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domingo, abril 20, 2014

Dois poemas de Glicério Montes



MARAVILHOSA GRAÇA

Pelejo com fé, Deus bendito,
se és minha couraça e broquel.
Não tenho pavor, nem hesito,
perante um Golias cruel.
Se as lutas, porém, qual vergasta,
me imprimem feridas profundas,
ó Deus, tua graça me basta,
e dela tu sempre me inundas.

Ainda que em prantos eu ande
no Vale da Sombra da Morte,
a quem temerei? Tu és Grande,
e amparas meu ser com mão forte.
E, ó Pai, se ao meu lado tu fores,
com quanta alegria eu caminho!
Sim, graças darei vendo as flores,
bem como ao sentir cada espinho.

Na dor, e não só na alegria,
teu servo não foge ou duvida.
Senhor, para quem eu iria?
Tu tens as palavras da vida!
Comigo estarás, quer nos dias
de grande escassez ou de messe.
E em noites tão negras e frias,
quem mais me ilumina e me aquece?

Os ímpios se vão como as ervas
que o vento, ao soprar, cresta e espalha.
Aos justos, porém, tu preservas
ilesos na ardente fornalha.
E eu sei que ao transpor um deserto,
não só quando trilho um jardim,
eu vivo essa graça, decerto,
de ter-te, ó meu Deus, junto a mim!


HOMEM DE DORES

De entre o povo alvoroçado,
surge um vulto ensanguentado
sob a cruz, em dor imerso.
Ei-lo, humilde e maltrapilho!
Quem diria ser o Filho
do Senhor, Rei do Universo?

Vem exausto; e a sede é tanta!
Ele cai, mas se levanta
com supremo esforço, então,
pois (oh, que bendita graça!)
o caminho que ele traça
é o da nossa redenção.

Passo a passo, rua afora,
vê quão triste a plebe chora
seu suplício singular;
e, apesar da própria agrura,
Ele mesmo é quem procura
ternamente a consolar.

Ao Calvário chega a custo,
onde o pregam, Santo e Justo,
qual bandido, àquela cruz.
E o castigo mais atroz,
no lugar de todos nós,
padeceu então Jesus.

Leia mais poemas do autor em 
http://www.recantodasletras.com.br/autores/gli

quarta-feira, outubro 10, 2007

Dois poemas de Glicério Montes


TEU PERDÃO

Nesta vida, o comodismo
representa um grande abismo.
Eu sei disso, meu Senhor.
Mas, contrito, enfim, me humilho.
És meu Pai; eu sou teu filho.
Oh, me livra, por favor!

As marés tempestuosas
nada têm do mar de rosas
que avistei num sonho lindo,
pois aos poucos, aos pedaços,
resumida a mil fracasssos,
minha vida vai ruindo.

Eis o preço, não me iludo,
de não ter levado tudo
ao Senhor em oração.
Hoje vejo tudo claro.
Sim, e além do teu amparo,
também quero o teu perdão.


O MUNDO JAMAIS FOI O MESMO

Em tempos distantes, um jovem
pregava aos judeus
mensagens que ainda comovem
e levam milhões a Deus.
Às praias, aos montes e vales,
muitos iam lhe rogar:
Queremos, Senhor, que nos fales
desse amor sem-par!
E tantos que andavam a esmo,
desde então ele conduz.
O mundo jamais foi o mesmo
depois de Jesus.

Um dia, mandaram prendê-lo
em Jerusalém,
e os guardas foram com zelo
cumprir seu dever, porém,
voltaram sem ele, dizendo:
Nunca alguém falou assim,
de um jeito tão lindo, tremendo
e tão meigo, enfim!
Ninguém tem amor tão profundo
como o desse galileu.
Palavras tão sábias o mundo
jamais conheceu.

Para ler outros poemas deste autor, [CLIQUE AQUI].

sexta-feira, junho 29, 2007

Dois poemas de Glicério Montes

LIVRE COMO AS AVES

Quando me remiste, me tornaste, ó Deus fiel,
livre como as aves que revoam pelo céu.
Tudo o que preciso, basta apenas eu clamar.
Nutres as gaivotas que voejam sobre o mar.

Senhor, como eu amo a tua Lei!
Mas sou fraco, ó Deus bendito, me valei!

E um dia, então,
a imensidão
do céu azul eu vou transpor;
e, nesse lar
tão singular,
então verei meu Redentor.

Não quero, enfim,
só para mim
a doce paz que há no meu ser.
Vou partilhar
o amor sem-par
que me conforta e faz vencer.


NÃO TEMAS

Não temas a força do vento,
tampouco essas ondas tamanhas.
Deus diz: eu te guardo e sustento;
tem fé, que ela move montanhas.

Crê, pois, que a resposta não tarda.
Deus nunca deixou de te amar.
A fé como um grão de mostarda
transplanta amoreiras no mar.

Não chores, Deus diz com carinho,
que em mim tens abrigo e esperança.
Jamais vou deixar-te sozinho!
Vem, deita em meu colo, e descansa!

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