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domingo, junho 05, 2016

Três poemas de Ana D'Araújo


Prece
Hoje pedi ao Pai por ti.
Pedi que te desse a calma de um riacho que corre
Rumo ao destino de desaguar
E que lavasse a tua alma com unguentos perfumados.
Pedi que o sol que brilha para mim,
Ilumine amanhã novamente o teu caminhar
E que a Lua que dorme para ti, brilhe aqui,
Como esperança do amor não vivido, mas desejado.
Pedi que o frio não gele a tua alma,
E não te leve os sonhos de um futuro de paz,
Onde deitarás em colo seguro
A embalar os teus sonhos em versos.
Pedi que os teus pés cansados,
Judiados pelas marcas da lida diária
Se tornem leves e andem ágeis
Ao encontro do descanso merecido.
Pedi também que o silêncio não te emudeça o coração,
Mas que acolha a emoção e a armazene
Pois um dia ouvirás os sinos
E lembrarás que toda a esperança perdida
foi só um vento que passou.
Hoje eu pedi ao Pai que a semente em ti plantada,
Não feneça com a madrugada
Mas que a esperança seja o adubo
A florescer em ti o amor viçoso e deslumbrante,
Que te levará seguro ao encontro do infinito
Hoje…pedi ao Pai por ti!

A Gentileza
Enche os olhos ver a gentileza assim
É de carne e osso e tem cor
Se eu te contar que a gentileza riu pra mim
Carimbou o seu carinho e foi
Foi pra lá do distrito do amor
Braço dado com a paixão e a flor
A razão logo se esconde e some
Ela já não pode mais sozinha
Se essa tal da gentileza a cultivou
Quero ouvir da gentileza uma canção
Que seu sopro ameno acalme a nação
Que ela junte as mãos - guie nossos pés
Seja respeitada qual bandeira
Que ela adube o solo com amor
Que ao invés da erva seca só produza flor
Que ela ensine a humanidade a cantar
Com voz de criança pra poder vibrar
Que ela afogue a mágoa e salve o perdão
E que a gentileza seja uma oração
Na voz tão  sofrida desse povo
Que só precisa andar com a gentileza.

Sonho de Poeta
Mesmo que a fonte seque
e a inspiração se esconda
ou vá passear na esquina...
Quero o som da musica na alma
e a canção no coração.
Mesmo que o poema seja curto e seco
e o verso aluda a dor... A aridez...
Quero ter no peito a rima
que remete para cima
e retorna em energia de inspiração.
Quero olhar o horizonte
e enxergar de novo a fonte
que me fez deitar primeiro
em rede de paixão...
Derramar alivio nos escritos tantos
que fazem do poeta ilusionista,
em mágicas de um mundo encantador!
Quero ao ver o declinar do sol da vida,
o despejar de versos em expressões tão surreais...
Que seja para muito colo certo, desabafo, sintonia,
expressão, canção e mutação.

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