memorável!

Nos beijos teus um som de paz invulnerável costuma visitar-me
Soando o íntimo alarme, fazendo crer meu coração no que o seduz
Ao ver-te ele contempla a magna luz fugindo de teus lábios escarlate
Gerando o disparate que afoga meu fascínio no céu que lhe induz!

Que tu és música completa, eu sempre soube e já testemunhei
O que não sei é como mensurar e traduzir tão ímpar melodia
Sonata que me contagia e mesmo quando não te conhecia, sempre te amei
Tu és canção por quem me apaixonei e a forma física de toda poesia!

Visite o site do autor: http://www.reinaldoribeiro.net

terça-feira, agosto 21, 2012

Dois poemas de Mário Ribeiro Martins


DOIS CORAÇÕES. 

Quando nós pelas curvas dos caminhos
Andarmos lado a lado bem velhinhos
Não teremos sequer um só desejo.

Os nossos dias idos de paixões
Serão lembrados por dois corações
Que se esgotaram sempre no festejo.

E com nossos cabelos já branquinhos
Seguiremos enfim de tal maneira,
Que terminando nossa bel carreira,
Veremos bem de perto nossos ninhos.

E muitos dirão: Estes dois velhinhos
Passaram docemente a vida inteira
Plantaram sempre nela uma roseira
Que lhes deu flores e não deu espinhos. 



O CARNAVAL 

A festa do Rei Momo está presente, 
Por toda parte é visto o carnaval. 
A miséria moral da nossa gente 
Vai fazê-la chorar na hora final. 

A festa do Rei Momo está presente, 
Ó Senhor Deus, tu és mais que banal, 
Para esse povo vil, tão indecente, 
Que insulta, zomba e faz de ti um mal. 

Ó Deus, se tu mandasses Cristo agora, 
O que faria essa gente nesta hora, 
Vil, descrente, imoral, no mundo atroz? 

Ó Rio, depravado, inconsolável, 
O teu povo diria, miserável, 
Ó Corcovado, caia sobre nós. 

Do livro MISCELANIA POÉTICA (Recife: Acácia Publicações, 1973). 

Leia muitos outros textos do autor aqui: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotextoautor.php?user=mariorm

sexta-feira, julho 20, 2012

Um poema de Lucas Fonseca Costa




Em meu coração

Guarde-a, SENHOR, em Teus pensamentos.
Guarde-a, SENHOR, em Tuas poderosas mãos.
Como a um tesouro imensurável, como a doce presença.

Como a doce presença, que tanto me encanta e tanto me alegra,
Como a um tesouro imensurável,
Dado a mim,
SENHOR, por Ti.

Como a um presente gracioso,
Como ao tesouro precioso,
Tão importante!,
Que com tamanha esperança
Guardei,
SENHOR,
Em meu coração.

Pelo Amor que Tu ensinastes
Que tudo espera,
Que tudo sofre,
Que tudo crê.

Que a ama, SENHOR,
Com um coração dado por Ti.

terça-feira, setembro 13, 2011

Três poemas de Luís Wesley



Prevaleça-Te, ó Eterno!


Prevaleça em mim o Teu senhorio,
Ainda que meu coração hoje esteja tão sombrio.

Sê sempre Aquele que tem da primeira à última palavra,

E torna minha vida livre de toda trava.

Prevaleça em mim o Teu fluir,
D’outra feita, como voltará a m’alma a sorrir?
Inunda o meu ser de amor, alegria e ternura,
E reconstrói minha lida para que seja mais pura.
Prevaleça em mim o Teu querer,
Faz-me entender o que devo ser, dizer e fazer.
Lembra-me de quem sou e a Quem pertenço,
E seja isto sempre como flagrância em tudo o que penso.
Prevaleça em mim a Tua graça,
Seja o Teu amor, verdade e justiça aquilo que me traspassa.
Do tudo que possa vir a ter neste mundo que enlaça,
Livra-me de coisas que me tragam qualquer des-graça.
Prevaleça em mim o Teu “sim” ou o Teu “não”,
Mesmo daquilo que não quero ou que reluto abrir mão.
Seja o meu sim uma resposta singela aos Teus nãos,
E dá-me os Teus sins como tesouros nas minhas mãos.
Prevaleça em mim a Tua soberania,
Trazendo-me a certeza de Tua companhia. 
Mais além disso, ensina-me a viver constante,
Sabendo que estar nas Tuas mãos é o bastante.


Cantar e Cantar!

Cantar a alegria,
Cantar a tristeza.
Cantar o prazer ou o desgosto,
Mesmo que lágrimas teimosas rolem no rosto.

Cantar por justiça,
Cantar por mudanças.
Cantar por amor ou por protesto,
Embora possa vir a ser sobre aquilo que detesto.


Cantar contra a pobreza,
Cantar contra a maldade.
Cantar contra o abuso e a opressão,
Porque cantar assim é também estender a mão.

Cantar além do refrão,
Cantar além da melodia.
Cantar além das palavras e dos gestos,
Para ver 
saber que a vida não é feita de restos.

Cantar para o Eu Sou,
Cantar sobre o Alfa e Ômega.
Cantar pelo Paráclito todo o alfabeto,
Até que o meu canto se torne bem mais concreto.



2 vírgula 1


Duas xícaras, uma só amizade
Dois olhares, uma só paixão
Dois caminhos, uma só solidão
Duas mãos, um só coração

Duas estrelas, uma só constelação
Dois continentes, uma só atmosfera
Dois rios, uma só cachoeira
Duas águas, uma só sede

Duas faces, um só afago
Dois lábios, um só beijo
Dois seios, um só prazer
Duas bocas, um só sussurro

Duas vidas, uma só felicidade
Dois fogões, uma só brasa
Dois nomes, uma só história
Duas raízes, um só chão

Duas labaredas, um só clarão
Dois desejos, uma só esperança
Dois endereços, um só lugar
Duas claves, uma só canção

Dois portais, um só domingo
Dois altares, uma só Graça
Dois pedintes, uma só oração
Dois pecadores, um só perdão



Visite os blogs do autor: 
http://versosaoleo.blogspot.com/
http://luiswesley.blogspot.com/

segunda-feira, junho 20, 2011

Dois poemas de Jorge Pinheiro



prece


Senhor!
Não queria ser um Pedro
pregando às multidões
do que quer isto dizer?

Não queria ser um Paulo
de quem o fogo engordou
com a víbora que o mordera.

Não queria ser um Abrão
de Ur, lá longe, na Caldeia
ouvindo Teu chamado
seguindo o rumo
por Ti apontado.

Não queria ser um Moisés
levando Teu povo avante
enfrentando Faraó
com a mensagem
do Deixa sair meu povo.

Não queria ser um David
de mão forte e poderosa
que engrandeceu o Teu Reino.

Ah, Senhor!
Não sei de outro pedido
que este pedido me baila
e preso não se quer ver
na prisão do coração!

Senhor!
Queria ser a pedra do Decálogo
com a marca dos Teus dedos.

Queria ser a mão do Baptista
de dedos que tocaram
a Palavra da Vida.

Queria ser a talha de pedra
testemunha do Jesus-Elohim
como marca da nova ordem
que Tu inauguraste.

Queria ser a areia da praia
com o amor das Tuas palavras
chovendo
sobre o mar da humanidade.

Queria ser o chicote do Templo
usado em Tuas mãos
para escorraçar das mentes
o falso temor a Ti.

Queria ser o ar que Tu respiraste
quando predisseste de Jerusalém
quando multiplicaste os pães
quando viveste aqui
quando morreste por mim
qual momento sempre presente
do Teu amor insondável.

Queria ser todo Teu,
não na jactância ou com glória
mas na humildade
das coisas pequeninas
porque estão junto de Ti.





quando partires


Quando partires
não estarei só.
Fica comigo alguma coisa
que é tua
e não levaste.

Quando partires
não ficarei só.
No buraco da parede
permanece reflorido
o canto dos teus sonhos
em manhãs
que fazias plenas de magia.

Quando partires
não me deixarás só.
Teus passos soam pelo soalho
anunciando
o regresso quotidiano
da tua prece de esperança
mesmo quando te vestias
de desânimo
e prostração.

Quando partires
não me sentirei só.
A tua presença é viva
e forte
e não me dirás que encetaste a viagem
de onde
tu jamais regressarás.



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